Hello
my friends! Hoje quero mencionar, para vocês, o assunto relacionado à Evolução, buscando apresentar alguns tópicos que poderão estar presentes nas suas
provinhas. Por isso é melhor saber que não almejo ferir nenhuma convicção que é
de direito de todas e todos. Meu propósito aqui é informar conteúdos
importantes das provas dos vestibulares e do Enem.
De
acordo com os mais modernos estudos, a hipótese do Big Bang nos diz que o
início dos tempos foi a aproximadamente 13,7 bilhões de anos com uma imensa
explosão cósmica. Imediatamente após essa explosão, conforme a temperatura
baixava, as partículas foram se formando e agrupando-se, dando origem aos
elementos químicos que por sua vez formaram as galáxias. Entre elas formou-se a
Via Láctea, onde se inclui a Terra que, de acordo com os estudos, tem
aproximadamente 4,5 bilhões de anos.
Por
atração gravitacional, gases como hélio
e hidrogênio constituíram uma
atmosfera primitiva que foi substituída por outra formada de amônia, metano, vapor d’água e hidrogênio, liberados do interior do
planeta. Nesse período a Terra era uma bola incandescente e não havia material
sólido.
A
crosta terrestre começou a formar-se através de uma fina camada de material
sólido, após 700 milhões de anos. Do interior da Terra, a água era expelida em jatos
que se condensavam caindo em forma de chuva. Dezenas de milhões de anos depois,
o resfriamento da crosta permitiu que a água se acumulasse em depressões,
formando os primeiros lagos, mares e oceanos.
E
a vida, como surgiu em nosso planeta? Uma característica do ser humano é a sua curiosidade.
É com ela que se iniciam as grandes descobertas nas várias áreas do saber e
também ela se relaciona com a procura de soluções para os problemas pelos quais
o homem passa no seu cotidiano. Talvez a maior de todas as curiosidades do ser
humano seja a de como surgiu a vida no planeta Terra, de como surgiu o primeiro
ser vivo e qual a origem da própria espécie humana.
Para
responder a essa questão, a ciência tem-se válido, ao longo dos tempos, de
várias teorias e hipóteses, algumas com embasamento científico e outras não.
TEORIAS DA ORIGEM DA VIDA
TEORIA
FIXISTA OU DA CRIAÇÃO ESPECIAL
Ela
acompanha a narração do Velho Testamento bíblico, inserida no Gênesis, no qual,
a Terra e tudo o que nela existe, procede da criação divina. Denomina-se
Fixismo porque admite que as espécies são imutáveis através dos tempos, ou
seja, são fixas, não se modificando através dos milhões de anos que se
sucederam ao seu aparecimento neste planeta.
TEORIA
COSMOGÊNICA, COSMOZOICA OU DA PANSPERMIA CÓSMICA
Anaxágoras,
criador desta teoria, disse: “a vida é formada a partir de genes etéreos
dispersos por todo o Universo, que aguardam o instante propício para o seu
completo desenvolvimento”. O físico-químico Arrhenius foi um grande defensor.
Em outras palavras, a vida procederia de outros planetas, situados ou não no
sistema solar, que teria chegado aqui através de meteoros, meteoritos, etc.
HIPÓTESE
DA GERAÇÃO ESPONTÂNEA OU ABIOGÊNESE
As
primeiras ideias sobre a origem da vida propõem seu surgimento por geração espontânea.
Isso significa que a vida teria surgido a partir de matéria bruta ou inanimada.
Algumas observações, sem metodologia científica, reforçam esta ideia:
Aparecimento
de larvas de insetos sobre lixo em decomposição: acreditava-se que o lixo gerava
as moscas; surgimento de girinos em poças de água, de um dia para outro: acreditava-se
que os girinos “brotavam” da lama da poça d’água.
