E
se você estivesse nadando tranquilamente e ouvisse o seguinte recado: “Vocês
estão fazendo stand-up paddle (esporte que consiste na remada em pé em cima da
prancha de surfe) ao lado de aproximadamente 15 grandes tubarões brancos. Saiam
da água calmamente”. O que você faria? Este foi o anúncio de um policial de
Orange County, na Califórnia, para as pessoas que praticavam stand-up no dia. A
área em questão estava “sob aviso de tubarão”, já que uma mulher foi mordida
por um tubarão na perna e na nádega no mesmo local. Apesar do grande número de
tubarões no momento do vídeo, pesquisadores afirmam que a população de tubarões
está em declínio e que esse é um fato preocupante.
De
acordo com um biólogo marinho da Universidade de Miami, não é possível estimar
o número de tubarões que estão “lá fora” e nem o número de tubarões que é morto
a cada ano. Ainda assim, através de diversas análises, foi visto que os números
de tubarões estão diminuindo a cada ano de forma alarmante. Milhares deles são capturados
ou ficam presos em redes de pesca. A estimativa é que 40% dos tubarões que são
capturados, em todo o mundo, são de forma não intencional – captura incidental.
Apesar de ser uma porcentagem bem alta, não se compara ao número de tubarões
que são mortos por conta do comércio de sua carne e barbatanas (nadadeiras):
cerca de 70 milhões por ano.
O
quilo da barbatana do animal chega a custar 700 dólares e é utilizado
principalmente na Ásia e na cultural oriental para fazer uma sopa, considerada
iguaria. Para retirar as barbatanas é utilizada uma técnica chamada “finning”
que consiste em capturar o tubarão, cortar suas nadadeiras e jogar o seu corpo de
volta ao mar, fazendo com que o animal tenha uma morte dolorosa.
De
acordo com uma pesquisa publicada na renomada revista Science, a população de diversos
tubarões diminuiu drasticamente entre os anos de 1986 e 2000: 79% dos tubarões
brancos; 65% dos tubarões-tigre; 80% dos tubarões-fanfarrões; 60% dos
tubarões-azuis e 70% dos tubarões-mako. Além de uma enorme perda da biodiversidade,
a diminuição da população destes animais pode representar um grande desequilíbrio
ecológico nos oceanos, já que eles são predadores do topo da cadeia alimentar e
ajudam a controlar a população de diversas espécies marinhas. Se os tubarões estiverem
ameaçados, muitas outras espécies também estarão.
A
pesca irresponsável e o comércio de carne e barbatanas continuarão dizimando a população
de tubarões até que a legislação mude e medidas sejam tomadas. É importante que
haja mais fiscalização nas embarcações, com o intuito de parar a prática e
acima disso, que exista uma maior conscientização ambiental por parte dos
consumidores. Os tubarões estão há 450 milhões de anos no planeta e por conta
dos nossos hábitos, este grupo incrível de animais pode ser destruído. Se
quisermos que as próximas gerações “conheçam” os tubarões, precisamos de práticas
que estimulem a sua preservação e não destruam suas populações. Caso isso não
aconteça, eles só serão lembrados nos livros didáticos por conta da sua
extinção!
Fonte: Science, Science Alert,
Shark Savers.
God bless you!
See you later. Take care!
infelizmente existem pessoas assim, capaz de prejudicar toda uma cadeia alimentar por conta dos seus hábitos.
ResponderExcluirMas as Leis de Newton estão aí! Kkkkkk obrigado, Jardel!
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ResponderExcluirValeu, Maria Kátia! Obrigado!
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