terça-feira, 17 de dezembro de 2019

NOVA TÉCNICA TORNA POSSÍVEL A REPRODUÇÃO EM INDIVÍDUOS INFÉRTEIS

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Para auxiliar no tratamento da infertilidade humana, um grupo de pesquisadores ingleses conseguiu desenvolver uma técnica capaz de eliminar um cromossomo extra que impede a reprodução. A técnica já foi testada em camundongos e os animais que eram inférteis, após a realização dos procedimentos, foram capazes de gerar descendentes saudáveis e férteis.

Nossos cromossomos X e Y são os grandes responsáveis pela determinação biológica do nosso sexo. Normalmente, pessoas do sexo biológico masculino possuem 1 cromossomo X e 1 cromossomo Y (XY), enquanto que pessoas do sexo biológico feminino, possuem 2 cromossomos X (XX). Mas nem sempre é assim... Por conta de alterações durante a divisão celular, 1 em cada 500 homens nascem com um cromossomo X ou Y extra, e por isso são portadores de um tipo de síndrome. Se uma pessoa possui um cromossomo X a mais (XXY), ele é portador da Síndrome de Klinefelter; quando possui um cromossomo Y a mais (XYY), ele é portador da Síndrome do Duplo Y. Estudar, ambas as síndromes, mostrou que uma das consequências dessa alteração cromossômica numérica era a infertilidade. Para auxiliar no tratamento da infertilidade humana, um grupo de pesquisadores ingleses conseguiu desenvolver uma técnica capaz de eliminar este cromossomo extra que impede a fertilidade.

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A pesquisa foi realizada a partir da retirada de pequenas partes teciduais de orelhas de camundongos que possuíam algum tipo de trissomia relacionada aos cromossomos sexuais: XXY ou XYY. Do tecido conjuntivo extraído, os pesquisadores retiraram fibroblastos, que são células responsáveis principalmente pela síntese de colágeno e elastina (proteínas que dão firmeza e elasticidade à nossa pele). O procedimento consistiu em transformar os fibroblastos retirados em células-tronco que seriam capazes de se diferenciar em esperma. Durante a aplicação da técnica, os pesquisadores perceberam que algumas das células modificadas perderam o cromossomo sexual extra, responsável por causar a infertilidade.

A partir de estímulos químicos, os pesquisadores fizeram com que essas células-tronco se diferenciassem e se tornassem esperma. O esperma, quando injetado nos testículos dos camundongos, foi capaz de se desenvolver, tornando-se esperma maduro. Este foi coletado e utilizado em técnicas de reprodução assistida, e o indivíduo foi capaz de gerar descendentes saudáveis e férteis.

O experimento é preliminar e mais pesquisas serão necessárias para saber se a técnica também funcionará em humanos. Os pesquisadores ainda não conseguiram produzir esperma maduro fora do corpo, e esta parte do procedimento (ao injetar as células-tronco em um hospedeiro) oferece risco de formação de tumores. A redução desse risco, ou descoberta de uma nova maneira de produzir esperma maduro fora do corpo de um hospedeiro, é fundamental para que experimentos possam ser realizados em humanos num futuro próximo.

Fonte: Science.

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quinta-feira, 12 de dezembro de 2019

SÍNDROME DE PATAU: VOCÊ CONHECE ESTA SÍNDROME?


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A formação dos gametas envolve processos metabólicos complexos que, em caso de erro, podem levar a condições fatais ou alterações na normalidade do futuro embrião. Um pequeno erro durante a divisão celular, por exemplo, pode resultar na incorreta separação dos cromossomos, ocasionando o que chamamos de trissomias.

A trissomia do cromossomo 21 – Síndrome de Down – é a mais comum, e, apesar de resultar em anormalidades e déficits no desenvolvimento, não envolve grandes riscos à vida dos portadores. Por outro lado, a trissomia de demais cromossomos geralmente resulta na inviabilidade do embrião. Descrita pela primeira vez em 1656, a trissomia do cromossomo 13 – Síndrome de Patau – leva a condições severas e é associada a baixas taxas de sobrevivência. Malformações do sistema nervoso central, defeitos no sistema cardíaco e anormalidades renais são alguns dos efeitos desta trissomia. Anatomicamente, microftalmia (redução do bulbo ocular), polidactilia (maior número de dedos) e lábio leporino (abertura no céu da boca) podem ser observados.

Felizmente, a trissomia do cromossomo 13 é extremamente rara, ocorrendo em aproximadamente 1 a cada 12 mil nascidos vivos. As bases genéticas desta trissomia foram descobertas apenas em 1960 – três séculos após ter sido descrita pela primeira vez –, a partir de pesquisas realizadas pelo geneticista Klaus Patau. Os fatores que levam à trissomia ainda não são completamente compreendidos, porém, assim como a Síndrome de Down, a Síndrome de Patau está relacionada à idade materna.

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Dentre as gestações corretamente diagnosticadas com a síndrome, menos de 20% conseguem ser levadas até o momento do parto. Menos de 10% dos nascidos sobrevivem ao primeiro ano de vida, e a grande maioria não sobrevive a mais que uma semana. Algumas dezenas, de casos de sobrevivência, foram reportadas em todo o mundo, sendo o mais famoso deles o da ginasta Jenna Cole, que no ano passado completou 25 anos de idade. A taxa de sobrevivência à trissomia do cromossomo 13 aumenta, porém, em alguns casos diferenciados da síndrome.

