quinta-feira, 29 de agosto de 2019

CAATINGA

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Introdução

Localizada na área mais a leste da América do Sul, a Caatinga ocupa quase 11% do território nacional. Diferente dos demais biomas, ela é exclusiva do Brasil. Não por acaso, sempre é associada à região Nordeste: 98% da sua área está inserida nessa região, estando o restante em Minas Gerais.


Habitada há milhares de anos por grupos indígenas, a “caatinga” é uma palavra de origem tupi-guarani e significa “Mata branca”. Esse nome é uma referência direta ao tronco esbranquiçado das plantas caducifólias, como são chamadas as que perdem suas folhas durante o período de seca.

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Atualmente, vivem mais de 27 milhões de pessoas dentro da Caatinga, sendo a região semiárida mais povoada em todo planeta. Chamados popularmente de Sertanejos, os habitantes locais são personagens de grandes obras literárias brasileiras, como por exemplo, “O Grande Sertão Veredas”, de João Guimarães Rosa.

Além de retratar o sofrimento da população, Guimarães Rosa traz em seus livros elementos importantes da paisagem do Bioma. Dentre os fatores abióticos, destaca-se a alta luminosidade solar, o relevo plano e o solo raso e pedregoso.

Mesmo que todas essas características sejam importantes na representação do Bioma, a Caatinga é muito mais do que o sertão nordestino. Ela abriga biodiversidade e riqueza muito pouco conhecidas pela ciência.

LAMPIÃO, O REI DO CANGAÇO

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Símbolo do banditismo social do séc. XX, Virgulino Ferreira da Silva marcou a história como Lampião. Nascido em 1898 no interior de Pernambuco, Lampião entrou para um bando de cangaceiros antes de completar 18 anos. Pouco tempo depois, se tornou líder do grupo, o qual ganhou destaque nacional sob o seu comando.

Odiado por muitos, especialmente grandes fazendeiros, Lampião conduzia saques violentos. Por conhecer muito bem a Caatinga, conseguia sempre fugir para dentro da vegetação. A dificuldade de se locomover na mata era tamanha que mesmo a perseguição de Lampião tendo se iniciado em 1930, só foi morto em 1938.

CLIMA

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Situada próximo ao Oceano Atlântico, e entre a Mata Atlântica e o Cerrado, a Caatinga tem como principal característica o clima semiárido. Mantendo uma temperatura média de 25 °C, essa região apresenta o menor índice pluviométrico do Brasil, variando em média entre 500 a 700mm anuais.

É importante ressaltar que as chuvas não são constantes nesse Bioma, sendo concentradas entre os meses de dezembro a abril. No restante do ano, entre maio a novembro, ocorre um período de estiagem conhecido popularmente como período de seca.

A existência desse clima semiárido é decorrente do relevo que impede a chegada das massas de ar úmidas para dentro do continente. Cercado de planaltos e chapadas, o interior do Bioma é uma grande depressão, conhecida como Depressão Sertaneja. Dessa maneira, toda chuva acaba sendo barrada nas áreas mais altas, não conseguindo atingir a região central da Caatinga.

Uma das poucas formas constantes de chegada de água para dentro do sertão nordestino é através de rios. Contudo, em decorrência de um solo arenoso e de rápida infiltração, somado às altas temperaturas, poucos corpos hídricos se mantêm no auge da seca. Torna-se então como característica geográfica a presença de inúmeros rios intermitentes.


FLORA

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As características hídricas são fatores fundamentais para toda biodiversidade vegetal na região. Possuindo normalmente características xeromórficas, essas plantas podem ser divididas entre as que armazenam água e as que diminuem a perda de água.

Algumas, como os cactos, por exemplo, unem ambas as adaptações, acumulando água e reduzindo as folhas a espinhos.

Atualmente são conhecidas mais de 3.000 espécies de plantas, sendo quase 25%, endêmicas ao Bioma. Acredita-se que essa diversidade da flora está relacionada tanto com as grandes variações do solo, como com as condições únicas quando comparado com as formações fronteiriças de Cerrado, Mata Atlântica e Floresta Amazônica.

Dessa maneira, a vegetação da Caatinga não é homogênea, podendo ser dividida em duas paisagens distintas.

A mais conhecida dentre os tipos de vegetação é a Caatinga Arbustiva. Ocupando mais de 60% da área do Bioma, essa paisagem tem uma grande diversidade de cactáceas e suas árvores não formam um dossel. Em alguns locais, o emaranhado de árvores forma uma densa mata, chamada de Carrasco.

