quarta-feira, 18 de setembro de 2019

RISCOS E BENEFÍCIOS DOS ENERGÉTICOS

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A comercialização de bebidas energéticas tem aumentado na última década e a sua fácil acessibilidade a crianças e adolescentes têm contribuído para uma tendência crescente no seu consumo. Dados recentes sugerem que o consumo de bebidas energéticas tende a aumentar, mais do que o dobro em crianças dos 2 aos 11 anos.

Energético é uma bebida que estimula o metabolismo e tem como finalidade fornecer energia, diminuindo sintomas como o sono e o cansaço. Esse tipo de bebida apresenta em sua composição substâncias capazes de atingirem nosso córtex cerebral, inibindo a ação da adenosina, um neurotransmissor que induz ao sono. A bebida é largamente consumida por atletas em rotina de competição com o intuito de melhorar o rendimento esportivo. As bebidas energéticas, ricas em substâncias como cafeína e taurina, devem ser consumidas com moderação, pois podem sobrecarregar o coração.

As bebidas energéticas são publicitadas como benéficas ao desempenho físico e intelectual, estado de alerta e humor, não alertando para os possíveis efeitos não desejados associados à sua ingestão excessiva ou continuada. Os possíveis riscos associados ao seu consumo e, principalmente, em grupos de maior suscetibilidade e em crescimento, como as crianças e adolescentes, tende a suscitar interesse na comunidade científica, e pode representar uma ameaça significativa para a saúde pública devido ao marketing agressivo dirigido aos jovens combinado com a falta de regulamentação destas bebidas.

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A maioria não dá bola para o que o rótulo avisa: energéticos não devem ser tomados junto com bebidas alcoólicas. Criados para serem consumidos puros antes de atividades físicas, eles acabaram fugindo do objetivo inicial e caíram no gosto dos baladeiros como companhia para whisky e vodca.

Existem no mercado muitas marcas de energéticos, cada qual diferindo em sua composição. A base da formulação consiste na presença de taurina, cafeína e açúcar. A cafeína é um estimulante que age no sistema nervoso central, inibindo o sono e, consequentemente deixando o indivíduo em estado de alerta. Já a taurina, é um aminoácido sintetizado, principalmente, no fígado e cérebro, que ajuda na regulação dos níveis de água e sais minerais do sangue, além de atenuar a fadiga muscular.

A composição é uma espécie de bomba enlatada. Um dos ingredientes, a cafeína, pode aparecer com até 35 mg a cada 100 ml. E o que acontece no corpo? Os efeitos estão relacionados com a quantidade, claro: doses de até 2 mg por quilo corporal provocam estado de vigília, diminuição da sonolência, alívio da fadiga e aumento da respiração, da frequência cardíaca, da produção de urina e do metabolismo. Já altas dosagens, como de 15 mg por quilo, podem gerar nervosismo, insônia, tremores e desidratação.

A ingestão média diária de taurina entre os consumidores de bebidas energéticas é de aproximadamente 0,4 gramas, aumentando para cerca de 1,0 grama entre altos consumidores. A concentração de taurina contida nos energéticos é mais alta que a quantidade encontrada em outros produtos.

Além disso, sem querer estragar mais o treino ou a balada de ninguém, mas já estragando, o risco de sobrecarga do coração existe. Estudos relatam que a combinação de taurina e cafeína de que são feitas essas bebidas causa aumento do trabalho cardíaco. Por isso, cuidado: o consumo aliado a uma grande quantidade de atividade física pode levar a isquemia do miocárdio, por aumentar as contrações do músculo.

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As bebidas desportivas são muitas vezes alvo de confusão com as bebidas energéticas e como tal devem ser distinguidas. As primeiras são não gaseificadas, contêm hidratos de carbono, minerais, eletrólitos, importantes para a manutenção do balanço hidroeletrolítico, e algumas vitaminas. Estas são produzidas com o intuito de repor perdas durante o exercício físico, mas são desnecessárias num indivíduo com atividade física casual e dieta equilibrada, não sendo recomendada a sua utilização em crianças. As segundas são denominadas como energéticas, pois contêm estimulantes, tais como a cafeína, guaraná, taurina, ginseng, carnitina, glucoronolactona, possuindo diferentes quantidades de hidratos de carbono, proteínas, aminoácidos, vitaminas e outros minerais.

C6H8O6 – Glucoronolactona

Esse metabólito formado no fígado a partir da glicose está na receita de algumas marcas. Alguns estudos apontam que melhora a memória, é antidepressivo e estimulante.

C2H7No3S – Taurina

Um dos aminoácidos mais abundantes no corpo humano. Apesar de ser encontrada em vários alimentos, geralmente a taurina usada em energéticos é sintetizada quimicamente.

C8H10N4O2 – Cafeína

Alcaloide capaz de estimular o sistema nervoso central, o que causa estado de alerta de curta duração. A sensação de revigoramento é gerada pela ação do neurotransmissor adenosina.

RISCOS À SAÚDE

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Um estudo ecocardiográfico demonstrou um aumento na força de contração do músculo cardíaco uma hora após a ingestão de bebida energética contendo taurina e cafeína em sua composição, sugerindo um efeito positivo exercido por esses compostos, atribuído especialmente à ação da taurina, fato preocupante em relação ao desencadeamento de arritmias.

Ainda com base na ecocardiografia, foi demonstrado um aumento no risco de acidente vascular cerebral após o consumo de energéticos contendo cafeína e taurina em comparação com os controles que receberam as variantes do mesmo energético contendo apenas cafeína ou nem cafeína nem taurina, respectivamente. Além disso, foi demonstrado que adicionar taurina à cafeína não aumentou ou reduziu significativamente o efeito da cafeína.

PESSOAS SAUDÁVEIS DEVEM INGERIR COM MODERAÇÃO

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Estudos adicionais ainda devem ser realizados para abordar os efeitos a longo prazo da taurina, principalmente em indivíduos que já apresentem doença cardiovascular. Assim sendo, adultos com problemas cardíacos devem evitar o consumo de bebidas energéticas. Já indivíduos saudáveis precisam ficar atentos em relação à quantidade ingerida, por conta da sobrecarga cardíaca induzida por esse tipo de bebida.

Fonte: Revista Galileu; Revista Veja; Han E, Powell LM. Consumption patterns of sugar-sweetened beverages in the United States. J Acad Nutr Diet.

God bless you!
See you later. Take care!

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