terça-feira, 17 de dezembro de 2019

NOVA TÉCNICA TORNA POSSÍVEL A REPRODUÇÃO EM INDIVÍDUOS INFÉRTEIS

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Para auxiliar no tratamento da infertilidade humana, um grupo de pesquisadores ingleses conseguiu desenvolver uma técnica capaz de eliminar um cromossomo extra que impede a reprodução. A técnica já foi testada em camundongos e os animais que eram inférteis, após a realização dos procedimentos, foram capazes de gerar descendentes saudáveis e férteis.

Nossos cromossomos X e Y são os grandes responsáveis pela determinação biológica do nosso sexo. Normalmente, pessoas do sexo biológico masculino possuem 1 cromossomo X e 1 cromossomo Y (XY), enquanto que pessoas do sexo biológico feminino, possuem 2 cromossomos X (XX). Mas nem sempre é assim... Por conta de alterações durante a divisão celular, 1 em cada 500 homens nascem com um cromossomo X ou Y extra, e por isso são portadores de um tipo de síndrome. Se uma pessoa possui um cromossomo X a mais (XXY), ele é portador da Síndrome de Klinefelter; quando possui um cromossomo Y a mais (XYY), ele é portador da Síndrome do Duplo Y. Estudar, ambas as síndromes, mostrou que uma das consequências dessa alteração cromossômica numérica era a infertilidade. Para auxiliar no tratamento da infertilidade humana, um grupo de pesquisadores ingleses conseguiu desenvolver uma técnica capaz de eliminar este cromossomo extra que impede a fertilidade.

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A pesquisa foi realizada a partir da retirada de pequenas partes teciduais de orelhas de camundongos que possuíam algum tipo de trissomia relacionada aos cromossomos sexuais: XXY ou XYY. Do tecido conjuntivo extraído, os pesquisadores retiraram fibroblastos, que são células responsáveis principalmente pela síntese de colágeno e elastina (proteínas que dão firmeza e elasticidade à nossa pele). O procedimento consistiu em transformar os fibroblastos retirados em células-tronco que seriam capazes de se diferenciar em esperma. Durante a aplicação da técnica, os pesquisadores perceberam que algumas das células modificadas perderam o cromossomo sexual extra, responsável por causar a infertilidade.

A partir de estímulos químicos, os pesquisadores fizeram com que essas células-tronco se diferenciassem e se tornassem esperma. O esperma, quando injetado nos testículos dos camundongos, foi capaz de se desenvolver, tornando-se esperma maduro. Este foi coletado e utilizado em técnicas de reprodução assistida, e o indivíduo foi capaz de gerar descendentes saudáveis e férteis.

O experimento é preliminar e mais pesquisas serão necessárias para saber se a técnica também funcionará em humanos. Os pesquisadores ainda não conseguiram produzir esperma maduro fora do corpo, e esta parte do procedimento (ao injetar as células-tronco em um hospedeiro) oferece risco de formação de tumores. A redução desse risco, ou descoberta de uma nova maneira de produzir esperma maduro fora do corpo de um hospedeiro, é fundamental para que experimentos possam ser realizados em humanos num futuro próximo.

Fonte: Science.

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