Em locais mais férteis e com a presença de água, ocorre a Mata Seca. Característica de encostas e de regiões mais altas, e com dossel fechado, essa é a formação vegetal que deu origem ao Bioma. Dependendo da região e da vegetação, as árvores podem atingir mais de 15m e no período de seca podem perder todas as folhas, ou apenas parte delas.

Independente disso, toda a matéria orgânica que acaba caindo no solo entra em decomposição, formando uma fina camada de húmus. Nesse processo, muitos nutrientes acabam sendo reciclados, sendo imprescindíveis para a manutenção da mata seca.

Durante os curtos períodos úmidos, diversas plantas conseguem iniciar ou finalizar seus ciclos reprodutivos. Logo com as primeiras chuvas, milhares de sementes iniciam a germinação, chegando a forrar o chão com novas plantas. Ao mesmo tempo, indivíduos adultos iniciam suas florações e frutificações, que irão gerar sementes para o ano seguinte.

Todos os processos devem ocorrer em um intervalo de tempo curto, porque tanto os primeiros dias dos brotos de plantas, como a produção de flores e frutos, têm gastos energéticos significativos. Ou seja, nessas etapas da vida das plantas, o metabolismo necessita de uma demanda muito grande de nutrientes e de água para serem repostos.

Não o bastante, é também no período de chuvas que grande parte dos animais voltam à atividade no Bioma. Iniciando a floração, muitos insetos acabam indo se alimentar nas flores, polinizando as plantas. Quando os frutos estão formados, estes servem de alimento para diversos animais, que acabam dispersando as sementes.

FAUNA

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Embora uma biodiversidade animal menor que as regiões florestais, a Caatinga é uma das regiões semiáridas mais diversas do mundo. São reconhecidas mais de 1000 espécies de vertebrados e inúmeras de invertebrados. Muitas ainda não conhecidas pela ciência.

Destaca-se também que assim como as plantas, muitas espécies de animais são exclusivas desse Bioma, especialmente no grupo dos peixes. São conhecidas 240 espécies que habitam a Caatinga. Dessas, 136 são exclusivas desse Bioma.

Nos rios intermitentes, os peixes mantêm o padrão de pequeno porte, medindo alguns centímetros. Durante o período de seca, esses animais se concentram em poças de água ou acabam se enterrando e mantendo o metabolismo lento.

Com a chegada das chuvas e a volta dos rios, se inicia a época de reprodução da maior parte das espécies, gerando milhares de ovos. Dentre as principais adaptações de sobrevivência do embrião, estão a resistência dos ovos e o lento desenvolvimento, podendo durar quase um ano completo.

Igualmente, outros grupos de vertebrados também são habituados à vida na seca, se deslocando para diferentes regiões ao longo do ano. Esse comportamento é característico de mais da metade de quase todas as 510 espécies de aves da Caatinga.

Durante os meses mais secos, essas aves acabam voando para as regiões de mata seca, em busca de uma maior umidade e alimento. Essa migração também pode ocorrer em longas distâncias, como por exemplo, o Bigodinho, que voa até a Venezuela, todos os anos.

Entretanto, alguns grupos não conseguem se deslocar por tantos quilômetros, sendo mais suscetíveis às mudanças climáticas anuais. Dentre esses estão os répteis, sendo representados por 116 espécies.

Divididos entre jacarés, quelônios, lagartos e serpentes, esses dois últimos grupos representam 90% das espécies de répteis encontradas. Dentre as regiões mais importantes para esse grupo, estão as Dunas do São Francisco, no interior da Bahia. Nessa região vivem mais de 1/3 das espécies de lagartos da Caatinga, muitas delas endêmicas.

Em contraponto, os mamíferos presentes na Caatinga são em suma maioria encontrados em outros Biomas. Das 143 espécies encontradas, apenas 19 delas são exclusivas da região semiárida brasileira. Mesmo sempre sendo o grupo mais lembrado pela população em geral, pouco se sabe sobre o comportamento desses animais em períodos de seca.

Dispersos em todas as paisagens do Bioma, os mamíferos e os sertanejos sempre tiveram uma relação muito próxima. Diversas lendas, cordéis e músicas são inspirados nos hábitos desses animais. Ao mesmo tempo, muitos mamíferos são amplamente caçados. Por isso, diversas espécies estão ameaçadas de extinção.