A trissomia em sua forma mais severa é denominada trissomia completa, quando todas as células do indivíduo possuem uma cópia extra do cromossomo. A trissomia em sua forma mosaica, por outro lado, ocorre quando algumas células possuem a cópia extra. Já a trissomia parcial resulta de uma cópia extra de metade do cromossomo. Existe, ainda, a trissomia resultante da translocação Robertsoniana, quando o cromossomo, extra, encontra-se ligado a outro cromossomo.

Atualmente, o diagnóstico pré-natal da síndrome consiste em métodos ultrassônicos, bioquímicos e citogenéticos. Entretanto, estes métodos ainda são considerados insuficientes, uma vez que o diagnóstico ocorre mais facilmente após o segundo trimestre da gestação e principalmente após o parto, através da observação de anormalidades anatômicas.

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Em busca de uma melhora neste quadro, diversas pesquisas têm experimentado o desenvolvimento de novos métodos de diagnose pré-natal. Um grupo de pesquisadores americanos, por exemplo, pesquisa a utilização do plasma materno para o sequenciamento genético em busca desta e outras trissomias. Além de ser pouco invasivo aos fetos, este tem se mostrado um método bastante eficiente, detectando praticamente todos os casos antes do segundo trimestre de gestação.

Além disso, o desenvolvimento de cirurgias de reparação tem melhorado a vida dos poucos sobreviventes à trissomia. Cirurgias cardíacas, maxilofaciais e plásticas podem melhorar o desempenho e a funcionalidade anatômica dos órgãos afetados, apesar de não resultar em grandes melhoras na taxa de sobrevivência dos pacientes. Apesar disto, a grande maioria dos indivíduos afetados por esta trissomia ainda apresentam características inviáveis à vida e, na maior parte dos casos (cerca de 98%) não sobrevivem à gestação ou ao parto.

Fonte: Advances in Clinical and Experimental Medicine e Genetics in Medicine.

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segunda-feira, 2 de dezembro de 2019

DEPENDÊNCIA EMOCIONAL

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Quem já não sofreu ou ainda sofre inutilmente por estar preso a coisas ou pessoas que lhe sugam a energia e a vontade de viver? Quem já não se perdeu em pensamentos irracionais, criando falsas expectativas de segurança, e depois percebeu que suas ações foram em vão e perigosas? A estratégia fundamental para alcançar o bem-estar emocional consiste em descobrir o que não é necessário e se livrar disso.

Neste momento quero mencionar um dos maiores conflitos psicológicos conhecidos: a dependência emocional. Ela também desenvolve mecanismos que nos levam a um envolvimento obsessivo com um objeto, uma pessoa ou uma atividade e nos impedem de ter uma vida plena e saudável.

Inúmeros momentos da vida, estamos repetindo algumas ações somente porque acostumamos com elas. Em outras vezes praticamos certas coisas simplesmente porque não temos conhecimentos que poderíamos fazer totalmente diferente. Diversas ocasiões você percebeu que poderia ser diferente, porém não sabia como fazer diferente.

Diante da dependência emocional, podem-se evidenciar algumas atitudes passivas como:

- Quando digo não, me sinto culpado!
- Entendo que seria o melhor a ser feito, mas tenho medo de fazer isso!
- Estou há tanto tempo com essa dificuldade que já me acostumei!
- E ainda pior - Deixa como está para ver como é que vai ficar!

É importante, também, demonstrar que algumas expressões denunciam as atitudes agressivas da dependência emocional como:

- Deixa que eu tome conta de tudo, mas tem que ser do meu jeito!
- Agora que me deixou com raiva eu vou até as últimas consequências!
- Eu acabo fazendo tudo, pois ninguém faz nada!

Outra forma de manifestar a dependência emocional é falsear com a inteligência para obter benefício próprio em detrimento do bem alheio e do bem comum. São comportamentos próprios do que costumamos chamar de "malandragem": uma estrutura de personalidade montada em cima de um esquema de sobrevivência egoísta conhecida como manipulação.

Se você acredita que algo ou alguém na sua vida é indispensável para sua felicidade, tem um grave problema pela frente: está sendo dominado. E não me refiro ao ar que respira, à comida que o alimenta ou ao sono que o refaz, mas sim a necessidades secundárias das quais poderia prescindir sem que sua vivência emocional e psicológica fosse afetada de alguma forma. Pessoas realizadas são livres; pessoas apegadas são escravas de suas necessidades. Não importa a fonte do apego, seja fama, poder, beleza, autoridade, aprovação social, internet, jogo, moda ou casamento, o vício psicológico tornará sua vida cada dia mais insalubre: você vai se ajoelhar diante dele, cultuá-lo e viver sempre no limite por medo de perdê-lo. Criar uma relação de dependência significa entregar a alma em troca de prazer, segurança ou uma duvidosa sensação de autorrealização.

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Desejar é apegar-se? Não confunda: o desejo não é apego. Segundo Spinoza, "sem o desejo, perderíamos nossa essência", ou, como dizia Aristóteles, "seríamos frios seres pensantes". Desejar, almejar, interessar-se por algo ou alguém é normal, desde que você não se torne obcecado e esteja preparado para a perda.

Talvez você imagine que não é o seu caso e que conseguiu se afastar das tentações. Não se vanglorie: isso pode acontecer com qualquer um. Quando entra na mente, o apego se instala, e nem sempre é fácil detectá-lo. Muitas pessoas são dependentes emocionais e não se dão conta disso. Estão sempre com uma expressão sofredora e um sorriso forçado, mascarando uma autodestruição psicológica absurda e se deleitando com o autoengano.