Até
no final da Idade Média, cientistas como Willian Harvey, René Descartes,
Aristóteles e Isaac Newton aceitavam a geração espontânea. Jean Baptiste Van
Helmont, médico de Bruxelas, no final do século XVI, chegou a elaborar uma receita
para obtenção de ratos a partir do trigo:
Helmont
afirma que era possível o surgimento de ratos espontaneamente, em 21 dias, a
partir de grãos de trigo e uma camisa suja com suor humano, que deveriam ser
deixados num local escuro. Após três semanas apareceriam os ratos a partir dos
grãos de trigo, sendo o suor humano o princípio ativador dessa transformação.
O
que possibilitava a um material ter capacidade de dar origem à vida, era um
“princípio ativo”. Na experiência de Helmont, o “princípio ativo” estaria
presente no suor humano.
TEORIA
DA BIOGÊNESE
A
hipótese de geração espontânea ou abiogênese que surgiu na época de Aristóteles
perdurou até a metade do século XVII, quando cientistas como Francesco Redi e
Louis Pasteur montaram experimentos que demonstraram que uma forma de vida só
pode surgir de um ser vivo preexistente.
Os
experimentos de Redi e Pasteur consolidaram a Biogênese, que admite que uma
forma de vida só pode surgir de uma forma de vida preexistente, mas não
explicaram e até hoje não temos explicação convincente, ou talvez nunca a
teremos, de como surgiu a vida neste planeta!
EXPERIÊNCIA
DE REDI
Em
1668, Francesco Redi, médico italiano, elaborou experiências para testar a
hipótese da biogênese, contrária à hipótese da geração espontânea.
Redi
colocou, dentro de frascos, pedaços de carne, dividindo os frascos em dois
grupos: um grupo de frascos ficou tampado com uma gaze, e no outro grupo, os
frascos ficaram abertos.
A
hipótese testada era a de que se a partir da carne surgiam larvas (vermes) por
geração espontânea, então deveriam surgir larvas (vermes) nos dois grupos de
frascos. As observações do experimento mostraram que moscas visitavam a carne
dos frascos abertos e não podiam entrar em frascos cobertos com gaze. Depois de
muitos dias surgiram larvas apenas nos frascos abertos, expostos às moscas.
AS
IDEIAS DE NEEDHAM E SPALLANZANI
Na
metade do século XVIII, estes dois cientistas tinham ideias diferentes sobre a
origem da vida, e elaboraram experiências para comprovarem suas ideias:
Needham
(1745): ideias favoráveis à geração espontânea.
Podemos
notar pelos conhecimentos sobre reprodução e crescimento de microrganismos que
as observações e conclusões de Needham foram inadequadas, pois não existiam
“frascos controle” da experiência e todos eles ficaram expostos ao ar.
Spallanzani
(1768): ideias favoráveis à biogênese.
Spallanzani
dizia que Needham, com seu procedimento havia permitido a permanência de
microrganismos que naturalmente estavam contaminando o meio de cultura que
estava dentro dos frascos. Needham dizia que Spallanzani teria provocado a
destruição do “princípio ativo” do caldo nutritivo com o aquecimento prolongado
dos frascos que continham o meio de cultura, e estes então não poderiam
originar vida. E ainda nessa época a teoria da geração espontânea continuou com
muitos adeptos.
A
EXPERIÊNCIA DE LOUIS PASTEUR
Pasteur,
cientista francês, em 1860 acabou definitivamente com a teoria da geração espontânea,
ou abiogênese, por meio da experiência com frasco pescoço de cisne.
Pasteur
colocou caldo de carne em um balão de vidro com um longo gargalo, submetendo-o a
um aquecimento prolongado seguido de um lento resfriamento (pasteurização). O
caldo nutritivo ficou completamente esterilizado.
A
seguir, aqueceu os gargalos, retorcendo-os em forma de “s” criando os balões
“pescoço de cisne”. Pasteur não tampou os frascos, permitindo o contato com o
ar. Este procedimento visava derrubar o argumento de Needham da falta de
condições para a penetração do “princípio ativo”.
No
entanto, o líquido permaneceu estéril por meses. As curvas do pescoço do frasco
funcionaram como uma espécie de “filtro”, impedindo a penetração de
microrganismos que pudessem contaminar o caldo.
O
frasco contendo o líquido foi apresentado na Academia de Ciência em Paris.