CHAPADA DO ARARIPE, LAR DOS DINOSSAUROS BRASILEIROS

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Com milhares de fósseis já descobertos, a Chapada do Araripe é uma das regiões mais importantes da pré-história do Brasil. Além de abrigar um dos mais importantes sítios arqueológicos do mundo, essa área, localizada entre os estados do Ceará e Pernambuco, também conta sobre as mudanças climáticas da Caatinga.

Há aproximadamente 130 milhões de anos, quase todo nordeste brasileiro era oceano, sendo a Chapada um grande litoral. Constituída por uma incrível fauna, pisaram na região mais de 300 espécies de dinossauros e um dos maiores pterossauros do mundo, medindo mais de 5 metros de envergadura!

ANIMAIS COMUNS

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 Tatu-bola-da-caatinga (Tolypeutes tricinctus)


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Tijubina-da-caatinga (Ameivula ocellifera)


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Ararinha-azul (Cyanopsitta spixxi)

IMPACTOS

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Sofrendo desmatamentos intensos desde o século XVI, a Caatinga mantém menos de 53% da sua cobertura original. Semelhante aos demais Biomas, com exceção da Amazônia, as destruições são distribuídas em todas as regiões, criando ilhas de biodiversidade, isoladas entre si.

Em decorrência da fragmentação da vegetação, reduzindo territórios, diversas espécies não conseguem manter suas populações viáveis, levando a extinções locais. Fora das ilhas, os solos se tornam mais instáveis sem a presença de plantas, levando à desertificação local.

Todos esses problemas são agravados pela realidade social da região. Além de extremamente povoada, grande parte da sua população constitui as camadas mais pobres do Brasil, gerando sérios problemas de desigualdade social.

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Com isso, se mantém comum a extração de madeira e a caça para fins de subsistência. Ao mesmo tempo, as queimadas ainda são uma prática muito comum, especialmente para abertura de áreas agrícolas, sobretudo na plantação de monoculturas.

Entre as consequências globais, o aumento da emissão de óxidos de carbono, somado à diminuição da vegetação, contribuem com o aquecimento global.

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Sendo amplamente aceitos dentro da comunidade científica, os efeitos nocivos das mudanças climáticas, de modo geral, aumentarão as temperaturas no Nordeste, diminuindo o período de chuvas.

Especificamente sobre os impactos na Caatinga, o aumento dos dias secos, somados ao aumento de temperatura média terão impacto direto na biodiversidade.

Sem água suficiente, grande parte da biodiversidade acabará extinta da região, gerando um clima árido, com a dominância quase absoluta de cactáceas.

Atualmente, apenas 7,5% do território da Caatinga está protegido na forma de Unidades de Conservação. Ela é uma das regiões menos protegidas do Brasil. Um dos casos mais emblemáticos da ausência de proteção nesse Bioma foi à extinção da Ararinha-azul, no ano 2000.

Desde então, tem existido um esforço internacional para reintrodução dessas aves, com indivíduos de zoológico. Ações como essas, assim como o aumento progressivo das áreas protegidas e dos investimentos em educação ambiental, vêm reduzindo a destruição do Bioma e mudando lentamente a realidade local.

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segunda-feira, 19 de agosto de 2019

A TUA VELHICE VAI CHEGAR. E VOCÊ JÁ PENSOU NISSO?

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Há duas coisas as quais muito me aborrecem no tratamento humano. Uma é quando percebo que maltratam uma criança. Seres, em sua totalidade, indefesos e por isso mesmo chamados pela legislação de incapazes (de se defender adequadamente pelo menos). A outra coisa que me tira do sério é ver maltrato dirigido a idosos. E quanto mais idosos e carentes ou humildes forem, maior será a minha indignação.

As crianças possuem muitos órgãos e entidades voltados para a sua defesa e amparo, muito embora ainda reste muito a ser feito em prol das mesmas. Contudo, os idosos, ainda que tenha havido alguns avanços tanto na legislação como na ação em favor dos mesmos, estes ainda são quase que esquecidos pela grande massa que não só os ignora, e às vezes os trata como “invisíveis”, como também os poucos direitos ora conquistados lhes são surrupiados de forma cínica e desonesta.

