O artista, cientista, anatomista, matemático,
engenheiro, entre outras coisas, foi um dos maiores expoentes do Renascimento.
Leonardo di Ser Piero da Vinci nasceu em 15 de
abril de 1451 na vila de Vinci, na Itália. Faleceu no dia 2 de maio
de 1519 na França. A lista das atividades que desempenhou e das áreas a que se
dedicou nos seus 67 anos de vida é enorme: foi matemático, cientista,
engenheiro, inventor, anatomista, pintor, escultor, arquiteto, botânico, poeta
e muitas outras coisas. Além disso, foi um dos primeiros a compreender a
importância de se aliar ciências humanas, exatas e biológicas para promover
novas tecnologias e o avanço da sociedade.
Embora seja um dos maiores
exemplos dessa versatilidade e engenhosidade, Da Vinci não esteve sozinho na
inovação em todos esses campos. Ele pertenceu a um grande movimento artístico,
cultural, científico e político da Europa dos séculos 14, 15 e 16 conhecido
como Renascimento. E é justamente aliado aos ideais renascentistas e humanistas
(corrente filosófica inspiradora do Renascimento), que Leonardo da Vinci pode
aparecer na sua prova.
O
Renascimento Cultural
Assim como o artista, o
Renascimento foi um movimento que nasceu na Península Itálica, na transição da
Idade Medieval para a Moderna. Foi um período de ascensão da burguesia, que
buscava cada vez mais se aproximar do modo de vida da nobreza, que por outro
lado se enfraquecia cada vez mais, em especial no campo dos valores.
A valorização da burguesia
no período deve muito ao Renascimento Cultural, que surgia com um modo de ler e
agir no mundo diferente do que se conhecia antes. Valores cristãos e nobres
perdiam relevância, enquanto valores burgueses ganhavam. Aliás, eles passaram a
investir dinheiro para que esses ideais fossem propagados por meio da arte. Foi
assim que surgiram os mecenas, padrinhos que financiavam os artistas.
Mas afinal, que valores eram
esses que a burguesia tanto prezava? O humanismo foi uma corrente de pensamento
que nasceu dentro das universidades da época, em meio a toda efervescência da
ascensão burguesa, expansão marítima e crescimento das cidades. Os pensadores
universitários traduziram textos clássicos e trouxeram de volta à tona os
pensamentos da Antiguidade. A vida urbana passou a ser valorizada, assim como a
ode à beleza física e ao prazer. Tudo isso culminava no ideal central que guiou
o humanismo: a valorização do homem, conhecido como antropocentrismo. Agora,
ele era visto não mais como subordinado a um poder divino, mas agente do próprio
destino. O homem era o centro do mundo.
Da
Vinci, o maior renascentista
Vamos concordar que o
próprio currículo de Leonardo da Vinci já diz muito sobre o homem e a sociedade
renascentista: ele representa a racionalidade, a busca pela inovação, a reunião
de diversas áreas do saber e a própria valorização do homem e de suas
capacidades. Esse modo de pensar, é claro, transbordava para suas produções.
Comumente, algumas obras de Da Vinci são cobradas no vestibular e associadas
aos ideais renascentistas. Conheça alguma delas.
O
Homem Vitruviano
Dificilmente alguma obra vá
representar tão bem o antropocentrismo quanto Homem Vitruviano. O famoso
desenho representa o corpo humano em proporções perfeitas, referenciando o
ideal clássico de beleza e proporção. A valorização do humano e do material
como belo é um forte indício humanista e antropocêntrico. Mas a obra não fica
só no campo da arte: o Homem Vitruviano foi concebido também pelo Da Vinci
anatomista, como forma de estudar o corpo humano da perspectiva biológica.
Mona
Lisa
Talvez o retrato mais famoso
do mundo, Mona Lisa é também a mais reconhecida pintura de Leonardo da Vinci.
Nela, o autor fez uso de algumas técnicas de pintura renascentistas que também
estão ligadas a uma tentativa de representar o mais realisticamente possível o
homem e o mundo. Na Mona Lisa, a técnica do sfumato, utilizada para criar
diferentes gradientes de cor, é explorada principalmente nas curvas dos cabelos
e roupa. A simetria também é um elemento lembrado quando se refere à pintura. A
proporção áurea, tida como a constante do equilíbrio, foi usada por Da Vinci
para pintar o rosto de Monalisa.
Aeroplano
No século 15 Leonardo da
Vinci já pensava em colocar o homem para voar. Desenhado em 1485, o aeroplano
de Da Vinci é considerado uma de suas invenções mais à frente de seu tempo. Os
modelos de “máquinas voadoras” idealizados por Da Vinci partiam muito de seus
estudos sobre aves e também sobre o corpo humano. Alguns desses projetos seriam
inviáveis justamente por conta do peso humano e da falta de musculatura para
bater as asas e colocá-los no ar. Já outros, que se assemelhavam a pipas, com
um ajuste ou outro poderiam até funcionar, como mostraram testes recentes.
God bless you!
See you later. Take care!
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