Você pode alegar que é difícil se desapegar ou enfrentar os apegos. Isso é verdade. Entretanto, vale a pena tentar: é possível adotar um estilo de vida inspirado no desapego e sofrer menos. Não importa a que você esteja apegado, sempre poderá se livrar daquilo que o incomoda psicologicamente e começar de novo. Se fizer um esforço, conseguirá criar um estilo de vida antiapego.

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Ser emocionalmente independente (desapegado), no sentido que exponho aqui, não é cultivar uma autonomia egoísta e supervalorizada, mas sim desenvolver a capacidade de ter consciência e prescindir daquilo que impede o aprimoramento pessoal. O desafio é este: livrar-se das dependências que o impedem de ser você mesmo.

Contudo, esse processo de libertação interior não é indolor, como às vezes se insinua. Desapegar-se é assustador e doloroso, porque, ao fazê-lo, você perde grande parte dos pontos de referência com os quais se identificou durante anos.

Não se preocupe: o desapego não é restrito a pessoas especiais ou a um grupo seleto de super-heróis e iluminados; qualquer indivíduo com convicção e motivação suficientes tem acesso a ele. A poetisa escocesa Alice Mackenzie Swaim escreveu:

A coragem não é o carvalho majestoso
que vê passar as tempestades;
é o frágil broto de uma flor
que se abre na neve.

Desapego sem anestesia, sem desculpas, tão radical quanto possível e até as últimas consequências, seja você um robusto carvalho ou um broto delicado. E, quando finalmente resolver se desligar daquilo que o aprisiona emocionalmente e lhe rouba a energia vital, seu pensamento será tão simples quanto libertador: "Não preciso mais de você, não me interessa mais!". E curta a vida!

Diante disso, meus queridos amigos e amigas, a sua vida pode até não estar lá essas coisas de excelente, mas um novo amanhã pode surgir no grande horizonte invisível da nossa existência. Lembre-se que nem tudo está perdido, pois a luz do Sol ainda brilha nas vidas preciosas como a sua. Fique na santa paz de Deus!

God bless you!
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domingo, 1 de dezembro de 2019

POR QUE A SÍNDROME DE DOWN OCORRE MAIS FREQUENTEMENTE COM O AUMENTO DA IDADE MATERNA?

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A trissomia do cromossomo 21 foi descrita pela primeira vez pelo médico britânico John Langdon Down – por isso recebeu o nome Síndrome de Down. Menos de cem anos após sua descrição, em 1933, alguns conceitos básicos da síndrome já haviam sido estudados, e já neste período a trissomia (um dos pares de cromossomos homólogos apresenta um cromossomo a mais) passou a ser associada ao aumento da idade materna.

Apenas na década de 1960, porém, alguns estudos iniciais confirmaram esta associação, ainda que os pesquisadores não conseguissem compreender seus motivos genéticos ou bioquímicos.  Recentemente, análises em larga escala possibilitaram estudos dos gametas humanos e seus cromossomos, permitindo um maior entendimento das reais origens desta e de outras trissomias.

Atualmente, após a análise de milhares de diferentes casos, os pesquisadores puderam afirmar com maior embasamento que a grande maioria das trissomias deriva de erros meióticos ocorridos no material genético materno. De acordo com um estudo americano, por exemplo, apenas 5% dos casos de trissomia derivam de erros meióticos ocorridos no material genético paterno.

A trissomia do cromossomo 21 é a mais comum de ocorrer, e também a que leva a uma maior compatibilidade com a vida. Cópias extras dos cromossomos 13 ou 18 (Síndromes de Patau e Edwards, respectivamente), por exemplo, levam a alterações severas nos indivíduos, muitos deles não sobrevivendo por mais que uma semana após o parto.

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A aneuploidia – número anormal de cromossomos – do cromossomo 21 resulta, principalmente, da não disjunção dos cromossomos durante a meiose I. Ao contrário do que normalmente ocorrem, estes cromossomos permanecem unidos e são transportados juntos para um dos polos que darão origem aos gametas. Quando a não disjunção ocorre durante a meiose II, são as cromátides irmãs que permanecem unidas.

Este processo de não disjunção é comum, podendo ocorrer em até 10% das meioses femininas. Porém, as chances de erros durante a meiose feminina aumentam drasticamente após os 35 anos de idade, aumentando os riscos de ocorrência de aneuploidia, especialmente as trissomias. Para compreender a relação da idade materna com a não disjunção cromossomal, é necessário compreender o processo de ovogênese – processo de formação dos gametas – humano.

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A ovogênese tem seu início ainda durante o período fetal, quando as células germinativas femininas iniciam os processos de mitose e crescimento celular. Quando chegam ao estágio de ovócito primário, todas as células reprodutivas cessam sua divisão, durante a prófase I da meiose. Com a menarca – primeira menstruação da mulher – os ovócitos primários completam o processo de meiose e, a cada mês, vão sendo liberados.

Assim, durante aproximadamente 45 anos, os ovócitos primários finalizam o processo meiótico e são liberados durante a ovulação – mais corretamente denominada ovocitação. Acredita-se que, com o passar dos anos, estes ovócitos tornam-se mais “velhos”, e, com isto, aumentam as chances de ocorrência de erros durante a meiose. Fatores que podem alterar-se com o passar do tempo e contribuir para a ocorrência de erros são a destruição das fibras cromossômicas ou a deterioração dos centrômeros – região que prende o cromossomo ao seu fuso.

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Além disso, em muitos casos de ocorrência de aneuploidias, o próprio organismo percebe o erro ocorrido e tende a abortar espontaneamente o embrião, uma vez que sua viabilidade é muito mais baixa. Esta capacidade de aborto pode ser diminuída, porém, em mulheres de maior idade, o que também contribui para o aumento na quantidade de crianças nascidas com trissomias.

