terça-feira, 30 de abril de 2019

OBESIDADE EPIDEMIA GLOBAL

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Você já parou para pensar por que as pessoas têm tanta dificuldade para emagrecer? Vamos nos remeter ao passado para que o entendimento fique mais claro! Nossos antepassados tinham uma grande dificuldade para encontrar alimentos, e a carência alimentar moldou seus cérebros para que uma grande quantidade de calorias fosse acumulada na forma de gordura, em períodos de escassez de comida.

O fato é que hoje a nossa realidade é outra e conseguimos estocar e armazenar os alimentos em nossas casas por um longo período. Ainda que os alimentos não sejam armazenados em nossas casas, podemos fazer uma ligação, dar uns cliques na internet ou mesmo utilizar um aplicativo, e pronto. A comida chegou! Tudo está mais fácil, acessível e moderno. O mundo se modernizou, mas o nosso cérebro – infelizmente – continua o mesmo, e ele insiste em acumular a gordura, ainda que a gente não precise estocá-la. Hoje, sabe-se ainda que o adipócito, célula do tecido adiposo que armazena gordura, é capaz de sintetizar várias substâncias, e sua função deixou de ser a de “somente” armazenar triglicerídeos (reservas de energia para o corpo), e ele passou a ser considerado um órgão endócrino, com funções metabólicas.

No Brasil

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A população mundial está sempre buscando o peso e o corpo ideal, correndo (literalmente) contra a dificuldade de emagrecer e lutando contra o aumento de peso que acomete mais pessoas a cada ano. Segundo dados da Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas, Vigitel, no Brasil mais da metade da população está acima do peso e 18,9% da população brasileira é considerada obesa.


Mas a obesidade é culpa da evolução, Josiel Bezerra?

Dados da Vigitel coletados em 2012 demonstram que a escolaridade também tem uma forte influência nos hábitos alimentares. A instituição identificou que frutos e hortaliças estão presentes em 45% dos cardápios de pessoas com até 12 anos de estudo. Em pessoas com até 8 anos de estudo, o percentual diminui para 29% das pessoas.

A obesidade pode ainda estar relacionada a fatores genéticos, mas tem uma influência forte e significativa do sedentarismo e de distúrbios alimentares. Cabe ressaltar que a obesidade não é uma doença seletiva atinge homens, mulheres, crianças, adolescentes e idosos.

Recentemente, pesquisadores da UNICAMP (Universidade Estadual de Campinas) desenvolveram estudos e mapearam a rota da obesidade, explicando a dificuldade de pessoas obesas emagrecerem. De acordo com o estudo, a ingestão excessiva de gordura pode causar danos cerebrais que impedem a alimentação balanceada de um indivíduo e a saciedade por comida.

Um desequilíbrio metabólico e hormonal também pode contribuir com o aumento de peso, por exemplo. A leptina é um importante hormônio peptídico, e desempenha um importante papel na ingestão alimentar e no gasto energético, sendo capaz de gerar um aumento na queima de energia e diminuir a ingestão alimentar. Logo se este hormônio estiver desregulado em um indivíduo, as funções metabólicas também estarão.

Os riscos

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A obesidade é uma grande agravante para o desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis, como a hipertensão arterial, diabetes, dermatite, estrias, distúrbios psicossociais, apneia do sono, restrição ventilatória, aterosclerose, acidente vascular cerebral, trombose sistêmica, alguns tipos de cânceres (mama, útero, próstata, esôfago, estômago e intestino), resistência insulínica, diabetes tipo 2, gota, diminuição da fertilidade, deformidades ósseas, refluxo gastroesofágico, hérnias entre tantas outras.

Como combater esta epidemia?

Uma mudança de hábitos é mais do que necessária! O incentivo a uma alimentação saudável e balanceada e a prática de atividades físicas são os primeiros passos para fugir da obesidade.

Para muitas pessoas, a solução vem através da ingestão de fármacos que inibem o apetite e a ansiedade, ou mesmo a realização da cirurgia bariátrica, uma operação arriscada que exclui parte do estômago do paciente, e que são realizadas com mais frequência a cada dia.

É importante ressaltar que um obeso não é gordo porque quer. O problema da obesidade é resultado de uma vida sedentária, aliado a uma má alimentação, fatores genéticos e sociais.

Cada vez mais a obesidade é considerada uma doença complexa, multifatorial e poligênica. A falta de incentivo aos esportes na infância e as “correrias” da vida moderna, contribuem para o quadro, que a cada ano só aumenta. Obesidade é um problema sério, que traz muitos riscos e consequências à saúde de quem a possui.

Se o cenário atual não se modificar, estima-se que até 2025 o Brasil seja o 5º país no mundo com o maior número de obesos e problemas relacionados à doença. E aí, vamos pular fora dessa estatística e correr atrás do prejuízo?

Fonte: Governo do Brasil, Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, Revista de Nutrição.

God bless you!
See you later. Take care!


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