sábado, 23 de novembro de 2019

HORMÔNIO MASCULINO PODE AMENIZAR DOENÇA GENÉTICA RARA

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Pesquisadores do Centro de Terapia Celular da USP estão obtendo bons resultados no tratamento de doenças genéticas raras, utilizando um hormônio sintético da testosterona.

Certamente você já ouviu falar de alongamento de telômeros em uma terapia anti-idade... Certo? Senão, vou explicar: à medida que nossas células se dividem, os telômeros, extremidades dos nossos cromossomos, tornam-se mais curtos. Quando os telômeros estão muito curtos, eles são incapazes de proteger os cromossomos e com isso acabam perdendo a função e morrendo. Só que eles não morrem sozinhos... Esse processo, de encurtamento, encurta também o tempo de vida de um organismo: isso ocorre ao longo da vida, no decorrer dos anos, em um processo natural. Infelizmente não é assim com todas as pessoas!

Existe um grupo de doenças genéticas raras, que atinge aproximadamente 1 pessoa em cada 1 milhão, que provoca o encurtamento acelerado dos telômeros e, consequentemente, o envelhecimento precoce.

Em busca de soluções para essas raras doenças, pesquisadores do Centro de Terapia Celular da Universidade de São Paulo, Rio Preto, estão desenvolvendo, desde 2014, o uso de nandrolona para tratamento dessas doenças. A nandrolona é uma versão sintética do popular hormônio masculino, a testosterona. Os estudos em desenvolvimento testam a eficiência do hormônio sintético para promover o alongamento dos telômeros e a estimulação da medula óssea para produzir células sanguíneas. Os testes são baseados em experimentos realizados anteriormente, que demonstraram que hormônios sexuais masculinos são fundamentais para o bom funcionamento da medula óssea, e que o aumento das células sanguíneas está intimamente relacionado com o alongamento dos telômeros.

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Os testes atuais são realizados em um grupo de 18 pessoas, que recebe o tratamento há aproximadamente 3 anos. Apesar de ainda não terem sido concluídos, os resultados preliminares sugerem que a nandrolona, assim como a testosterona, promove a produção da enzima que restaura os telômeros e reduz o seu ritmo de encurtamento, a telomerase. Além disso, poucos efeitos indesejados foram observados, e aqueles vistos, não comprometeram a segurança dos pacientes e do tratamento. Não foi mencionada a data de publicação dos resultados do trabalho, mas os pesquisadores mostram-se otimistas e acreditam que estão no caminho certo na busca por compostos menos tóxicos que produzem telomerase e ajudam no tratamento de doenças.
Fonte: Pesquisa Fapesp.

God bless you!
See you later. Take care!

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