Pasteur, perante a elite científica da época, não titubeou em afirmar: “A
doutrina da geração espontânea jamais se reerguerá do golpe mortal que acaba de
receber com esta simples experiência”.
Realmente,
a partir daí, a Abiogênese caiu em descrédito completo, triunfando
definitivamente a Biogênese, já defendida por Redi e Spallanzani. A consolidação
da Teoria da Biogênese não trouxe acomodação aos cientistas, mas, sim, uma
série de novas perguntas sem resposta aparentes.
Apesar
da experiência de Pasteur derrubar definitivamente a teoria da abiogênese, ela
não responde à pergunta de como surgiu a vida.
HIPÓTESE
HETEROTRÓFICA OU DOS COACERVADOS DE OPARIN
A
Terra se apresentou como um planeta consolidado há aproximadamente quatro e
meio bilhões de anos. Mas a vida só apareceu há talvez um bilhão de anos,
quando as temperaturas baixaram bastante. Alexander Oparin, cientista russo,
propôs que ao considerar a origem da vida devemos estudar as condições
existentes na Terra antes do seu aparecimento. Suas ideias podem ser resumidas
da seguinte forma:
-
A Terra tem aproximadamente 4 a 5 bilhões de anos;
-
Após um intenso superaquecimento, teve início o resfriamento de sua crosta, fenômeno
que permitiu a formação de muitos compostos em sua superfície;
-
Houve então, a solidificação da superfície, à exceção das regiões vulcânicas
que persistiam em atividade, lançando na atmosfera grandes quantidades de gases
que, por ação da força de gravidade do planeta, permaneceram em torno de sua superfície,
formando a atmosfera primitiva da Terra;
- Essa atmosfera
continha, provavelmente: metano (CH4), vapor d’água (H2O),
amônia (NH3) e hidrogênio (H2) e, muito provavelmente, CO2;
- Formação de
aminoácidos, na atmosfera a partir desses gases, por ação de centelhas elétricas
e radiações ultravioletas;
- Acúmulo de vapor de
água na atmosfera pela atividade vulcânica, disso decorrendo as chuvas que
levavam os aminoácidos para o solo quente. O calor do solo faria com que os
aminoácidos reagissem entre si, formando proteínas que se depositariam nas águas
aquecidas dos mares primitivos;
- As proteínas da
sopa orgânica, lentamente iniciaram um processo de atração (coacervação), que
resultou na formação de aglomerados proteicos, ou grumos, circundados por uma
película líquida. A esses aglomerados, Oparin chamou de coacervados;
- Aparecimento dos
ácidos nucleicos, nucleoproteínas e protogenes (DNA);
- Associação dos
protogenes em cromossomos primitivos, nos coacervados, surgindo as protocélulas;
- Os primeiros
sistemas vivos eram heterótrofos e anaeróbios. Surgiram depois os seres autótrofos e, mais tarde, os de
respiração aeróbia;
- A reunião de
unicelulares em colônias permitindo o aparecimento dos seres pluricelulares;
HIPÓTESE AUTOTRÓFICA
X HETEROTRÓFICA
A hipótese
autotrófica presume que a primeira forma de vida já tivesse essa capacidade; entretanto,
há uma crítica séria que deve ser feita: todas as reações químicas relacionadas
com a síntese de alimento são muito complexas, exigindo do organismo uma
estrutura também complexa. Se os organismos primitivos fossem capazes de
sintetizar seu alimento, isso viria de encontro às ideias da geração espontânea
onde, organismos complexos pudessem surgir repentinamente de matéria bruta e,
também que esse processo contínuo pudesse ocorrer todos os dias.
Em contraposição, a
hipótese heterotrófica supõe que um organismo muito simples tenha evoluído
vagarosamente a partir da matéria bruta e que isso ocorreu há bilhões de anos atrás,
sob condições muito especiais.
