Água
não poluída é água adequada para beber, para fazer nossa higiene e ainda pode
ser usada para irrigação do solo, atividades industriais e outras coisas mais. Lembre-se
essa água dita acima: água potável e/ou mineral não é água pura!
O
termo químico para substância pura é bem diferente do que estamos acostumados
no nosso dia a dia. Substância pura é aquela que contém apenas um tipo de
substância por toda sua extensão.
Como
bem sabemos, a água que consumimos é cheia de sais minerais dissolvidos, basta
ler o rótulo. (E torcer para que só tenha o que está escrito lá, rsrsrsr! Vocês
vão entender até o final desse artigo!). Sabemos que a água potável é um recurso
cada vez mais escasso no planeta. Em 2007 a ONU (Organização das Nações Unidas)
declarou que cerca de 1,1 bilhões de pessoas em todo o mundo não têm acesso à
água potável e estima-se que dois milhões de crianças morrem todos os anos pela
falta dela ou de saneamento básico.
Terra
é o nome do planeta em que 70% da superfície é tomada por água. De acordo com
dados do IBGE, 97% correspondem à água do mar; 1,75% é gelo; 1,24% encontra-se
em rios subterrâneos e para nosso consumo estão disponíveis apenas 0,007% do
total de toda a água da nossa vasta Terra. Tais números são uma resposta
àqueles que não compreendem discursos sobre a necessidade de se evitar o
desperdício dos recursos hídricos ou concernentes à preocupação com a crescente
poluição de rios e mares.
Poluição da água por matéria
orgânica
Excrementos humanos e
matérias orgânicas, provenientes da decomposição de animais e vegetais e de
resíduos industriais, servem de alimento para peixes, fungos e bactérias.
Os fungos e as bactérias são
organismos que decompõem a matéria orgânica, produzindo CO2. Durante
esse processo metabólico há o consumo de gás oxigênio (O2) que se
encontra dissolvido na água. Se há matéria orgânica em grande quantidade, será
também consumido grande parte do oxigênio dissolvido na água e isso,
consequentemente, causará a morte do ecossistema local (peixes, algas e outros seres
vivos). Quanto menor a disponibilidade de oxigênio, mais poluída é a água.
Há até uma maneira de se
calcular o oxigênio consumido nessa oxidação da matéria orgânica, chama-se DBO
– Demanda Bioquímica de Oxigênio. Por definição: DBO é a quantidade (em mg) de
oxigênio consumido na oxidação da matéria orgânica existente em 1 litro de água
poluída. Ou seja, quanto maior o valor da DBO, mais poluída estará à água.
Poluição da água por
materiais ácidos e/ou básicos
O pH – É a medida da
acidez de um meio. O pH da água doce mais propício à vida está na faixa de 6,5
a 8,5.
A maioria dos peixes de água
doce pode tolerar uma faixa de pH entre 5 a 9. Mas em pH inferior a 4, somente
poucas algas e bactérias conseguem sobreviver. O lançamento de resíduos
industriais nos rios altera o pH da água, o que causa, muitas vezes, mortandade
de peixes.
As principais causas de
aumento da acidez (diminuição de pH) das águas são as chuvas ácidas e processos
de mineração de materiais que contêm enxofre. Este se transforma em SO2,
que, por oxidação na presença de água, forma ácido sulfúrico. A água que
penetra no solo e escoa para os rios torna-se ácida.
Equilíbrios Aquáticos
Equilíbrio químico é um
"fenômeno" muito comum, que sempre ocorre nas mais diversas
situações. Por isso seu estudo é importante compreensão de muitas coisas que
acontecem no meio ambiente. A partir do momento em que o homem descobriu o
equilíbrio químico e conseguiu entendê-lo, muitos fenômenos puderam ser
explicados e, em alguns casos, até controlados para beneficiar a sociedade
humana.
Antes de iniciar o
desenvolvimento do conteúdo explicativo sobre equilíbrio químico, é bastante
válido citar alguns exemplos ilustrativos para demostrar que não se trata
apenas de mais um tópico de estudo teórico. Isto irá auxiliar o entendimento de
alguns fenômenos que ocorrem no planeta e também deixará mais claro o assunto
abordado, tentando justificar a importância de estudá-lo.
