Cientistas descobrem uma nova função dos
pulmões: produzir sangue
Ao
pensarmos na função dos pulmões, rapidamente nos lembramos da sua importância
no sistema respiratório, assim como quando pensamos na medula óssea a
relacionamos com a produção de sangue. A essa altura do texto, você já deve
estar pensando em “Qual a relação entre esses dois órgãos, Josiel Bezerra?”.
Correto?
De fato eles estão muito relacionados. Segundo um estudo publicado na renomada
Revista Nature, os pulmões além de fundamentais no sistema respiratório,
desempenham funções na produção sanguínea também!
Cientistas
da Universidade da Califórnia (São Francisco - Estados Unidos) realizaram o
estudo através de microscopia de vídeo no pulmão de um camundongo vivo e
demonstraram que os pulmões são também responsáveis pela produção de plaquetas.
As plaquetas são responsáveis pelo processo de coagulação sanguínea, o que em
um processo de hemorragia, por exemplo, auxilia na interrupção do sangramento.
O
objetivo inicial do estudo era examinar as interações do sistema imunológico
com as plaquetas presentes nos pulmões de camundongos, utilizando marcadores
que emitem fluorescência. Curiosamente os cientistas observaram nos pulmões uma
quantidade enorme de megacariócitos – células de grande dimensão responsáveis
pela produção de plaquetas. Através do acompanhamento dos megacariócitos foi
constatado que os pulmões são responsáveis por 50% da produção total de plaquetas
no corpo dos camundongos, o que corresponde a cerca de 10 milhões de plaquetas por
hora.
Este
é o primeiro estudo que descreve células progenitoras de sangue nos pulmões.
Eles, que antes eram lembrados somente por conta do sistema respiratório, além
de possuírem células progenitoras de sangue, são capazes de reabastecer uma
medula óssea danificada e restaurar a produção de muitos componentes sanguíneos
relacionados ao sistema imunológico.
Tratar
doenças sanguíneas a partir de plaquetas produzidas nos pulmões e descobrir
como os pulmões e a medula óssea podem, em conjunto, produzir um sistema
sanguíneo saudável, devem ser os próximos questionamentos respondidos a
respeito do assunto, o que representa um grande avanço na medicina e uma grande
esperança para pacientes com doenças relacionadas ao sistema sanguíneo.
Mesentério: o mais novo órgão humano
Engana-se
quem pensa que os cientistas já sabem tudo a respeito do corpo humano.
Pesquisadores acabam de classificar um novo órgão do sistema digestivo, o mesentério, que permaneceu por séculos,
praticamente, despercebido.
O
novo órgão não foi descoberto agora. Sua primeira menção conhecida foi feita
por Leonardo da Vinci no século XVI. Mas até então o mesentério era considerado
um ligamento do sistema digestivo constituído de seções separadas. Porém, neste
estudo recente, liderado por Calvin Coffey do Hospital Universitário Limerick
(Irlanda), foi observado que na verdade ele é uma estrutura contínua e
delimitada, além de possuir características anatômicas e funcionais que justificam
sua reclassificação anatômica.
Mas que órgão é esse,
Josiel Bezerra? Qual a sua função?
O
mesentério é uma dobra do peritônio – a membrana que recobre a cavidade
abdominal – mas a sua função ainda é pouco conhecida. Agora, o próximo passo
dos pesquisadores é justamente investigar a importância do mesentério.
Seu
estudo aprofundado pode abrir portas para novos avanços nas pesquisas sobre
doenças abdominais, pois apenas conhecendo bem a sua função, os especialistas
poderão determinar quando o órgão não funcionar de forma adequada. Daí a
importância dessa reclassificação, que o coloca sob o mesmo foco investigatório
que é dado aos outros órgãos e sistemas.
Você
já percebeu que fisiologia humana pode aparecer na sua prova relacionando mais
de um sistema! Vários vestibulares têm por princípio a associação das matérias
com atualidades. Por isso, são muito comuns questões que relacionam o conteúdo
aprendido com Programas de Saúde.
God bless you!
See you later. Take
care!
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