PROVA EXPERIMENTAL DA
TEORIA DE OPARIN
Em 1954, na
Universidade de Chicago, Stanley Miller e Harold Urey executaram uma pesquisa em
laboratório, colocando num balão de vidro uma mistura de metano, amônia,
hidrogênio e vapor de água. O conjunto foi submetido a alta temperatura e os
gases eram varridos por uma centelha elétrica constante. Ao fim de muitas
horas, recolheram gotículas de água que se acumularam na face interna do balão de
vidro e nelas observaram a presença de aminoácidos. O resultado foi positivo,
provando experimentalmente a teoria de Oparin.
HIPÓTESE
ENDOSSIMBIÓTICA: DOS PROCARIONTES AOS EUCARIONTES
Segundo essa
hipótese, as células eucarióticas iniciaram sua existência estabelecendo uma relação
endossimbiótica com uma bactéria, responsável pelo sistema de fosforilação oxidativa.
Ela seria uma bactéria púrpura fotossintetizante que teria perdido a capacidade
fotossintética, se especializando na cadeia respiratória.
Durante a evolução
eucariótica, ocorreu uma grande transferência de genes das mitocôndrias para o
núcleo celular, com o objetivo de favorecer a mitocôndria na execução de uma
única função principal: o fornecimento energético. Isso explica a importação de
proteínas citoplasmáticas e a existência de algumas sequências não codificantes no DNA
nuclear, correspondendo ao DNA importado recentemente e sem função.
A teoria ainda abre
espaço para explicar a presença de duas membranas lipídicas na organela. A
membrana mitocondrial interna seria originária da membrana da bactéria endocitada,
enquanto a membrana mitocondrial externa seria derivada da própria membrana celular.
CURIOSIDADES
Cientistas encontram evidências mais antigas de
vida na Terra
A vida na Terra pode
ter surgido ao menos 300 milhões de anos antes do que se imaginava. Um grupo
de cientistas liderado por Matthew Dodd, da University College London (UCL),
descobriu recentemente estruturas microscópicas em forma de tubo, que se
acredita que sejam, na verdade, microfósseis de bactérias com ao menos entre
3,77 e 4,28 bilhões de anos. Até então, não havia evidências de fósseis mais antigos
que 3,5 bilhões de anos. O estudo foi publicado na renomada revista científica Nature.
Os supostos
microfósseis são compostos por um óxido de ferro chamado hematita e foram
encontrados em rochas sedimentares ricas em ferro no Cinturão Supracrustal de Nuvvuagittuq
(Quebec, Canadá), local que possui algumas das rochas sedimentares mais antigas
da Terra. Essas rochas provavelmente formaram parte de um sistema de fontes
hidrotermais submarinas ricas em ferro e teriam propiciado um hábitat para as
primeiras formas de vida do nosso planeta.
Uma das evidências
que reforça a ideia de que as estruturas encontradas são realmente fósseis de
microrganismos é que eles se assemelham – quanto à forma e composição química –
aos microrganismos de fontes hidrotermais modernas. Algumas delas abrigam bactérias
que oxidam ferro que formam tubos e filamentos muito parecidos com os
encontrados.
Teria então a vida
surgido em fontes hidrotermais? Embora não se possa afirmar que foi aí que a
vida começou, uma vez que o fóssil é quase tão antigo quanto a Terra – que tem
cerca de 4,5 bilhões de anos – a descoberta pode indicar que algum dos primeiros
ambientes habitáveis pode ter sido, sim, uma fonte hidrotermal submarina.
E quais são as
implicações desta descoberta? Por fornecer pistas sobre como podem ter sido os
primeiros ambientes a abrigar vida na Terra, a descoberta pode ajudar a
encontrar formas de vida em outros planetas, como Marte. Será? Parece que
estamos cada vez mais perto disso!
Fonte: Nature e UCL
News.
God bless you!
See you later. Take care!
Amei 👏👏👏👏
ResponderExcluirMaravilha! Obrigado!
ResponderExcluirMuito bom!
ResponderExcluirValeu, Jardel! Gratidão!
ExcluirEu achando que só existia o Criacionismo, Evolucionismo e Big Bang. kkkk
ResponderExcluirMuitas teorias sobre de onde viemos mas sigo com a minha opinião que Deus é o criador de tudo.
Ótimo texto professor, sempre melhorando e tentando ajudar a todos.
Obrigado, queridão!
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