Os corais desempenham
funções importantes no ecossistema tais como substrato para algumas espécies e
habitat para outras. Quimicamente são considerados um sólido composto por
carbonato de cálcio (CaCO3). É curioso que os corais só existem em
ambientes aquáticos onde a temperatura da água é relativamente alta, tais como
no litoral do nordeste brasileiro. Por que os corais não ocorrem em mares de
águas frias? Trata-se de uma questão de equilíbrio químico!
Poluição da água por aumento da
temperatura
A quantidade de gás
dissolvido em água diminui com o aumento da temperatura. O lançamento de água
aquecida nos rios por uma indústria diminui a quantidade de gás oxigênio (O2)
dissolvido, o que pode provocar mortandade de peixes.
Poluição
da água por íons de metais pesados
Muitos íons de metais (Fe2+,
K+, Ca2+, Mg2+) são essenciais para a saúde
humana.
Outros íons de metais (Pb2+,
Hg2+, Cd2+) são chamados de íons de metais pesados, pois
têm maior massa que os íons essenciais.
Os íons de metais pesados
ligam-se às proteínas de nosso corpo, fazendo que elas não funcionem
normalmente. Assim dizemos que essas proteínas são desnaturadas por esses íons.
(Minha mãe já me chamou de filho desnaturado!) Os efeitos se traduzem em
danos ao sistema nervoso, aos rins, ao fígado, retardamento mental e até a
morte. (Espero não ter causado tudo isso!).
A remoção desses íons da
água é muito difícil e caro! Como sempre prevenir é o melhor remédio. Fazer com
que esses íons não atinjam a água, é o melhor caminho, manos e manas!
Mercúrio (Hg)
O mercúrio líquido e na
forma de amálgama (liga com outros metais) não é tóxico. Mas, o mercúrio
líquido evapora lentamente, e esse aí é malvado. Seu vapor é muito
tóxico. Bactérias anaeróbicas podem facilmente converter o mercúrio em
dimetilmercúrio e ao íon metilmercúrio que são extremamente tóxicos. Esses
compostos orgânicos vão se acumulando ao longo da cadeia alimentar, atingindo
concentrações muito altas nos grandes peixes. A ingestão de peixes contaminados
é a principal causa de intoxicação por mercúrio. Os sintomas de intoxicação por
mercúrio são tremores, fraqueza, insônia, perda de memória, perda de visão e
morte.
A pergunta que não se calou:
Por que o mercúrio é usado para encontrar ouro?
Resposta: “Porque é útil
para separá-lo das impurezas”, afirma a química Elizabeth de Oliveira, da
Universidade de São Paulo.
Quando o garimpeiro pega um
monte de terra molhada na bateia, não sabe exatamente o que está no meio dela.
Então, joga mercúrio líquido, que atrai o ouro pulverizado na lama e forma com
ele uma liga visível.
A seguir, o amálgama de ouro
(mistura sólida de mercúrio e ouro) é aquecido, para a separação dos metais. No
processo, a maior parte do mercúrio evapora. O resto normalmente é despejado nos
rios, sendo absorvido pela cadeia alimentar.
Cádmio (Cd)
O cádmio é um metal
semelhante ao zinco. O aço galvanizado contém 1% de cádmio. É um componente das
pilhas níquel – cádmio (NiCd). Já foi uma bateria muito usada em celulares como
o INQUEBRÁVEL NOKIA 3310, só quem teve sabe como é! Hoje foi substituído por
outros metais como o Lítio. O cádmio é muito tóxico e, em pequena dose, causa
dor de cabeça, tosse e vômito. Em quantidades maiores, os íons Cd2+
acumulam-se no fígado e nos rins, provocando danos irreversíveis. (Duvido que
não pesquisou sobre o 3310 no Google!).
Chumbo (Pb)
O chumbo e seus compostos
são usados nas baterias de automóveis, soldas, pesticidas e tintas. O Pb3O4
(zarcão) é utilizado como proteção de estruturas de aço. O chumbo é tóxico para
o homem.