Como já comentado anteriormente, erros meióticos ocorridos durante a formação dos gametas não são encontrados apenas em indivíduos do sexo feminino. A ocorrência de trissomias devido a erros na meiose masculina, porém, possui uma prevalência muito mais baixa na população, e é, por este motivo, muito menos estudada pela ciência.

Fonte: National Institutes of Health e Portal de Periódicos da UEM.

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sábado, 23 de novembro de 2019

HORMÔNIO MASCULINO PODE AMENIZAR DOENÇA GENÉTICA RARA

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Pesquisadores do Centro de Terapia Celular da USP estão obtendo bons resultados no tratamento de doenças genéticas raras, utilizando um hormônio sintético da testosterona.

Certamente você já ouviu falar de alongamento de telômeros em uma terapia anti-idade... Certo? Senão, vou explicar: à medida que nossas células se dividem, os telômeros, extremidades dos nossos cromossomos, tornam-se mais curtos. Quando os telômeros estão muito curtos, eles são incapazes de proteger os cromossomos e com isso acabam perdendo a função e morrendo. Só que eles não morrem sozinhos... Esse processo, de encurtamento, encurta também o tempo de vida de um organismo: isso ocorre ao longo da vida, no decorrer dos anos, em um processo natural. Infelizmente não é assim com todas as pessoas!

Existe um grupo de doenças genéticas raras, que atinge aproximadamente 1 pessoa em cada 1 milhão, que provoca o encurtamento acelerado dos telômeros e, consequentemente, o envelhecimento precoce.

Em busca de soluções para essas raras doenças, pesquisadores do Centro de Terapia Celular da Universidade de São Paulo, Rio Preto, estão desenvolvendo, desde 2014, o uso de nandrolona para tratamento dessas doenças. A nandrolona é uma versão sintética do popular hormônio masculino, a testosterona. Os estudos em desenvolvimento testam a eficiência do hormônio sintético para promover o alongamento dos telômeros e a estimulação da medula óssea para produzir células sanguíneas. Os testes são baseados em experimentos realizados anteriormente, que demonstraram que hormônios sexuais masculinos são fundamentais para o bom funcionamento da medula óssea, e que o aumento das células sanguíneas está intimamente relacionado com o alongamento dos telômeros.

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Os testes atuais são realizados em um grupo de 18 pessoas, que recebe o tratamento há aproximadamente 3 anos. Apesar de ainda não terem sido concluídos, os resultados preliminares sugerem que a nandrolona, assim como a testosterona, promove a produção da enzima que restaura os telômeros e reduz o seu ritmo de encurtamento, a telomerase. Além disso, poucos efeitos indesejados foram observados, e aqueles vistos, não comprometeram a segurança dos pacientes e do tratamento. Não foi mencionada a data de publicação dos resultados do trabalho, mas os pesquisadores mostram-se otimistas e acreditam que estão no caminho certo na busca por compostos menos tóxicos que produzem telomerase e ajudam no tratamento de doenças.
Fonte: Pesquisa Fapesp.

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segunda-feira, 18 de novembro de 2019

THE OPPOSITE ATTRACTION OF LOVE

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We hurt people that love us and love people that hurt us. Soon true love dies and indifference is born. Then we miss them badly and wish they had never left in the first place.

We are now left in the hands of those we claim we love but they cannot return our love as we wish them to. Because they don’t feel the same way as we do feel. They maltreat us and take undue advantage of our genuine love and feelings.

So search your heart thoroughly to know who you are and who you should share your love with. Because true love once lost can never be regained.

True love bears the mark of respect, endurance, patience, understanding and sacrifice. Never sell these qualities of true love for cheap especially to people who do not deserve it and do not deserve you.

Kwame Sarpong

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sexta-feira, 15 de novembro de 2019

COMO ALGUMAS PESSOAS ENXERGAM AS CORES?

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Nem todo mundo vê as cores das coisas da mesma forma. Para vermos as cores, nossos olhos têm um complexo sistema de receptores de luz. A falta de receptores (durante o desenvolvimento dos olhos ou por algum acidente) faz com que certas pessoas não enxerguem determinadas coisas. Como será que elas enxergam certas imagens?

Como forma de divulgar e informar as pessoas sobre as deficiências de visualização de cores, o desenvolvedor de programas para computadores, Daniel Flück, criou um site onde algumas imagens modificadas são testadas. A iniciativa serve para mostrar às pessoas com visão normal, como algumas deficiências (pessoas que não possuem receptores de cores no fundo dos olhos) influenciam na visualização das cores.

Pode ser que a deficiência de cor na visão seja o daltonismo. As pessoas com daltonismo têm dificuldade em diferenciar as cores verde e vermelha. Além disso, a deficiência afeta mais homens do que mulheres, porque é hereditária e está ligada ao cromossomo X.

Existem outras deficiências, dentro de todo espectro de cores, que conseguimos entender (e enxergar) mais facilmente. Temos três tipos de receptores de cores: o vermelho (protan-), verde (deutan-) e azul (neutron-), e cada deficiência na percepção de cores pode variar conforme a presença e funcionamento correto dessas células receptoras. As causas para a deficiência, além de hereditárias, podem ser desencadeadas por motivos como o alcoolismo, o envelhecimento, glaucomas ou pancadas na cabeça. Acredita-se que 8% da população mundial (cerca de duas vezes o tamanho da população do Brasil) tenha algum tipo de deficiência na percepção das cores.

