quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019

CLASSIFICAÇÃO DOS SERES VIVOS

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SISTEMÁTICA E TAXONOMIA

No estudo dos seres vivos, notamos uma enorme biodiversidade, diferentes formas de vida com diferentes hábitats e complexos mecanismos de adaptações aos ecossistemas de nossa biosfera.

Nas ciências, a classificação dos objetos, elementos químicos e dos seres vivos é feita para facilitar o estudo das diversas áreas do conhecimento, como a Biologia, a Química, a Física, entre outras.

Os seres vivos são classificados por meio de critérios preestabelecidos, isto é, usamos regras de classificação de acordo com a necessidade e com o sistema de classificação adotado.

O conhecimento da organização microscópica das células trouxe subsídios para elaboração de diferentes sistemas de classificação.

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Assim, os sistemas de classificação dos seres vivos, desde a época de Aristóteles até os dias de hoje, sofreram muitas mudanças, o que caracteriza a taxonomia como uma ciência muito dinâmica no campo das ciências biológicas.

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OS SISTEMAS DE CLASSIFICAÇÃO

A primeira tentativa de classificação foi feita pelo filósofo grego Aristóteles (384 - 322 a.C), considerado o “pai da zoologia”, que dividia os animais conhecidos como vertebrados, ou animais de sangue vermelho, e invertebrados, ou animais sem sangue vermelho, e foi utilizada por cerca de 2 000 anos.

Sistemas de classificação como esse, que utilizam um único critério para separar os organismos em grupos, ficaram conhecidos como artificiais, pois faziam uso apenas dos caracteres macroscópicos.

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Na metade do século XVII, o inglês John Ray (1627-1705) tentou catalogar e dispor sistematicamente todos os organismos do mundo. Foi também o primeiro a usar o termo espécie para designar um certo tipo de organismo.

Entretanto, a partir do século XVIII, os sistemas de classificação tornaram-se naturais, usando critérios objetivos com dados fornecidos pela morfologia, fisiologia, ecologia e embriologia.

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Karl Von Linnaeus, ou simplesmente Lineu (1707– 1778), foi um dos primeiros pesquisadores a propor um sistema de classificação natural. Em 1758, no seu Systema Naturae, dividiu os animais conhecidos em mamíferos, aves, anfíbios (incluíram os répteis), peixes, insetos e vermes (que incluíam todos os outros invertebrados), subdividindo cada grupo até as espécies. Propôs também regras para a nomenclatura dos seres vivos com o uso de palavras latinas. Lineu viveu antes de Darwin e, portanto, antes do estabelecimento da Teoria da Evolução.

Além do mais, era conhecida uma diversidade muito menor de animais, em sua maioria vertebrados, quando sabemos hoje que os invertebrados representam cerca de 95% das espécies conhecidas. Por isso, seu sistema de classificação apresentava muitas limitações. Apesar disso, o princípio de seu sistema foi a base para o atual método de classificação, estabelecido graças a diversos trabalhos realizados nos séculos seguintes.

As tentativas de ordenar e classificar os animais produziram um ramo da Biologia conhecido como Taxonomia ou Biologia Sistemática, que procura determinar as regras e os princípios que regem a moderna classificação. A Taxonomia apresenta duas subdivisões importantes: a classificação, que é o arranjo dos tipos de seres vivos em uma hierarquia de grupos menores e maiores; e a nomenclatura, que é o método de dar nomes aos tipos de seres vivos a serem classificados. Sua finalidade é mostrar níveis de parentesco entre os organismos, baseado na evolução.

Durante muito tempo, todos os organismos eram classificados em dois reinos: animal e vegetal. Essa divisão já era feita por Lineu. As plantas fazem fotossíntese e são geralmente imóveis, enquanto os animais precisam obter alimento comendo plantas ou outros animais e, geralmente, movimentam-se.

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Com o aperfeiçoamento do microscópio comum observou-se que os microrganismos incluídos nos dois reinos acima apresentavam características peculiares, que os diferenciavam de plantas e animais. O desenvolvimento da microscopia eletrônica trouxe novos conhecimentos a respeito da estrutura e fisiologia das células e então uma nova divisão foi feita para os microrganismos.

Posteriormente, o avanço das pesquisas, retirou os fungos do reino vegetal. Tudo isso ampliou o universo dos seres conhecidos e levou à criação de novos reinos.

Nessa classificação, são adotados critérios de organização celular (procarionte e eucarionte) e modos de alimentação, como ingestão nos animais e absorção de nutrientes pelos fungos.