Poluição da água por
compostos orgânicos não biodegradáveis
Praguicidas ou defensivos agrícolas
São substâncias venenosas
utilizadas no combate a organismos considerados nocivos (ervas daninhas,
fungos, insetos). Esses venenos se acumulam ao longo da cadeia alimentar. Um
exemplo é o DDT (diclorodifeniltricloroetano) que está sendo proibido. Um
exemplo de como é fácil, na vida, ir de mocinho a vilão: milhões de pessoas já
foram salvos da ameaça de malária por esse inseticida, o DDT, que combate o seu
mosquito transmissor. No entanto, ele se acumula na cadeia alimentar, ameaçando
de extinção várias espécies animais.
Detergentes
Os detergentes não
biodegradáveis não são tóxicos, mas destroem as bactérias que provocam a
decomposição de matéria orgânica, que é fundamental em qualquer ambiente. Por
outro lado, eles contêm fosfatos, que provocam a eutroficação (crescimento das
algas). A eutroficação em excesso acarreta um desequilíbrio ecológico, pois
provoca o desenvolvimento descontrolado de uma espécie em detrimento das
outras. Assim, reservatórios de águas potáveis, lagos ficam imprestáveis para o
uso. A eutroficação também pode ser causada pela utilização de adubos que
contêm N(nitrogênio) e P(fósforo).
Petróleo
O derramamento de petróleo
no mar e a lavagem dos tanques dos navios formam uma película impermeabilizante
que não permite a troca de oxigênio e gás carbônico entre a água e à atmosfera.
Isso provoca à asfixia dos animais e impede a realização da fotossíntese pelos
vegetais do plâncton. Há tantas formas
de se poluir a água!
Tratamento de Água
A nossa água potável é
resultado de um conjunto de métodos físicos e químicos que são aplicados à água
de mananciais para que essa fique em condições adequadas para o consumo. Apesar
da grande quantidade de água existente no Planeta, somente cerca de 6L a cada
1000L dessa água estão potencialmente disponíveis para o uso do homem. Desses
6L, apenas 0,5L é destinado ao uso doméstico. Por isso, a preservação de nossas
nascentes de água doce é algo importantíssimo. A água doce disponível em rios e
lagoas, normalmente, não é potável devido à presença de muitos resíduos sólidos
e de microrganismos que podem causar doenças. Por isso, a água é tratada em uma
ETA (Estação de Tratamento de Água) antes de chegar até a sua casa. Ou, pelo
menos, é para ser assim!
O tratamento da água em uma
ETA possui as seguintes etapas: Coagulação, floculação, decantação, filtração,
fluoretação, desinfecção e correção de pH.
Coagulação: etapa
em que a água, na sua forma bruta, entra na ETA. Ela recebe, nos tanques, uma
determinada quantidade de sulfato de alumínio ou sulfato férrico e cal viva.
Essas substâncias reagem formando substâncias gelatinosas que aglomeram as
partículas sólidas encontradas na água, como, por exemplo, a argila.
Floculação: ocorre
em tanques de concreto, logo após a coagulação. Com a água em movimento, as
partículas sólidas se aglutinam em flocos maiores.
Decantação: nesta
etapa, que é posterior à coagulação e à floculação, por ação da gravidade, os
flocos com as impurezas e as partículas ficam depositados no fundo de outros
tanques, separando-se da água.
Filtração: etapa
em que a água passa por filtros formados por carvão ativado, areia e pedras de
diversos tamanhos. Nessa etapa, as impurezas, de tamanho pequeno ficam retidas
no filtro. O carvão ativado possui uma grande capacidade de absorver
substâncias, promovendo a clarificação, desodorização e purificação da água. Muitos
filtros domésticos utilizam carvão ativado.
Fluoretação: adição
de compostos de flúor na água, cuja finalidade é prevenir a formação de cárie
dentária em crianças.
Desinfecção: aplicação
de compostos de cloro ou ozônio na água para eliminar microrganismos causadores
de doenças. A ação oxidante desses compostos promove reações químicas que
eliminam os microrganismos.
Correção de pH: esse
procedimento serve para corrigir o pH da água e preservar a rede de
encanamentos de distribuição.
Extraído e adaptado ao nosso blog: http://proquimica.iqm.unicamp.br/pre.htm
God bless you!
See you later. Take care!
Arrasouuuu papitooo !! Haha
ResponderExcluirKkkkkkk, obrigado, rururu!
ResponderExcluirSempre arrasando querido
ResponderExcluirGratidão!
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