sábado, 26 de outubro de 2019

QUAIS OS EFEITOS DO CONSUMO DE ÁLCOOL NO SISTEMA NERVOSO?

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Férias de verão, praia, churrasquinho na piscina, happy hour com os amigos... Nesta época do ano não faltam pretextos para tomar uma com os amigos... Mas você já parou para pensar nas consequências imediatas e crônicas do consumo de bebidas alcoólicas?

Os principais efeitos do consumo de álcool são resultantes de alterações no sistema nervoso, especialmente no cérebro. O álcool é classificado como uma droga sedativa, e atua como um depressivo do sistema nervoso central quando consumido em altas doses. Dentre os efeitos mais conhecidos e facilmente observáveis, podemos citar as mudanças emocionais e comportamentais e uma redução na concentração, percepção e memória. A nível morfológico, um alto consumo de bebidas alcoólicas pode resultar em atrofia das células nervosas e redução dos tecidos cerebrais.

Bioquimicamente, porém, os efeitos do álcool são muito mais complexos, envolvendo alterações na liberação e na inibição de diversos neurotransmissores. Imediatamente após o consumo de bebidas alcoólicas, a dopamina tem sua produção aumentada, gerando efeitos prazerosos através das vias de recompensas. A liberação de noradrenalina e de opioides também contribui para os efeitos animadores do álcool. Outros neurotransmissores, porém, contribuem para os efeitos depressivos que acometem alguns indivíduos após a bebedeira, dentre eles o GABA (ácido gama-aminobutírico), responsável pelos efeitos de sedação e amnésia, e o glutamato, que bloqueia receptores excitatórios. Por fim, a liberação de serotonina é responsável pelos efeitos pós-bebedeira, especialmente os enjoos.
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O consumo esporádico de bebidas alcoólicas resulta em efeitos imediatos e de curto prazo. O consumo crônico, porém, pode resultar em danos irremediáveis ao sistema nervoso e aos tecidos cerebrais, especialmente a região do cerebelo, responsável pela coordenação. Danos nesta região cerebral podem resultar em instabilidade e dificuldade em caminhar. Mas o álcool também pode resultar em danos aos nervos periféricos, resultando em dores, fraqueza, tontura e redução do tato. Em alguns casos mais raros, o álcool pode resultar ainda em danos a centros específicos do cérebro, levando a perda de funções mentais e ao desenvolvimento de distúrbios do sono e epilepsia.

O desenvolvimento de técnicas bioquímicas e moleculares tem facilitado a descoberta de novas vias nervosas afetadas pelo consumo de álcool, confirmando a hipótese de que as funções cerebrais dependem de um balanço delicado entre neurotransmissores excitatórios e inibitórios, sendo estes alterados a curto e longo prazo pelo consumo de bebidas alcoólicas. Compreender os efeitos do álcool sobre as vias bioquímicas do sistema nervoso pode contribuir para o desenvolvimento de uma futura cura para o alcoolismo crônico. Enquanto isso, a conscientização sobre o consumo saudável destas bebidas ainda parece ser a melhor solução para este problema.

Fontes: Alcohol Advisory Counciol of New Zealand e Journal of
Neurology, Neurosurgery & Psychiatry.

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segunda-feira, 21 de outubro de 2019

CIENTISTAS DESCOBREM UMA NOVA FUNÇÃO PARA O CEREBELO

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O cerebelo – que significa cérebro pequeno – é uma pequena estrutura encontrada na parte traseira do cérebro. Mas tamanho não é documento e o cerebelo é a prova disso. Embora seu vizinho maior – o cérebro – receba a maior parte das atenções, o cerebelo também possui funções importantes.

Para se ter uma ideia, apesar de representar apenas cerca de 10% do volume total do encéfalo, ele contém mais de 80% de seus neurônios, que o permite exercer um importante papel na coordenação dos movimentos e do equilíbrio. Sem o cerebelo, você provavelmente não conseguiria colocar as suas mãos nos olhos, por exemplo.

Mas cientistas de Stanford acabam de descobrir uma nova função para esta região: ela também desempenha um importante papel na resposta de recompensa, que é um dos principais impulsos que motivam o comportamento humano. A novidade foi publicada na revista científica Nature.

