O
grande número de animais utilizados em laboratórios durante testes de segurança
de medicamentos e cosméticos levou à criação de uma resolução que obriga
fabricantes destes produtos a utilizarem de métodos alternativos, reduzindo a
quantidade de animais – especialmente roedores. A resolução será considerada
obrigatória dentro de três anos, o que deu início a uma corrida das indústrias na
busca por métodos alternativos ao uso de animais em suas pesquisas.
A
pele artificial já é uma antiga conhecida de pesquisadores, porém sua
importação para utilização em nosso país ainda possui muitos problemas, além do
agravante de que possui um curto prazo de validade. Por isso, pesquisadores brasileiros
uniram-se a fabricantes de cosméticos em busca da criação de um modelo de pele
artificial made in Brazil. A pele artificial é produzida a partir de células
coletadas de doadores e possui morfologia e fisiologia similares ao tecido
natural, podendo ser utilizada, portanto, para diversos testes cutâneos.
A
produção da pele artificial utiliza-se de amostras de queratinócitos e
melanócitos humanos. Os queratinócitos são as células responsáveis pela produção
da epiderme – camada mais externa da pele – e funcionam como uma barreira
protetora em nosso organismo. Já os melanócitos são as células produtoras de
melanina – pigmento que nos protege dos raios ultravioleta e confere cor à
nossa pele. Além disso, são utilizados também os fibroblastos, células do
tecido conjuntivo que sintetizam colágeno e elastina para formar a região mais
interna da pele – a derme.
A pele artificial leva cerca de um mês para ser
produzida a partir do cultivo em laboratório das células citadas. Normalmente,
durante os testes, os pesquisadores utilizam um pool com células de diferentes
doadores, reduzindo as chances de respostas individuais nos experimentos. Além de
serem utilizadas para testar a segurança de novos cosméticos e medicamentos de
uso tópico, amostras de pele artificial também podem auxiliar no
desenvolvimento de novos medicamentos para úlceras e queimaduras da pele, além
de facilitar pesquisas para estudo e tratamentos contra melanomas – câncer de
pele.
Por
enquanto, o longo tempo utilizado na produção da pele artificial – cerca de 60
dias – ainda é um empecilho. Porém, os pesquisadores estão confiantes de que
este tempo será reduzido em breve com o aumento de pesquisas na área e a
produção de novos conhecimentos. Esperamos que estas pesquisas continuem a ser desenvolvidas,
com a esperança de que ambos – seres humanos e animais de laboratório – possam
ser beneficiados!
Fonte:
Pesquisa FAPESP.
God bless you!
See you later. Take care!
A ciência nao para, cada dia so evolui mas. Otimo professor
ResponderExcluirEvolução dos conhecimentos! Obrigado!
ExcluirOlha só, como a ciência está evoluindo para o bem. Muito bom!
ResponderExcluirVerdade, Jardel! Obrigado!
ExcluirCada dia ta aparecendo coisas novas 👏👏👏
ResponderExcluirVerdade, Clezimar! Obrigado!
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