quarta-feira, 18 de setembro de 2019

RISCOS E BENEFÍCIOS DOS ENERGÉTICOS

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A comercialização de bebidas energéticas tem aumentado na última década e a sua fácil acessibilidade a crianças e adolescentes têm contribuído para uma tendência crescente no seu consumo. Dados recentes sugerem que o consumo de bebidas energéticas tende a aumentar, mais do que o dobro em crianças dos 2 aos 11 anos.

Energético é uma bebida que estimula o metabolismo e tem como finalidade fornecer energia, diminuindo sintomas como o sono e o cansaço. Esse tipo de bebida apresenta em sua composição substâncias capazes de atingirem nosso córtex cerebral, inibindo a ação da adenosina, um neurotransmissor que induz ao sono. A bebida é largamente consumida por atletas em rotina de competição com o intuito de melhorar o rendimento esportivo. As bebidas energéticas, ricas em substâncias como cafeína e taurina, devem ser consumidas com moderação, pois podem sobrecarregar o coração.

As bebidas energéticas são publicitadas como benéficas ao desempenho físico e intelectual, estado de alerta e humor, não alertando para os possíveis efeitos não desejados associados à sua ingestão excessiva ou continuada. Os possíveis riscos associados ao seu consumo e, principalmente, em grupos de maior suscetibilidade e em crescimento, como as crianças e adolescentes, tende a suscitar interesse na comunidade científica, e pode representar uma ameaça significativa para a saúde pública devido ao marketing agressivo dirigido aos jovens combinado com a falta de regulamentação destas bebidas.

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A maioria não dá bola para o que o rótulo avisa: energéticos não devem ser tomados junto com bebidas alcoólicas. Criados para serem consumidos puros antes de atividades físicas, eles acabaram fugindo do objetivo inicial e caíram no gosto dos baladeiros como companhia para whisky e vodca.

Existem no mercado muitas marcas de energéticos, cada qual diferindo em sua composição. A base da formulação consiste na presença de taurina, cafeína e açúcar. A cafeína é um estimulante que age no sistema nervoso central, inibindo o sono e, consequentemente deixando o indivíduo em estado de alerta. Já a taurina, é um aminoácido sintetizado, principalmente, no fígado e cérebro, que ajuda na regulação dos níveis de água e sais minerais do sangue, além de atenuar a fadiga muscular.

A composição é uma espécie de bomba enlatada. Um dos ingredientes, a cafeína, pode aparecer com até 35 mg a cada 100 ml. E o que acontece no corpo? Os efeitos estão relacionados com a quantidade, claro: doses de até 2 mg por quilo corporal provocam estado de vigília, diminuição da sonolência, alívio da fadiga e aumento da respiração, da frequência cardíaca, da produção de urina e do metabolismo. Já altas dosagens, como de 15 mg por quilo, podem gerar nervosismo, insônia, tremores e desidratação.

A ingestão média diária de taurina entre os consumidores de bebidas energéticas é de aproximadamente 0,4 gramas, aumentando para cerca de 1,0 grama entre altos consumidores. A concentração de taurina contida nos energéticos é mais alta que a quantidade encontrada em outros produtos.

Além disso, sem querer estragar mais o treino ou a balada de ninguém, mas já estragando, o risco de sobrecarga do coração existe. Estudos relatam que a combinação de taurina e cafeína de que são feitas essas bebidas causa aumento do trabalho cardíaco. Por isso, cuidado: o consumo aliado a uma grande quantidade de atividade física pode levar a isquemia do miocárdio, por aumentar as contrações do músculo.

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As bebidas desportivas são muitas vezes alvo de confusão com as bebidas energéticas e como tal devem ser distinguidas. As primeiras são não gaseificadas, contêm hidratos de carbono, minerais, eletrólitos, importantes para a manutenção do balanço hidroeletrolítico, e algumas vitaminas. Estas são produzidas com o intuito de repor perdas durante o exercício físico, mas são desnecessárias num indivíduo com atividade física casual e dieta equilibrada, não sendo recomendada a sua utilização em crianças. As segundas são denominadas como energéticas, pois contêm estimulantes, tais como a cafeína, guaraná, taurina, ginseng, carnitina, glucoronolactona, possuindo diferentes quantidades de hidratos de carbono, proteínas, aminoácidos, vitaminas e outros minerais.

