Pouco mais de um ano após a epidemia global de zika, os cientistas já avançaram bastante nas pesquisas sobre a doença, mas ainda há muito a ser descoberto.
Quais
fatores podem ter contribuído para a epidemia? Existem medicamentos sendo
pesquisados para a doença? Quais são os mecanismos por trás da relação da zika
com a microcefalia?
Para
você ficar por dentro do assunto, separei aqui algumas das últimas importantes descobertas
da ciência sobre a doença. Confira!
El Niño pode ter contribuído
para a epidemia de zika na América do Sul
Segundo
um estudo publicado na revista PNAS, um fenômeno climático bastante conhecido
pode ter impulsionado a epidemia de zika no Brasil e América do Sul. Segundo os
autores do trabalho, as condições climáticas relacionadas ao El Niño – secas
seguidas de chuvas além de temperaturas elevadas – devem ter criado condições
ideais para a proliferação de mosquitos transmissores da doença: o Aedes
aegypti e Aedes albopictus. Isso, além do fato de que a população daqui
não havia tido contato com o vírus anteriormente (acredita-se que ele tenha chegado
ao continente americano em 2013), pode explicar a epidemia da doença no nosso
país.
Placenta é mais sensível ao
zika no início da gestação
Outro
estudo, publicado na revista científica PNAS, concluiu que durante os três
primeiros meses de gestação a placenta é mais vulnerável à infecção pelo zika
vírus e, portanto, os fetos estão sujeitos a um maior risco de nascer com
problemas de saúde, como a microcefalia, durante este período. Isso porque,
nesta fase, a placenta produz proteínas que favorecem a entrada do vírus nas
células, além de não possuir defesas imunológicas completamente formadas para
impedir a entrada do zika.
Comprovado que pernilongo
pode transmitir zika vírus
De
acordo com análises realizadas por pesquisadores da Fiocruz, os mosquitos
conhecidos como pernilongos ou muriçocas também são capazes de transmitir o
zika vírus. Novas medidas de controle populacional dos mosquitos serão
necessárias, já que os pernilongos e os Aedes possuem características
genéticas diferentes.
Este
é um assunto que certamente irá aparecer em muitos vestibulares, porém, como dá
para ver, o tema é amplo e pode ser explorado sob diversos aspectos:
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A relação do Zika vírus com a microcefalia e a síndrome de Guillain-Barré pode
aparecer em questões sobre embriologia e sistema nervoso.
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O combate ao mosquito transmissor Aedes aegypti pode ser cobrado em
questões de biotecnologia, focando na produção de mosquitos transgênicos (que
será assunto de outro tópico) ou ecologia, focando no uso do controle biológico
(técnica que utiliza meios naturais para diminuir a população de outros
organismos).
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Aspectos gerais da doença e do vírus podem estar contextualizados nas questões
de biologia molecular e parasitologia.
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A produção de vacinas pode ser relacionada à imunologia, que é um dos assuntos
preferidos no ENEM.
God bless you!
See you later. Take care!
Antigamente passava nas ruas uns carros que jorravam veneno para combater os mosquitos e era quase 0 o número de casos dessa doença. Hoje esses carros pararam de circular e os casos apareceram, será que se esses carros circulassem mensalmente não poderiam evitar e combater mais a essa epidemia?
ResponderExcluirSim, em parte sim, Felipe! Mas também chegaria uma hora que os mosquitos iriam ri da nossa cara, porque sofreriam mutações e ficariam acostumados com esse veneno que em outro momento os matavam. O segredo é criar mosquitos modificados geneticamente e acabar com as mosquitadas!kkkkk
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