Saiba mais sobre cada uma das deficiências e como as pessoas que as têm enxergam certas imagens:

Visão Normal

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Deuteranomalia

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Conhecida mais popularmente como daltonismo, talvez seja a deficiência mais comum na percepção de cores. O vermelho e o verde ficam indistinguíveis para essas pessoas.

Protanopia

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Uma deficiência rara em que a diferença entre verde e vermelho fica ainda mais difícil de distinguir. As pessoas enxergam em tons de azul e amarelo.

Tritanopia

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Uma deficiência ainda muito mais rara em que as pessoas enxergam as coisas em um tom rosado e esverdeado. Os tons de azul não são percebidos, assim como o amarelo. Apenas 0,0001% da população mundial tem essa deficiência.

Acromacia

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Essa é a falta de percepção de qualquer cor. A pessoa que possui essa deficiência não tem receptores eficientes para cores, e apenas conseguem enxergar a intensidade da luz que é refletida pelas coisas. Essa condição é ainda muito mais rara e atinge apenas 0,00003% da população mundial.


Fonte: Biologia total

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domingo, 10 de novembro de 2019

TRANSPLANTE DE MEDULA ÓSSEA: O QUE É E PARA QUE SERVE?

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Hoje quero falar de um assunto muito importante: o transplante de medula óssea. Aposto que você já ouviu falar sobre isso muitas vezes, seja em campanhas chamando doadores, seja em alguma história de alguém doente que precisou deste tipo de transplante. Mas se eu perguntar para você o que é isso, você saberia responder? Se não, por gentileza, preste atenção a seguir, estas são informações úteis e você poderá depois sair por aí explicando para todo mundo.

Antes, de mais nada, quero esclarecer o que é a medula óssea. Talvez você já saiba, mas não custa relembrar: os ossos são ocos e preenchidos por um tecido líquido-gelatinoso (aquela parte que é chamada por muitos de tutano) onde são produzidos os componentes do nosso sangue. Isso mesmo, é na medula que são produzidas as hemácias (glóbulos vermelhos), os leucócitos (glóbulos brancos) e as plaquetas. As hemácias transportam o oxigênio e o gás carbônico no nosso sangue, os leucócitos fazem parte do nosso sistema de defesa e as plaquetas compõem o sistema de coagulação sanguínea. Já deu para perceber o quão importante ela é, não? Imagina, então, se temos problemas para produzir o que é tão essencial!

Algumas pessoas são acometidas de doenças que afetam a medula ou a produção de algum destes componentes e um tratamento indicado é o transplante de medula óssea, ou seja, a substituição da medula doente ou deficitária por células normais de medula óssea, com o objetivo de reconstituir a partir de uma medula saudável. O transplante pode ser autogênico, quando a medula vem do próprio paciente, ou alogênico, quando vem de um doador. O transplante também pode ser feito a partir de células precursoras de medula óssea, obtidas do sangue de um doador ou do sangue de cordão umbilical. Há ainda a doação silogênica, que é feita de um irmão gêmeo gerado na mesma placenta.

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Exemplos de doenças que têm o transplante de medula óssea como indicação de tratamento: anemia aplástica grave (deficiência na produção das células do sangue), mielodisplasias e em alguns tipos de leucemias (tipo de câncer que compromete os leucócitos), como a leucemia mieloide aguda, leucemia mieloide crônica, leucemia linfoide aguda. No mieloma múltiplo e linfomas, o transplante também pode ser indicado.

No caso da doação autogênica (ou autóloga), as células progenitoras da medula do paciente são coletadas antes do paciente passar por tratamentos de quimioterapia. Essa coleta é criopreservada (preservada sob baixíssima temperatura no momento oportuno do tratamento, ele recebe tais células. Trata-se de uma técnica possível e de baixa mortalidade (comparada à doação alogênica), mas tem alto índice de recidiva (a doença volta a se manifestar) nos casos de neoplasias hematológicas e tumores sólidos.

No caso da doação alogênica, precisando do transplante, o primeiro passo é descobrir quem pode doar. De acordo com as leis genéticas, irmãos de mesmo pai e da mesma mãe têm 25% de chances de ser um doador compatível. Quando não há parente compatível, existe um Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea, o REDOME, um banco de dados que pode indicar se há alguém compatível com o paciente em alguma parte do Brasil. Além deste, existem bancos do exterior também. E você deve estar se perguntando: o que seria uma pessoa compatível? Antes de realizar qualquer transplante, testes de histocompatibilidade precisam ser realizados e neles é determinado que um conjunto de genes que está localizado no cromossomo 6 é igual comparando-se o paciente e o doador. Só assim, é possível fazer o transplante.

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Então, fica a pergunta: o que esse cromossomo 6 tem de tão especial? Ele possui, em seu braço curto, genes que determinam como é o sistema HLA (Human Leukocyte Antigen – Antígeno Leucocitário Humano), nome dado ao complexo principal de histocompatibilidade dos humanos. Este complexo (também encontrado na maioria dos vertebrados) tem um importante papel no sistema imune, na autoimunidade (quando o sistema imune combate células e tecidos do próprio organismo) e no sucesso reprodutivo. Mas especificamente para o assunto que falamos aqui, são esses genes que produzem proteínas encontradas nas membranas das células e que têm o papel de combater e apresentar corpos estranhos (os antígenos) aos leucócitos (linfócitos T). Este complexo, resultante de muitas pressões evolutivas, possui um nível de poligenia e polimorfia surpreendente e, por isso, são muitas as variações. Sua expressão gênica é codominante e, na maioria dos casos, vemos pessoas heterozigotas para a combinação de genes. Por isso, até um irmão (exceto o irmão gêmeo univitelino) tem apenas 25% de chances de ser compatível. Por conta dessa complexidade gênica, cada conjunto de proteínas presente nas células de um indivíduo é único.