C6H8O6 – Glucoronolactona

Esse metabólito formado no fígado a partir da glicose está na receita de algumas marcas. Alguns estudos apontam que melhora a memória, é antidepressivo e estimulante.

C2H7No3S – Taurina

Um dos aminoácidos mais abundantes no corpo humano. Apesar de ser encontrada em vários alimentos, geralmente a taurina usada em energéticos é sintetizada quimicamente.

C8H10N4O2 – Cafeína

Alcaloide capaz de estimular o sistema nervoso central, o que causa estado de alerta de curta duração. A sensação de revigoramento é gerada pela ação do neurotransmissor adenosina.

RISCOS À SAÚDE

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Um estudo ecocardiográfico demonstrou um aumento na força de contração do músculo cardíaco uma hora após a ingestão de bebida energética contendo taurina e cafeína em sua composição, sugerindo um efeito positivo exercido por esses compostos, atribuído especialmente à ação da taurina, fato preocupante em relação ao desencadeamento de arritmias.

Ainda com base na ecocardiografia, foi demonstrado um aumento no risco de acidente vascular cerebral após o consumo de energéticos contendo cafeína e taurina em comparação com os controles que receberam as variantes do mesmo energético contendo apenas cafeína ou nem cafeína nem taurina, respectivamente. Além disso, foi demonstrado que adicionar taurina à cafeína não aumentou ou reduziu significativamente o efeito da cafeína.

PESSOAS SAUDÁVEIS DEVEM INGERIR COM MODERAÇÃO

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Estudos adicionais ainda devem ser realizados para abordar os efeitos a longo prazo da taurina, principalmente em indivíduos que já apresentem doença cardiovascular. Assim sendo, adultos com problemas cardíacos devem evitar o consumo de bebidas energéticas. Já indivíduos saudáveis precisam ficar atentos em relação à quantidade ingerida, por conta da sobrecarga cardíaca induzida por esse tipo de bebida.

Fonte: Revista Galileu; Revista Veja; Han E, Powell LM. Consumption patterns of sugar-sweetened beverages in the United States. J Acad Nutr Diet.

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segunda-feira, 16 de setembro de 2019

VACINAÇÃO, SAÚDE PÚBLICA E LIBERDADE DE ESCOLHA

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Os recentes casos de sarampo, no norte do Brasil, doença que já havia sido controlada nas Américas desde 2016, deixou em alerta todo o país. Também em junho de 2018, o Ministério da Saúde informou que há o risco de retorno da poliomielite em algumas cidades em que a cobertura vacinal está bastante abaixo da média. Por conta de certo descaso com a vacinação, diversas doenças que já estavam controladas estão voltando e causando problemas de saúde pública.

A imunização através da vacinação é a principal ferramenta de prevenção e controle de doenças. Mas… Como funcionam as vacinas e por que deixar de tomá-las pode provocar o retorno das doenças? Este texto contém as informações que você precisa para contextualizar corretamente este assunto, se ele aparecer na prova do vestibular/ENEM em 2019. Essa é uma de minhas apostas, então, detona!

COMO SURGIRAM AS VACINAS?

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Para entender como surgiram as vacinas, vamos fazer uma viagem do século XXI ao século XVIII, quando Edward Jenner descobriu a vacina antivariólica. A varíola era uma doença infectocontagiosa que se tem registro desde 430 a.C., quando matou cerca de ⅓ da população na Grécia. Durante muitos séculos o vírus dela circulou pelo mundo e a doença se espalhou.

Foi em 1796, que Edward Jenner fez a primeira descoberta de vacina que se tem registro. O pesquisador observou que ao inserir uma secreção de alguém com a doença, em outra pessoa saudável, esta pessoa desenvolvia sintomas brandos da doença e tornava-se imune a ela, em vez de adoecer gravemente. Os experimentos e descobertas foram possíveis a partir de uma outra doença, a cowpox (um tipo de varíola que atingia vacas), quando Jenner descobriu que as pessoas que ordenhavam as vacas estavam imunes à varíola humana.

