Para
auxiliar no tratamento da infertilidade humana, um grupo de pesquisadores
ingleses conseguiu desenvolver uma técnica capaz de eliminar um cromossomo
extra que impede a reprodução. A técnica já foi testada em camundongos e os
animais que eram inférteis, após a realização dos procedimentos, foram capazes
de gerar descendentes saudáveis e férteis.
Nossos
cromossomos X e Y são os grandes responsáveis pela determinação biológica do
nosso sexo. Normalmente, pessoas do sexo biológico masculino possuem 1
cromossomo X e 1 cromossomo Y (XY), enquanto que pessoas do sexo biológico
feminino, possuem 2 cromossomos X (XX). Mas nem sempre é assim... Por conta de
alterações durante a divisão celular, 1 em cada 500 homens nascem com um
cromossomo X ou Y extra, e por isso são portadores de um tipo de síndrome. Se
uma pessoa possui um cromossomo X a mais (XXY), ele é portador da Síndrome de
Klinefelter; quando possui um cromossomo Y a mais (XYY), ele é portador da
Síndrome do Duplo Y. Estudar, ambas as síndromes, mostrou que uma das
consequências dessa alteração cromossômica numérica era a infertilidade. Para
auxiliar no tratamento da infertilidade humana, um grupo de pesquisadores
ingleses conseguiu desenvolver uma técnica capaz de eliminar este cromossomo
extra que impede a fertilidade.
A
pesquisa foi realizada a partir da retirada de pequenas partes teciduais de
orelhas de camundongos que possuíam algum tipo de trissomia relacionada aos cromossomos
sexuais: XXY ou XYY. Do tecido conjuntivo extraído, os pesquisadores retiraram
fibroblastos, que são células responsáveis principalmente pela síntese de
colágeno e elastina (proteínas que dão firmeza e elasticidade à nossa pele). O
procedimento consistiu em transformar os fibroblastos retirados em células-tronco
que seriam capazes de se diferenciar em esperma. Durante a aplicação da
técnica, os pesquisadores perceberam que algumas das células modificadas
perderam o cromossomo sexual extra, responsável por causar a infertilidade.
A
partir de estímulos químicos, os pesquisadores fizeram com que essas
células-tronco se diferenciassem e se tornassem esperma. O esperma, quando
injetado nos testículos dos camundongos, foi capaz de se desenvolver,
tornando-se esperma maduro. Este foi coletado e utilizado em técnicas de reprodução
assistida, e o indivíduo foi capaz de gerar descendentes saudáveis e férteis.
O
experimento é preliminar e mais pesquisas serão necessárias para saber se a
técnica também funcionará em humanos. Os pesquisadores ainda não conseguiram produzir
esperma maduro fora do corpo, e esta parte do procedimento (ao injetar as
células-tronco em um hospedeiro) oferece risco de formação de tumores. A
redução desse risco, ou descoberta de uma nova maneira de produzir esperma
maduro fora do corpo de um hospedeiro, é fundamental para que experimentos possam
ser realizados em humanos num futuro próximo.
Fonte:
Science.
God
bless you!
See you later. Take care!
Como a ciência é espetacular kkkk. Que venha para somar!
ResponderExcluirMuito bem! Obrigado!
Excluir👏👏👏👏👏👏👏
ResponderExcluirObrigado!
Excluir👏👏👏
ResponderExcluirObrigado!
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