Se um paciente receber a medula de um doador que possui genes incompatíveis que, consequentemente, produzirão células com um conjunto de proteínas muito diferente, o corpo do paciente seguramente terá rejeição a essa medula, entendendo-o como um corpo estranho, e o transplante irá falhar, gerando problemas ao paciente. Por isso, são tão importantes os testes de histocompatibilidade.

Através de punções nos ossos da bacia do doador, até 15% da medula dele é aspirada. Em dias, o corpo do doador recupera toda a medula doada. O paciente a recebe como uma transfusão de sangue. A nova medula é rica em células progenitoras e chegam até a medula através da corrente sanguínea e lá se alojam e se desenvolvem. Logo após o transplante e enquanto as células novas ainda não foram produzidas o paciente precisa ficar em ambiente hospitalar para evitar infecções e toda a evolução é acompanhada mesmo depois de sair do hospital.

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Segundo o INCA (Instituto Nacional do Câncer), hoje já existem mais de 21 milhões de doadores em todo mundo e, no Brasil, o REDOME tem mais de 3 milhões de doadores. Você pode se voluntariar. Para isso, basta buscar o hemocentro mais próximo de sua casa. Lá você dará suas informações para o cadastro, fará a coleta de uma pequena amostra de sangue para que sejam feitos os testes que ficarão no banco e pronto. Caso algum paciente precise da sua medula você será consultado para decidir sobre a doação. O transplante é realizado num ambiente cirúrgico, de maneira segura, com anestesia geral, e requer internação de 24h.

Bem, agora você já sabe tudo: o que é um transplante de medula óssea, sua importância e como é possível fazê-lo. Saia espalhando por aí! Além de conhecer mais sobre a biologia humana você estará propagando informação útil e necessária para tantas pessoas que necessitam de um transplante como este.

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sábado, 26 de outubro de 2019

QUAIS OS EFEITOS DO CONSUMO DE ÁLCOOL NO SISTEMA NERVOSO?

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Férias de verão, praia, churrasquinho na piscina, happy hour com os amigos... Nesta época do ano não faltam pretextos para tomar uma com os amigos... Mas você já parou para pensar nas consequências imediatas e crônicas do consumo de bebidas alcoólicas?

Os principais efeitos do consumo de álcool são resultantes de alterações no sistema nervoso, especialmente no cérebro. O álcool é classificado como uma droga sedativa, e atua como um depressivo do sistema nervoso central quando consumido em altas doses. Dentre os efeitos mais conhecidos e facilmente observáveis, podemos citar as mudanças emocionais e comportamentais e uma redução na concentração, percepção e memória. A nível morfológico, um alto consumo de bebidas alcoólicas pode resultar em atrofia das células nervosas e redução dos tecidos cerebrais.

Bioquimicamente, porém, os efeitos do álcool são muito mais complexos, envolvendo alterações na liberação e na inibição de diversos neurotransmissores. Imediatamente após o consumo de bebidas alcoólicas, a dopamina tem sua produção aumentada, gerando efeitos prazerosos através das vias de recompensas. A liberação de noradrenalina e de opioides também contribui para os efeitos animadores do álcool. Outros neurotransmissores, porém, contribuem para os efeitos depressivos que acometem alguns indivíduos após a bebedeira, dentre eles o GABA (ácido gama-aminobutírico), responsável pelos efeitos de sedação e amnésia, e o glutamato, que bloqueia receptores excitatórios. Por fim, a liberação de serotonina é responsável pelos efeitos pós-bebedeira, especialmente os enjoos.
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O consumo esporádico de bebidas alcoólicas resulta em efeitos imediatos e de curto prazo. O consumo crônico, porém, pode resultar em danos irremediáveis ao sistema nervoso e aos tecidos cerebrais, especialmente a região do cerebelo, responsável pela coordenação. Danos nesta região cerebral podem resultar em instabilidade e dificuldade em caminhar. Mas o álcool também pode resultar em danos aos nervos periféricos, resultando em dores, fraqueza, tontura e redução do tato. Em alguns casos mais raros, o álcool pode resultar ainda em danos a centros específicos do cérebro, levando a perda de funções mentais e ao desenvolvimento de distúrbios do sono e epilepsia.

O desenvolvimento de técnicas bioquímicas e moleculares tem facilitado a descoberta de novas vias nervosas afetadas pelo consumo de álcool, confirmando a hipótese de que as funções cerebrais dependem de um balanço delicado entre neurotransmissores excitatórios e inibitórios, sendo estes alterados a curto e longo prazo pelo consumo de bebidas alcoólicas. Compreender os efeitos do álcool sobre as vias bioquímicas do sistema nervoso pode contribuir para o desenvolvimento de uma futura cura para o alcoolismo crônico. Enquanto isso, a conscientização sobre o consumo saudável destas bebidas ainda parece ser a melhor solução para este problema.

Fontes: Alcohol Advisory Counciol of New Zealand e Journal of
Neurology, Neurosurgery & Psychiatry.

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segunda-feira, 21 de outubro de 2019

CIENTISTAS DESCOBREM UMA NOVA FUNÇÃO PARA O CEREBELO

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O cerebelo – que significa cérebro pequeno – é uma pequena estrutura encontrada na parte traseira do cérebro. Mas tamanho não é documento e o cerebelo é a prova disso. Embora seu vizinho maior – o cérebro – receba a maior parte das atenções, o cerebelo também possui funções importantes.

