Os
recentes casos de sarampo no norte do Brasil, doença que já havia sido controlada
nas Américas desde 2016, deixou em alerta todo o país. Também em junho de 2018,
o Ministério da Saúde informou que há o risco de retorno da poliomielite em
algumas cidades em que a cobertura vacinal está bastante abaixo da média. Por conta
de certo descaso com a vacinação, diversas doenças que já estavam controladas
estão voltando e causando problemas de saúde pública.
As
vacinas atuam estimulando o organismo a produzir sua própria proteção
(anticorpos, por exemplo), sem que seja necessário ficar doente antes. Quando
um indivíduo é vacinado, ele recebe “uma imitação da doença” mais branda. Isso
faz com que o sistema imunológico produza uma defesa específica para combater o
vírus/bactéria em questão. No momento em que esta pequena infecção é eliminada,
as células de defesa já terão criado uma “memória” da doença, fazendo com que
ela nunca mais se desenvolva (se todas as doses forem tomadas no período
correto).
Com
o objetivo de diminuir a incidência, ou mesmo erradicar algumas doenças desde
1973 existe um calendário de vacinação no Brasil. O calendário contém quais
vacinas devem ser tomadas, o número de doses necessário, a idade e o período
que devem ser recebidas, em busca de uma proteção efetiva.
Muita
gente acha que a caderneta e o calendário de vacinação devem ser descartados
depois que crescemos, mas isso está errado! Cada vez que um jovem, adulto ou
idoso abandona a vacinação assim que entra em uma dessas fases, temos um
declínio violento na cobertura vacinal de adultos.
O
maior desafio para erradicar a doença é a dificuldade em imunizar todos os cidadãos
ou boa parte deles. Para que não haja novos surtos de doenças, pelo menos 95%,
da população, precisam estar vacinadas. No Brasil, desde 2013, a cobertura
vacinal para doenças como: caxumba, sarampo e rubéola vêm caindo a cada ano.
Ainda que as vacinas sejam disponibilizadas gratuitamente pelo SUS, bater as
metas vacinais tem sido cada vez mais difícil. Para “ajudar”, todos os dias
novas Fake News são veiculadas e compartilhadas nas mídias, fazendo com que
mais pessoas se apropriem de um conhecimento incerto e na maioria das vezes
errado.
POR QUE AS DOENÇAS ESTÃO VOLTANDO?
Por
conta da baixa cobertura vacinal! Não podemos ser hipócritas generalizando que a
baixa cobertura vacinal seja somente por conta de movimentos antivacinas, medo
ou de pais descuidados com a saúde do seu filho. O desabastecimento de vacinas
essenciais nos postos de saúde e a falta de recursos municipais para a gestão
de programas de vacinação são problemas gravíssimos que influenciam (e muito)
na disseminação das doenças infectocontagiosas.
LIBERDADE DE ESCOLHA
Cabe
relembrar que no Brasil, o Estatuto da Criança e do Adolescente deixa claro que
vacinar é uma questão de obrigação “é obrigatória à vacinação das crianças nos casos
recomendados pelas autoridades sanitárias” (art. 14). Se levarmos em consideração
à bioética, o ato de vacinar deixa de ser uma decisão pessoal e pode ser considerado
um ato de responsabilidade coletiva, já que compromete todo o bem-estar de uma
população.
God bless you!
See you later. Take care!
Bem preocupante a volta dessas doenças, como seria bom se a população se conscientizase e tomarem as vacinas.
ResponderExcluirCuidariam mais da saúde e serão mais felizes! Um grande abraço!
ExcluirÉ preocupante a voltas das doenças
ResponderExcluirVerdade, Clezimar, obrigado!
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