Duas
descobertas publicadas fizeram os pesquisadores quebrar a cabeça para
reorganizar a árvore evolutiva: primeiro, uma aranha com uma cauda maior do que
ela, datando 100 milhões de anos, encontrada em Mianmar (país situado no
sudeste da Ásia). A segunda descoberta foi uma ave que viveu há 99 milhões de
anos, encontrada no mesmo local que a aranha. Ambos os animais estavam
revestidos e preservados em âmbar. O âmbar em questão é aquela resina pegajosa
encontrada em árvores, em versão fossilizada, que manteve os animais
conservados e intactos por milhões de anos. Acredita-se que o âmbar da região
de Mianmar pertença ao período Cretáceo, e por isso possibilita estudos
minuciosos de espécies até então desconhecidas. Mas vamos às descobertas...
Corpo
de aranha e cauda de escorpião? O aracnídeo denominado Chimerarachne yingi que morou na Terra há 100 milhões de anos,
compartilha várias características das aranhas modernas: 8 patas, 2 pedipalpos,
fiandeiras, etc. Ela ainda traz como novidade uma longa cauda flagelada medindo
cerca de 3 milímetros (contra 2,5 milímetros do corpo da aranha). Os
pesquisadores acreditam que a cauda teria função sensorial, servindo como uma
antena, e que a aranha morava perto de árvores, já que estava envolvida em
âmbar. Outra teoria é de que a aranha, apesar de ter fiandeiras, não fabricava
teia, e utilizava a seda produzida para embrulhar ovos, fazer toalhas, redes de
dormir, ou para marcar seus caminhos.
Pássaro pré-histórico
E
a ave? O fóssil de ave apesar de ser 1 milhão de anos mais novo (99 milhões de anos),
também é uma descoberta especial! Mesmo não sendo aparentemente “bonita”, o
exemplar contém um indivíduo jovem bem preservado, onde é possível identificar a
parte de trás do crânio da ave, parte da coluna, quadril, partes de uma asa e
de uma perna. Através do fóssil, os pesquisadores poderão estudar a parte
interna da ave pré - histórica.
O
depósito de Mianmar tem se mostrado um valioso tesouro para o estudo de
diversas espécies que viveram no período Cretáceo. Através das modernas
técnicas de análise que dispomos, é possível traçar uma linha evolutiva de
milhões de anos, que nos permite entender como eram e como viviam outras
espécies ao longo desse tempo.
Fonte:
Nature I e II, National Geographic.
God bless you!
See you later. Take care!
Que incrível! Muito bom saber.
ResponderExcluirVerdade, Jardel, obrigado!
Excluir