Para se ter uma ideia, apesar de representar apenas cerca de 10% do volume total do encéfalo, ele contém mais de 80% de seus neurônios, que o permite exercer um importante papel na coordenação dos movimentos e do equilíbrio. Sem o cerebelo, você provavelmente não conseguiria colocar as suas mãos nos olhos, por exemplo.

Mas cientistas de Stanford acabam de descobrir uma nova função para esta região: ela também desempenha um importante papel na resposta de recompensa, que é um dos principais impulsos que motivam o comportamento humano. A novidade foi publicada na revista científica Nature.

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Resposta de recompensa? Mas o que é isso, Josiel Bezerra? Para que você consiga entender, temos um exemplo fácil. Ao comer um chocolate, por exemplo, sinais são enviados para o nosso cérebro, ativando circuitos neurais responsáveis por sensações de prazer, as vias de recompensa – por isso comer chocolate é tão bom!

Voltando à pesquisa, um dos fatos mais interessantes sobre a nova descoberta é que ela acabou acontecendo sem querer. Os cientistas estavam analisando, em tempo real, a atividade de um grupo de neurônios do cerebelo (as células granulares do cerebelo) de camundongos através de uma técnica de fluorescência que faz com que as células sejam iluminadas quando ativas. A ideia era descobrir como o cerebelo controla os músculos em camundongos.

Para que os camundongos se movimentassem, os cientistas ofereceram água com açúcar como recompensa para que eles pressionassem uma alavanca. Como esperado, os neurônios do cerebelo foram iluminados quando os camundongos executaram o movimento de puxar a alavanca. Mas o que surpreendeu os pesquisadores foi que quando os animais estavam esperando pela água com açúcar e quando a recompensa foi retirada, os neurônios também foram iluminados – o que demonstra que algo estava acontecendo lá! Se as células estavam ativas isso significa que elas respondem à recompensa!

Até o momento os experimentos só foram realizados em camundongos e, obviamente, precisam ser replicados em humanos. De qualquer forma isso ressalta a complexidade do nosso organismo, especialmente do nosso sistema nervoso, nos mostrando que ainda há muito a ser descoberto!

Fonte: Nature.

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quinta-feira, 3 de outubro de 2019

VÍCIO EM SMARTPHONES PROVOCA ALTERAÇÕES CEREBRAIS

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Pesquisadores da Coreia do Sul descobriram que jovens viciados em smartphones e internet possuem um desequilíbrio nas atividades cerebrais, relacionado à depressão e ansiedade.

Não é nenhuma novidade que as pessoas, principalmente os jovens, estão cada vez mais viciadas e fechadas em seus smartphones com as redes sociais, informações, jogos e até mesmo, quem sabe, ligações. Uma pesquisa recente revelou que 46% dos jovens americanos são viciados em suas tecnologias portáteis. Preocupados com o tempo que os jovens estão passando na frente da tela do celular, pesquisadores da Universidade da Coreia, na Coreia do Sul, realizaram um estudo com jovens viciados em smartphones e internet, e descobriram que eles apresentam um desequilíbrio nas funções do cérebro.

A pesquisa foi realizada com jovens com idade média de 15 anos, do sexo feminino e masculino, diagnosticados como dependentes em internet e smartphones. Para que comparações fossem estabelecidas, um grupo controle também foi avaliado, com 19 jovens saudáveis e sem vícios, com a mesma faixa etária e gêneros. Os jovens receberam um tipo de terapia cognitiva para viciados em jogos, por 9 semanas, além de responderem questionários a respeito de seus hábitos. Para essa medição, os pesquisadores utilizaram exames de espectroscopia por ressonância magnética. Ao final do exame, quanto maior a pontuação, mais grave seria o vício.

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No exame, realizado antes e após a terapia, foram medidos os níveis de um neurotransmissor que inibe ou retarda os sinais cerebrais, tornando os neurônios eletricamente mais excitados, o ácido gama-aminobutírico ou GABA. Outros estudos já haviam demonstrado que o GABA está envolvido no controle motor e na regulação de diferentes funções cerebrais, incluindo a ansiedade.

O resultado mostrou que os jovens viciados apresentaram pontuações significativamente maiores de GABA, do que os jovens saudáveis. Altos índices de GABA fazem com que a pessoa esteja mais propensa à depressão, ansiedade, insônia e impulsividade. Mais estudos são necessários para entender e comprovar a importância clínica do que foi descoberto, mas os pesquisadores acreditam que o aumento do GABA possa ajudar na compreensão e no tratamento de diversos tipos de dependências.

Fonte: Radiological Society of North America.

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quarta-feira, 18 de setembro de 2019

RISCOS E BENEFÍCIOS DOS ENERGÉTICOS

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A comercialização de bebidas energéticas tem aumentado na última década e a sua fácil acessibilidade a crianças e adolescentes têm contribuído para uma tendência crescente no seu consumo. Dados recentes sugerem que o consumo de bebidas energéticas tende a aumentar, mais do que o dobro em crianças dos 2 aos 11 anos.

Energético é uma bebida que estimula o metabolismo e tem como finalidade fornecer energia, diminuindo sintomas como o sono e o cansaço. Esse tipo de bebida apresenta em sua composição substâncias capazes de atingirem nosso córtex cerebral, inibindo a ação da adenosina, um neurotransmissor que induz ao sono. A bebida é largamente consumida por atletas em rotina de competição com o intuito de melhorar o rendimento esportivo. As bebidas energéticas, ricas em substâncias como cafeína e taurina, devem ser consumidas com moderação, pois podem sobrecarregar o coração.