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Esquece-se quem maltrata idosos que, se também tiver a graça de viver muito e não morrer jovem, um dia também será como eles hoje o são. Mal sabem eles que as gerações futuras, se nada for feito AGORA, tendem a serem ainda mais impiedosas, frias e indiferentes no trato com os mais velhos. E se eu fosse um pouco mais jovem não me preocuparia apenas em ter um bom plano de previdência para aposentadoria. Eu me tornaria ativista em prol do respeito aos idosos e desenvolveria também um bom plano de relacionamento para lidar com os jovens.

Não falo dos netos e filhos de amigos próximos ou netos desses. Não! Não mesmo! Falo dos jovens que ainda nem nasceram e que serão aqueles que poderão "abusar” de nós, por meio de atos de "bullying" contra a velhice, nos desrespeitando, humilhando ou tratando como “escória social”. Creio que se forem educados agora estes poderão ser nossos legítimos defensores, os quais nos olharão com respeito e verão em nós, exemplo, dignidade, sabedoria e experiência de vida, dignas de serem almejadas em suas vidas e nos considerarão aptos para lhes ensinar algo de valor pessoal. Mas se nossa ambição nisso for menos, que ao menos simplesmente nos respeitem por perceberem que também somos seres humanos como eles. Apenas mais vividos e envelhecidos que eles... Por enquanto!

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Por outro lado, a postura desrespeitosa, acintosa, e diria até um tanto atrevida, de alguns idosos que agem como "presunçosos etários", achando que o mundo tem que se curvar aos seus pés por conta da sua idade, dificulta a construção desse diálogo entre as gerações numa aproximação saudável e produtiva entre o que está começando a aprender de fato e o que deseja viver o fato.

Isso é fato social: se não morremos, todos ficaremos velhos. Prepare-se para isso, já!

Autor: Dr. Teobaldo Pedro – Filósofo, Educador, Teólogo e Psicanalista.

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HIDROPONIA: AS PLANTAS QUE NÃO PRECISAM DE SOLO

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Plantas que se desenvolvem fora do solo? Isso existe? A resposta é sim! O nome da técnica é hidroponia, e nela as plantas são cultivadas na água e recebem os nutrientes necessários através de soluções.

Você já parou para pensar se é possível cultivar plantas sem utilizar a terra? Parece meio estranho pensar nisso, não? Afinal, onde as plantas ficam fixadas, se não existe solo nessa história toda? Bom, a técnica existe e recebeu o nome de hidroponia (do grego, trabalho na água)! As plantas que são cultivadas na água recebem os nutrientes através de soluções que suprem as necessidades para o seu desenvolvimento. Apesar de não ser um termo presente em nosso cotidiano, à técnica não é recente: os primeiros experimentos utilizando a hidroponia foram desenvolvidos em 1860.

Bom, mas será que é vantajoso cultivar plantas na água? Apesar das plantas serem cultivadas na água, não existe desperdício: o ambiente protegido diminui a evaporação, a água fornecida é reutilizada várias vezes e não há perda de nutrientes e de substrato por lixiviação (perda de nutrientes do solo causada por chuvas e infiltrações). O sistema hidropônico em que as plantas são cultivadas propicia a diminuição do uso de agrotóxicos, pois impede a entrada de pragas, insetos e possíveis vetores de doenças. Além disso, o mesmo ambiente que protege as plantas das pragas, as protege também de fenômenos naturais, como geadas, chuvas e frio excessivo. A técnica ainda propicia uma produção fora de época, graças às condições criadas pelo sistema. Além disso, ainda tem a alta qualidade dos produtos produzidos, já que estes quase sempre são orgânicos.

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Em países como a Holanda, a Alemanha, Itália, entre outros, a hidroponia é bastante difundida. No Brasil, a técnica é pouco utilizada, e a região com maior produção hidropônica é a sudeste. A técnica pode ser uma alternativa nas regiões de clima semiárido do Brasil, onde existe escassez de chuvas e solo pobre em nutrientes. Apesar de muitas vantagens, as principais limitações para a utilização da técnica seriam um alto custo inicial, o risco de perda da cultura por falta de energia elétrica e a falta de mão de obra especializada. Por esse e outros motivos, faz-se necessária à divulgação de materiais com linguagem de fácil compreensão que possam diminuir as dúvidas e resistência da população brasileira, aumentando a aceitação de sistemas hidropônicos no Brasil.

Fonte: Conselho Regional de Engenharia e Agronomia – PE.

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sexta-feira, 16 de agosto de 2019

ÁRVORE QUE MUDA DE SEXO? QUE HISTÓRIA É ESSA?

