Imagine
que você comprou um lagostim (um pequeno crustáceo) para compor o ecossistema
do seu aquário, e após um ano, em vez de um, você tem centenas deles. Mais
curioso nisso tudo é que a fêmea que você comprou não estava grávida, e nem veio
um macho escondido no “pacote”. Acredite se quiser: muitas pessoas passaram por
essa situação. O lagostim da espécie Procambarus
virginalis, também conhecido como marmorkrebs é uma espécie de água doce
que possui uma característica única entre os crustáceos: ela pode se reproduzir
sem sexo.
O
tipo de reprodução chamado de partenogênese é comum entre invertebrados e
acontece quando o óvulo que é produzido pela fêmea, começa a se segmentar e se
desenvolve, sem precisar de um espermatozoide produzido pelo macho. Como não há
mistura de material genético, todos os filhotes nascidos são geneticamente
idênticos à mãe, ou clones. O animal foi identificado pela primeira vez na
década de 90, e devido à sua reprodução em grande escala, hoje, ele é
considerado uma ameaça aos ecossistemas nativos.
Por
que, Josiel Bezerra?
Sabe
aquela história de centenas de lagostins no aquário, que contamos no início do
texto? Então, muitos desses animais acabavam tendo como destino à privada, ou
eram deixados em lagos. Foi assim que ele chegou à natureza, e hoje pode ser
encontrado em 287 regiões que possuem habitats variados (desde lagos até
pântanos), em uma área de distribuição de 100 mil km².
Lagostim da espécie Procambarus
virginalis
O
marmorkrebs surgiu a partir de uma mutação no lagostim do Texas (P. fallax), e
apesar de terem muitas semelhanças físicas, os dois animais são geneticamente diferentes.
Marmorkrebs são animais triploides, ou seja, possuem três cópias de cromossomos
sexuais, enquanto as demais espécies possuem duas. Eles são capazes de se reproduzir
três vezes mais rápido e essa característica fez com que o animal se espalhasse
rapidamente pela Europa.
Isso
tudo é grave, Josiel Bezerra?
Caso
o lagostim resolva expandir os seus limites geográficos, sim! Existe uma
possibilidade de invasão biológica, principalmente porque a espécie está se
mostrando muito bem-sucedida nos diferentes ambientes em que está sendo encontrada
na Europa. A União Europeia já proibiu que as espécies fossem produzidas, distribuídas
ou liberadas em ambientes naturais. Esperamos que não chegue ao Brasil e em
outros lugares do mundo, não é mesmo?
Fonte:
Business Insider.
God bless you!
See you later. Take care!
Não conhecia os "lagostim".
ResponderExcluir😐
Mais agora, sim. RS ☺
Valeu! Um grande abraço! Obrigado!
ExcluirEita, lagostim danado rsrs.
ResponderExcluirKkkkk. Obrigado!
ExcluirVc explica muito bem prof. Saudades das suas aulas
ResponderExcluirMuito obrigado! Valeu!
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