A partir daí começou a criação de novas vacinas. A palavra vem do latim, que significa “da vaca”, por conta dos experimentos de Jenner. Através da vacinação contra a varíola, a doença foi dada como erradicada desde 1980 pela Organização Mundial da Saúde. O último caso registrado foi em 1977, em um homem no Sudão. Desde então as vacinas tornaram-se instrumentos essenciais para prevenir e controlar doenças em todo o mundo.

COMO FUNCIONAM AS VACINAS?

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As vacinas atuam estimulando o organismo a produzir sua própria proteção (anticorpos, por exemplo), sem que seja necessário ficar doente antes. Quando um indivíduo é vacinado, ele recebe “uma imitação da doença” mais branda. Isso faz com que o sistema imunológico produza uma defesa específica para combater o vírus/ bactéria em questão. No momento em que esta pequena infecção é eliminada, as células de defesa já terão criado uma “memória” da doença, fazendo com que ela nunca mais se desenvolva (se todas as doses forem tomadas no período correto).

A maioria das vacinas é produzida a partir de fragmentos de microrganismos, ou com microrganismos atenuados ou inativados. De acordo com a sua forma de produção, elas podem ser classificadas em:

Vacina atenuada: feita a partir de uma versão enfraquecida do vírus, que não causa doenças em pessoas com o sistema imunológico saudável. Por conter uma versão enfraquecida do vírus vivo, causa uma infecção natural, provocando uma resposta eficiente do nosso sistema de defesa. Exemplos: caxumba, sarampo, rubéola.

Vacina inativa: produzida através de microrganismos mortos (inteiros ou fragmentos). Por serem mais seguras, desencadeiam uma resposta imunológica mais fraca (mas não menos eficiente). Por conta disso, mais de 1 dose é necessária para que a defesa seja prolongada. Exemplo: raiva, pólio, influenza.

Vacina com toxoide: desenvolvida a partir de toxinas modificadas de bactérias. São capazes de prevenir doenças que não são causadas por bactérias, mas por toxinas que elas produzem dentro do corpo. Exemplos: difteria e tétano.

Vacina conjugada: combatem doenças causadas por bactérias encapsuladas. Exemplo: pneumocócica 23.

A IMPORTÂNCIA DO CALENDÁRIO DE VACINAÇÃO

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Com o objetivo de diminuir a incidência, ou mesmo erradicar, algumas doenças, desde 1973 existe um calendário de vacinação no Brasil. O calendário contém quais vacinas devem ser tomadas, o número de doses necessário, a idade e o período que devem ser recebidas, em busca de uma proteção efetiva.

As vacinas inativadas, geralmente, precisam de mais de uma dose para que uma resposta imunológica seja potencializada. Outras vacinas, como a do tétano, desencadeia uma proteção logo na primeira dose, que vai desaparecendo com o tempo. Por isso um reforço é necessário, fazendo com que os níveis de imunidade subam novamente.

Já as vacinas contra a gripe não se enquadram em nenhum dos casos. Elas devem ser tomadas anualmente, já que o vírus da gripe muda rapidamente e varia bastante ao longo do tempo. Sua produção acontece a partir das variações do vírus que circulam em cada ano.

Muita gente acha que a caderneta e o calendário de vacinação devem ser descartados depois que crescemos, mas isso está errado! Cada vez que um jovem, adulto ou idoso abandona a vacinação assim que entra em uma dessas fases, temos um declínio violento na cobertura vacinal de adultos.

A BAIXA COBERTURA VACINAL

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O maior desafio para erradicar a doença é a dificuldade em imunizar todos os cidadãos, ou boa parte dele. Para que não haja novos surtos de doenças, pelo menos 95% da população precisa estar vacinada. No Brasil, desde 2013, a cobertura vacinal para doenças como: caxumba, sarampo e rubéola vêm caindo a cada ano. Ainda que as vacinas sejam disponibilizadas gratuitamente pelo SUS, bater as metas vacinais tem sido cada vez mais difícil.

Os surtos de febre amarela, nos dois últimos anos (2016/2017 e 2017/2018) nos mostraram como somos vulneráveis a alguns tipos de doenças e seus vetores, como o conhecido Aedes. Não estamos nos vacinando e não sabemos se nossa carteira de vacinação está em dia, e isso é grave para todo o país, não apenas para quem deixar de se imunizar.