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Uma das árvores mais antigas da Escócia começou a mudar de sexo. Ela, que até tem nome, “Teixo de Fortingall”, há séculos foi identificada como uma árvore masculina. Através de medições e estimativas, a idade suposta da árvore é 5 mil anos, podendo ser a mais velha da Europa. E agora, depois de tanto tempo, está produzindo frutos, característicos de indivíduos femininos.

No mundo das plantas existem algumas espécies dioicas, ou seja, cujos indivíduos possuem ou órgãos reprodutores masculinos ou femininos, assim como nós. E esta árvore, pertencente à espécie Taxus baccata, é uma delas.

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Taxus baccata 

Segundo o botânico Max Coleman do Royal Botanic Garden de Edimburgo, foi uma grande surpresa descobrir algumas sementes em uma árvore claramente masculina. A distinção de sexo é bem visível durante as estações do outono e inverno.

Enquanto os indivíduos femininos apresentam pequenas bagas vermelhas, os masculinos apresentam pinhas em seus ramos.

Por enquanto descobriu-se somente um galho com as pequenas bolinhas vermelhas. Os motivos para tal alteração ainda não foram totalmente esclarecidos. Max Coleman diz que uma mudança no equilíbrio hormonal deve ser o que desencadeie esta mudança de sexo, sendo a causa para tal alteração as influências ambientais.

O botânico afirma que a árvore parece saudável e que o comportamento não é algo novo na ciência. Outros indivíduos pertencentes a esta família, e também outras coníferas, já apresentaram a mudança de sexo no decorrer de suas vidas. O Teixo de Fortingall ficará agora sob observação, e aquelas poucas baguinhas que surgiram este ano deverão fazer parte de um programa de conservação, que visa preservar a diversidade genética dos teixos.

Fonte: Spiegel.

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quinta-feira, 15 de agosto de 2019

ALGUNS FATOS FANTÁSTICOS SOBRE AS ORQUÍDEAS

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As orquídeas estão entre as flores mais apreciadas pelas pessoas. A paixão por essas plantas é tanta, que muitos amantes delas se reúnem em grupos de discussão, cultivam e selecionam variedades (uma mais bonita que a outra)! Saiba a seguir, mais algumas curiosidades sobre as mais lindas e fantásticas orquídeas do mundo!

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1) O tamanho das orquídeas varia de acordo com a espécie. A maior orquídea do mundo é a Grammatophyllum speciosum, cujo pseudobulbo pode chegar a 2,5 metros de altura, além de crescer em grupos que podem pesar até 1 tonelada! Já a menor orquídea do mundo é uma que cresce no Brasil, descoberta em Florianópolis, a Campylocentrum insulare não chega a medir 2 milímetros.

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2) As formas das orquídeas variam muito! Sua diversidade gigantesca permite que se encontrem orquídeas em diferentes ambientes do planeta. Orquídeas de lugares secos têm folhas cobertas por cera, e as de clima úmido geralmente têm folhas longas e finas. Algumas orquídeas nem têm folhas e em vez de produzirem açúcar, se utilizam de fungos em suas raízes que vão parasitar alguma outra planta.

3) As orquídeas podem crescer no solo ou serem epífitas, ou seja, quando crescem se apoiando em outra superfície, sem que a raiz tenha que tocar o solo.

4) A ligação entre orquídeas e insetos pode fazer algumas loucuras evolutivas! Certas espécies de orquídeas são especializadas em receber a visita de uma única espécie de inseto. Pode ser uma abelha, mariposa ou até outro animal polinizador. Flores de orquídeas têm tubos de néctar bem compridos e específicos para determinados animais. Outras flores mimetizam abelhas para atrair uma determinada espécie que realize a polinização.

5) Cada orquídea vai produzir milhões de minúsculas sementes, sendo que poucas irão germinar. As sementes de orquídea são diferentes das de outras plantas, não tendo uma reserva de energia (endosperma). Além disso, para germinar, precisam que um fungo já esteja crescendo na semente, para assim formar o manto das raízes que irá ajudar na fixação e nutrição da orquídea.

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6) As pessoas usam as orquídeas para muito mais que apenas apreciar as suas flores. Substâncias são isoladas delas para produzir perfumes, temperos e também são utilizadas na medicina tradicional chinesa. A baunilha, por exemplo, é o fruto de uma orquídea, a Vanilla planifolia.

Fonte: Flower Web.