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As classificações mais recentes admitem o sistema de classificação de Whittaker, elaborado em 1969, no qual os seres vivos foram divididos em cinco reinos: Monera, Protista, Fungi, Metaphyta ou Plantae e Metazoa ou Animalia.

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(Anabaena sp - cianobactéria)


REINO MONERA – compreende as bactérias e cianobactérias (algas azuis), organismos unicelulares e procariontes, ou seja, estão ausentes de sua célula a membrana nuclear e as organelas citoplasmáticas membranosas.

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 (Ameba)


PROTISTA – compreende algas e protozoários, seres unicelulares sempre eucariontes (são aqueles cujas células contêm membrana nuclear e organelas citoplasmáticas membranosas).

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(Amanita muscaria - Basidiomiceto


FUNGI - os fungos são organismos unicelulares ou pluricelulares, com destaque para os bolores, mofos e cogumelos. Apesar de heterótrofos e armazenadores de açúcares tipicamente animais, possuem uma estrutura corporal e reprodução semelhante às dos vegetais.

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 (Gimnosperma - Araucaria angustifolia)


REINO METAPHYTA (PLANTAE) – as plantas são seres pluricelulares (raros representantes unicelulares), eucariontes, quase todas autótrofas, produzindo o próprio alimento pela realização da fotossíntese.

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REINO METAZOA (ANIMALIA) - os animais também são pluricelulares, eucariontes, mas são heterótrofos e dependem de outros seres para se alimentar.

AS CATEGORIAS TAXONÔMICAS

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São grupos de tamanhos variáveis nos quais os organismos são incluídos de acordo com a quantidade de semelhanças que apresentam. O reino é a maior categoria utilizada na classificação biológica. A menor categoria chama-se espécie, termo que usualmente é usado para indicar um certo tipo de ser vivo, mas que pode ser mais bem definida como “um grupo de organismos extremamente semelhantes, que apresentam em suas células a mesma quantidade de cromossomos e que podem se cruzar, produzindo descendentes férteis”. Geralmente, indivíduos de espécies diferentes não se cruzam, embora, ocasionalmente, sejam produzidos híbridos estéreis entre espécies diferentes. Como exemplo bem conhecido, existe o caso do jumento e da égua, indivíduos de espécies diferentes, que podem se cruzar em cativeiro, mas cujos descendentes, o burro e a mula, são estéreis. Entre os vegetais, existem casos em que cruzamentos entre plantas de espécies diferentes podem originar híbridos férteis.

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Entre o nível de espécie e o nível de reino, Lineu e outros taxonomistas acrescentaram várias categorias:

Reino - degrau ou categoria mais ampla, onde é maior o número de indivíduos e a semelhança é pouca.
Filo ou Divisão - conjunto de classes.
Classe - conjunto de ordens.
Ordem - conjunto de famílias.
Família - conjunto de gêneros.
Gênero - conjunto de espécies.
Espécie - unidade de classificação, degrau ou categoria menor, onde existe o menor número de indivíduos e onde a semelhança entre eles é muito grande.

Espécie - É o conjunto de indivíduos semelhantes que quando cruzados entre si, produzem descendentes férteis.

Conforme se avança de espécie para reino, ou seja, da menor categoria para a maior categoria, passando pelos vários níveis intermediários, a diversidade entre os seres vai aumentando, e, em contrapartida, a quantidade de semelhanças entre eles vai diminuindo. As categorias taxonômicas fundamentais podem ser subdividas ou reunidas em várias outras, como os subgêneros e as superfamílias.

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A NOMENCLATURA CIENTÍFICA

Os primeiros zoólogos elaboravam classificações com uma nomenclatura particular, para uso próprio. Dessa forma, um mesmo ser vivo, estudado por vários cientistas, poderia receber inúmeros nomes distintos, dentro de um mesmo país ou entre países diferentes, em razão das diferenças de idioma. O cão doméstico, por exemplo, é conhecido por mais de 800 nomes diferentes no mundo todo: dog (inglês), chien (francês), cane (italiano), perro (espanhol), inu (japonês), etc.

Para acabar com a confusão resultante dessa situação, foi adotada para os seres vivos uma nomenclatura única, universal, fundamentada em regras internacionais, adotadas a partir de 1901, com base nos trabalhos feitos por Lineu no século XVIII. As principais regras são as seguintes:

1. Os nomes científicos devem ser escritos em latim ou com uma palavra latinizada. A escrita em latim evita variação do nome científico das espécies, pois o latim é uma língua “morta”, isto é, não é mais utilizada e, portanto, não há mudanças em seu modo de escrever.