As bebidas energéticas são publicitadas como benéficas ao desempenho físico e intelectual, estado de alerta e humor, não alertando para os possíveis efeitos não desejados associados à sua ingestão excessiva ou continuada. Os possíveis riscos associados ao seu consumo e, principalmente, em grupos de maior suscetibilidade e em crescimento, como as crianças e adolescentes, tende a suscitar interesse na comunidade científica, e pode representar uma ameaça significativa para a saúde pública devido ao marketing agressivo dirigido aos jovens combinado com a falta de regulamentação destas bebidas.

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A maioria não dá bola para o que o rótulo avisa: energéticos não devem ser tomados junto com bebidas alcoólicas. Criados para serem consumidos puros antes de atividades físicas, eles acabaram fugindo do objetivo inicial e caíram no gosto dos baladeiros como companhia para whisky e vodca.

Existem no mercado muitas marcas de energéticos, cada qual diferindo em sua composição. A base da formulação consiste na presença de taurina, cafeína e açúcar. A cafeína é um estimulante que age no sistema nervoso central, inibindo o sono e, consequentemente deixando o indivíduo em estado de alerta. Já a taurina, é um aminoácido sintetizado, principalmente, no fígado e cérebro, que ajuda na regulação dos níveis de água e sais minerais do sangue, além de atenuar a fadiga muscular.

A composição é uma espécie de bomba enlatada. Um dos ingredientes, a cafeína, pode aparecer com até 35 mg a cada 100 ml. E o que acontece no corpo? Os efeitos estão relacionados com a quantidade, claro: doses de até 2 mg por quilo corporal provocam estado de vigília, diminuição da sonolência, alívio da fadiga e aumento da respiração, da frequência cardíaca, da produção de urina e do metabolismo. Já altas dosagens, como de 15 mg por quilo, podem gerar nervosismo, insônia, tremores e desidratação.

A ingestão média diária de taurina entre os consumidores de bebidas energéticas é de aproximadamente 0,4 gramas, aumentando para cerca de 1,0 grama entre altos consumidores. A concentração de taurina contida nos energéticos é mais alta que a quantidade encontrada em outros produtos.

Além disso, sem querer estragar mais o treino ou a balada de ninguém, mas já estragando, o risco de sobrecarga do coração existe. Estudos relatam que a combinação de taurina e cafeína de que são feitas essas bebidas causa aumento do trabalho cardíaco. Por isso, cuidado: o consumo aliado a uma grande quantidade de atividade física pode levar a isquemia do miocárdio, por aumentar as contrações do músculo.

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As bebidas desportivas são muitas vezes alvo de confusão com as bebidas energéticas e como tal devem ser distinguidas. As primeiras são não gaseificadas, contêm hidratos de carbono, minerais, eletrólitos, importantes para a manutenção do balanço hidroeletrolítico, e algumas vitaminas. Estas são produzidas com o intuito de repor perdas durante o exercício físico, mas são desnecessárias num indivíduo com atividade física casual e dieta equilibrada, não sendo recomendada a sua utilização em crianças. As segundas são denominadas como energéticas, pois contêm estimulantes, tais como a cafeína, guaraná, taurina, ginseng, carnitina, glucoronolactona, possuindo diferentes quantidades de hidratos de carbono, proteínas, aminoácidos, vitaminas e outros minerais.

C6H8O6 – Glucoronolactona

Esse metabólito formado no fígado a partir da glicose está na receita de algumas marcas. Alguns estudos apontam que melhora a memória, é antidepressivo e estimulante.

C2H7No3S – Taurina

Um dos aminoácidos mais abundantes no corpo humano. Apesar de ser encontrada em vários alimentos, geralmente a taurina usada em energéticos é sintetizada quimicamente.

C8H10N4O2 – Cafeína

Alcaloide capaz de estimular o sistema nervoso central, o que causa estado de alerta de curta duração. A sensação de revigoramento é gerada pela ação do neurotransmissor adenosina.

RISCOS À SAÚDE

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Um estudo ecocardiográfico demonstrou um aumento na força de contração do músculo cardíaco uma hora após a ingestão de bebida energética contendo taurina e cafeína em sua composição, sugerindo um efeito positivo exercido por esses compostos, atribuído especialmente à ação da taurina, fato preocupante em relação ao desencadeamento de arritmias.

Ainda com base na ecocardiografia, foi demonstrado um aumento no risco de acidente vascular cerebral após o consumo de energéticos contendo cafeína e taurina em comparação com os controles que receberam as variantes do mesmo energético contendo apenas cafeína ou nem cafeína nem taurina, respectivamente. Além disso, foi demonstrado que adicionar taurina à cafeína não aumentou ou reduziu significativamente o efeito da cafeína.

PESSOAS SAUDÁVEIS DEVEM INGERIR COM MODERAÇÃO

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Estudos adicionais ainda devem ser realizados para abordar os efeitos a longo prazo da taurina, principalmente em indivíduos que já apresentem doença cardiovascular. Assim sendo, adultos com problemas cardíacos devem evitar o consumo de bebidas energéticas. Já indivíduos saudáveis precisam ficar atentos em relação à quantidade ingerida, por conta da sobrecarga cardíaca induzida por esse tipo de bebida.

Fonte: Revista Galileu; Revista Veja; Han E, Powell LM. Consumption patterns of sugar-sweetened beverages in the United States. J Acad Nutr Diet.

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DESENVOLVIMENTO DE NOVOS PRODUTOS ALIMENTÍCIOS

  Por ocorrência do aumento da população mundial e, consequentemente, a busca pela sobrevivência e melhoria na qualidade de vida dos seres v...