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quarta-feira, 7 de agosto de 2019

JARDINS VERTICAIS E COBERTURAS VERDES

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Os jardins suspensos da Babilônia são considerados uma das sete maravilhas do mundo antigo. Diz à lenda que um rei, ao perceber que sua esposa estava cansada da paisagem amarelada do deserto da antiga cidade da Babilônia, construiu jardins suspensos para agradar e relembrar o passado de sua amada que cresceu entre verdes florestas da sua cidade natal. Porém são somente especulações, pois ainda não se sabe ao certo se o jardim realmente existiu.

Os anos se passaram e a urbanização tomou conta da sociedade. Hoje contamos com extensas rodovias, gigantescos prédios e shoppings, e várias quadras de casas e seus pequenos jardins. Toda essa urbanização trouxe diversas consequências: o aumento da poluição, o lixo sonoro, enchentes e alguns estudos mostram até a relação da cidade com o aumento do estresse populacional. Seria um sinal da falta que o “verde” nos faz?

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Sem a possibilidade de destruir todos os prédios e casas, a solução seria fazer um balanço e trazer um pouco do verde para o cinza das nossas cidades. As técnicas conhecidas como “cobertura verde” e “jardins verticais” vêm sendo usadas por alguns países, e consistem em utilizar as superfícies dos prédios e casas, e construir um jardim no telhado ou até mesmo nas paredes.

As técnicas são teoricamente muito simples. Na cobertura verde, uma camada impermeável é instalada sobre a cobertura de uma casa ou de um prédio, depois são colocadas a terra e a grama, e em alguns casos, uma “colmeia plástica” também é colocada para alocar as raízes de árvores e plantas. No caso dos jardins verticais, as plantas ficam presas ou suspensas nas paredes, espalhando um pouco mais a coloração verde pelo prédio.

Para as cidades que têm problemas com enchentes, a cobertura verde ajuda na absorção da água da chuva, que em vez de escoar pelas ruas, são retidas nessas coberturas. A água também é impedida de entrar nas construções devido à camada isolante instalada e à reabsorção das plantas faz com que a água volte para atmosfera.

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As cidades que utilizam dessa técnica possuem mais filtros contra a poluição, pois a vegetação reduz a emissão dos poluentes. Para cidades com climas quentes, o isolamento térmico provido pelas coberturas faz com que a temperatura diminua dentro dos apartamentos, o que pode gerar uma grande economia nos gastos em energia elétrica. O verde também é um grande atrativo para os animais, pois aves e pequenos invertebrados polinizadores são ótimos para ajudar no equilíbrio do novo microclima recriado.

E a estética? Singapura é um exemplo disso, a cidade quer ser conhecida como capital botânica mundial, e investiu mais de R$ 350 milhões em jardins verticais e coberturas verdes. Em 2012 foi inaugurado o Gardens By The Bay, um conjunto de árvores artificiais de até 50 metros de altura que possui sessões com árvores e plantas de diversos lugares do mundo. O jardim conta com um design altamente tecnológico, com placas de captação de energia, sistemas de aproveitamento de água e dutos de ventilação para estufas do parque. Toda energia gerada é utilizada pelo próprio parque, possibilitando um belo espetáculo de iluminação que atrai turistas de todo o mundo.

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Um recente estudo feito por pesquisadores da USP aponta a falta de árvores como uma das principais causas para o desconforto térmico que algumas cidades brasileiras vêm enfrentando nos últimos tempos. Talvez seja a nossa hora de pensar um pouco em projetos de arborização urbana, e explorar mais nossas coberturas cinza. Nosso país já é provido de uma alta diversidade de flora e fauna e quem sabe recuperar um pouco do que foi perdido, pode nos trazer um ambiente melhor para se viver e gerar economia com os turistas.

Assim como o rei da babilônia se preocupou com o conforto da sua amada esposa, quem sabe seja uma boa hora para nossos políticos começarem a se preocupar com o nosso conforto. Temos pesquisas feitas no nosso país e temos exemplos de outros lugares para seguir, com um pouco de dedicação e investimento podemos fazer do Brasil um lugar melhor e ainda mais bonito para se viver.

Fonte: S.B.A.U (Sociedade Brasileira de Arborização Urbana), Singapoure Gardens by The Bay, Group Building Environmental Research, University of Athens.

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DESENVOLVIMENTO DE NOVOS PRODUTOS ALIMENTÍCIOS

  Por ocorrência do aumento da população mundial e, consequentemente, a busca pela sobrevivência e melhoria na qualidade de vida dos seres v...