Exemplo: Canis familiaris (cachorro doméstico) Trypanosoma cruzi (protozoário).

2. O nome da espécie deve ser destacado do restante de texto; o destaque pode ser o itálico, ou o negrito ou sublinhado.

Exemplo: Canis familiaris; Canis familiaris; Canis familiaris.

3. A nomenclatura é binomial, ou seja, todo ser vivo deve ter o seu nome científico com pelo menos duas palavras: a primeira para o gênero e a segunda para a espécie.

Exemplo: Araucaria angustifolia (pinheiro-do-paraná), Araucaria é o nome do gênero e o conjunto dos dois nomes (Araucaria angustifolia) designa a espécie. É errado utilizar o segundo nome isoladamente.

4. O nome do gênero é um substantivo e deve ser escrito com inicial maiúscula, enquanto o nome da espécie é um adjetivo e deve ser escrito com inicial minúscula.

Exemplo: Felis catus (gato).

5. Quando existe subespécie, o nome que a designa deve ser escrito depois do nome da espécie, sempre com inicial minúscula.

Exemplo: Rhea americana alba (ema branca).

6. Quando existe subgênero, o nome que o designa deve ser escrito depois do nome do gênero, entre parênteses e com inicial maiúscula.

Exemplo: Anopheles (Nyssorhinchus) darlingi (mosquito-prego, transmissor da malária).


10 ESPÉCIES NOMEADAS EM HOMENAGEM À FAMOSOS

Os nomes científicos das espécies são às vezes muito estranhos, não é mesmo? Quem nunca se perguntou “como é que se fala esse nome?” ao se deparar com aqueles nomes difíceis da biologia como Drosophila melanogaster ou Trypanosoma cruzi.

Esses nomes são escolhidos pelos cientistas que descrevem a espécie quando ela é descoberta e não há uma regra para essa escolha. Os pesquisadores podem escolher o nome que quiserem, mas, em geral, eles costumam fazer referência às características da espécie, ao local onde ela se encontra ou a alguém que se quer homenagear, usualmente outros cientistas.

Mas muitos inovam na hora de nomear uma espécie e homenageiam também pessoas famosas. Veja abaixo as personalidades que já tiveram espécies batizadas em sua homenagem!

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1) Beyoncé

A diva do pop Beyoncé teve uma espécie de mosca (Scaptia beyonceae) nomeada em sua homenagem. E aí, achou parecida?

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2) Shakira

E a Beyoncé não foi a única diva do pop homenageada. A vespa (Aleiodes shakirae) foi nomeada em homenagem à colombiana Shakira.

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3) Jennifer Lopez


E essa espécie de ácaro que foi nomeada de (Litarachna lopezae) por causa da Jennifer Lopez. O que será que levou os pesquisadores a associarem esta espécie com a JLo?


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4) Bob Marley

Ainda no mundo da música, Bob Marley inspirou o nome de uma espécie de crustáceo – a (Gnathia marleyi).

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5) Angelina Jolie

A maravilhosa Angelina Jolie também não ficou de fora. Cientistas americanos batizaram uma espécie de aranha como (Aptostichus angelinajolieae) em sua homenagem! Será que não tinham uma espécie mais bonitinha para homenagear a Angelina?

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6) Kate Winslet

Até a Rose de titanic (Kate Winslet) teve uma espécie nomeada em sua homenagem: o besouro (Agra katewinsletae). E aí, ele merece um Oscar?

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7) Ronaldinho gaúcho

Jogadores de futebol também são homenageados. Uma espécie de abelha encontrada no Brasil foi nomeada de (Eulaema quadragintanovem) em referência ao número (49) da camisa que Ronaldinho Gaúcho usava pelo Atlético Mineiro.

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8) Barack Obama

Barack Obama, o ex-presidente dos EUA teve não uma nem duas espécies em sua homenagem, mas NOVE – mais do que qualquer um dos seus antecessores. Espécies de Aranha (Aptostichus barackobamai), peixes (Etheostoma Obama e Teleogramma obamaorum), passarinho (Nystalus obamai) e até verme (Paragordius obamai) foram nomeadas em homenagem ao ex-presidente.

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9) Donald Trump

Donald Trump mal assumiu a presidência dos EUA e já tem uma espécie batizada em sua homenagem. A mariposa (Neopalpa donaldtrumpi).

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10) Príncipe Charles

Nem o príncipe Charles ficou de fora. A espécie rara de sapo (Hyloscirtus princecharlesi) foi nomeada em sua homenagem.



E você, se fosse um cientista, quem homenagearia?

God bless you!
See you later. Take care!

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