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Resposta de recompensa? Mas o que é isso, Josiel Bezerra? Para que você consiga entender, temos um exemplo fácil. Ao comer um chocolate, por exemplo, sinais são enviados para o nosso cérebro, ativando circuitos neurais responsáveis por sensações de prazer, as vias de recompensa – por isso comer chocolate é tão bom!

Voltando à pesquisa, um dos fatos mais interessantes sobre a nova descoberta é que ela acabou acontecendo sem querer. Os cientistas estavam analisando, em tempo real, a atividade de um grupo de neurônios do cerebelo (as células granulares do cerebelo) de camundongos através de uma técnica de fluorescência que faz com que as células sejam iluminadas quando ativas. A ideia era descobrir como o cerebelo controla os músculos em camundongos.

Para que os camundongos se movimentassem, os cientistas ofereceram água com açúcar como recompensa para que eles pressionassem uma alavanca. Como esperado, os neurônios do cerebelo foram iluminados quando os camundongos executaram o movimento de puxar a alavanca. Mas o que surpreendeu os pesquisadores foi que quando os animais estavam esperando pela água com açúcar e quando a recompensa foi retirada, os neurônios também foram iluminados – o que demonstra que algo estava acontecendo lá! Se as células estavam ativas isso significa que elas respondem à recompensa!

Até o momento os experimentos só foram realizados em camundongos e, obviamente, precisam ser replicados em humanos. De qualquer forma isso ressalta a complexidade do nosso organismo, especialmente do nosso sistema nervoso, nos mostrando que ainda há muito a ser descoberto!

Fonte: Nature.

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quinta-feira, 3 de outubro de 2019

VÍCIO EM SMARTPHONES PROVOCA ALTERAÇÕES CEREBRAIS

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Pesquisadores da Coreia do Sul descobriram que jovens viciados em smartphones e internet possuem um desequilíbrio nas atividades cerebrais, relacionado à depressão e ansiedade.

Não é nenhuma novidade que as pessoas, principalmente os jovens, estão cada vez mais viciadas e fechadas em seus smartphones com as redes sociais, informações, jogos e até mesmo, quem sabe, ligações. Uma pesquisa recente revelou que 46% dos jovens americanos são viciados em suas tecnologias portáteis. Preocupados com o tempo que os jovens estão passando na frente da tela do celular, pesquisadores da Universidade da Coreia, na Coreia do Sul, realizaram um estudo com jovens viciados em smartphones e internet, e descobriram que eles apresentam um desequilíbrio nas funções do cérebro.

A pesquisa foi realizada com jovens com idade média de 15 anos, do sexo feminino e masculino, diagnosticados como dependentes em internet e smartphones. Para que comparações fossem estabelecidas, um grupo controle também foi avaliado, com 19 jovens saudáveis e sem vícios, com a mesma faixa etária e gêneros. Os jovens receberam um tipo de terapia cognitiva para viciados em jogos, por 9 semanas, além de responderem questionários a respeito de seus hábitos. Para essa medição, os pesquisadores utilizaram exames de espectroscopia por ressonância magnética. Ao final do exame, quanto maior a pontuação, mais grave seria o vício.

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No exame, realizado antes e após a terapia, foram medidos os níveis de um neurotransmissor que inibe ou retarda os sinais cerebrais, tornando os neurônios eletricamente mais excitados, o ácido gama-aminobutírico ou GABA. Outros estudos já haviam demonstrado que o GABA está envolvido no controle motor e na regulação de diferentes funções cerebrais, incluindo a ansiedade.

O resultado mostrou que os jovens viciados apresentaram pontuações significativamente maiores de GABA, do que os jovens saudáveis. Altos índices de GABA fazem com que a pessoa esteja mais propensa à depressão, ansiedade, insônia e impulsividade. Mais estudos são necessários para entender e comprovar a importância clínica do que foi descoberto, mas os pesquisadores acreditam que o aumento do GABA possa ajudar na compreensão e no tratamento de diversos tipos de dependências.

Fonte: Radiological Society of North America.

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