Mesmo depois do vínculo entre a vacinação e o autismo ter sido desmentido, ainda existem pessoas com medo (ou descrença) nas vacinas. Para “ajudar”, todos os dias, novas Fake News são veiculadas e compartilhadas nas mídias, fazendo com que mais pessoas se apropriem de um conhecimento incerto e na maioria das vezes errado.

POR QUE AS DOENÇAS ESTÃO VOLTANDO?

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O recente surto de sarampo na região norte do Brasil, colocou as autoridades de saúde em alerta. Apesar do sarampo ter sido erradicado nas Américas em 2016, mais de 463 casos foram registrados somente no Brasil em 2018. E o sarampo não veio sozinho… Um caso de poliomielite, também conhecida como paralisia infantil, foi registrado no início de junho/2018 na Venezuela, país vizinho do Brasil. Não há registros de casos de polio no Brasil desde 1989, mas a baixa cobertura vacinal e o caso da Venezuela, nos mostram que o vírus ainda está em circulação, e que estamos vulneráveis ao retorno dessa (e de outras, por que não?) doença.

A paralisia infantil, destrói os neurônios do sistema nervoso, provocando paralisia total ou parcial, principalmente no grupo mais vulnerável à doença: as crianças. A popularização da campanha de vacinação contra a doença ficou popular na década de 80 por conta do personagem Zé Gotinha. Lembra dele? O personagem tinha por objetivo deixar a vacinação mais atraente às crianças, além de conscientizar sobre a importância em se imunizar contra a doença. O personagem também participou de campanhas para a prevenção do sarampo, por exemplo.

Um estudo realizado pela Universidade de Stanford indicou que uma queda de 5% na cobertura vacinal em crianças com idade entre 2 e 11 anos, poderia triplicar os casos anuais de sarampo somente nesta faixa etária. Por mais que exista uma pequena parcela da população que não pode ser vacinada (principalmente quem possui o sistema imunológico comprometido), as demais devem procurar a imunização, evitando de se tornar vetor da doença.

DE QUEM É A CULPA?

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Não podemos ser hipócritas generalizando que a baixa cobertura vacinal seja por conta de movimentos antivacinas, medo ou de pais descuidados com a saúde do seu filho. O desabastecimento de vacinas essenciais nos postos de saúde e a falta de recursos municipais para a gestão de programas de vacinação, são problemas gravíssimos que influenciam (e muito) na disseminação das doenças infectocontagiosas.

Municípios com baixa cobertura vacinal devem se reorganizar, criando estratégias que busquem uma maior adesão da vacinação pela população. Os postos de saúde ficam abertos somente em horário comercial e de 2ª a 6ª feira. A adequação do serviço de saúde, estendendo os horários de atendimento durante a semana, ou com plantões que contemplem sábados e domingos, seria uma boa alternativa para quem não consegue comparecer a uma unidade de saúde durante a semana. É possível ainda ir além, com programas de vacinação de casa em casa, que alcancem também pessoas que, por algum motivo, não têm autonomia para ir até um posto de saúde.

Além disso, as campanhas de divulgação de vacinação devem ser ampliadas, principalmente mostrando a importância da vacinação e a segurança desse importante instrumento de imunização.

LIBERDADE DE ESCOLHA

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Até onde vai a liberdade de escolha dos pais, em decidirem pela vacinação do filho? Devem ser considerados criminosos? Pagar multas? A verdade é que, pelo menos no Brasil, a vacina gratuita deixou de ser um direito e passou a ser uma obrigação. Por exemplo, na Austrália, em 2016, foi lançada uma campanha que vacinou milhares de crianças pela primeira vez, tudo porque pais que se recusassem a imunizar os seus bebês seriam taxados com uma multa de até US$ 15.000 por ano! A introdução desta política fez com que a cobertura nacional atingisse 93% das crianças, de 1 a 5 anos.

Cabe relembrar que no Brasil, o Estatuto da Criança e do Adolescente deixa claro que vacinar é uma questão de obrigação “é obrigatória à vacinação das crianças nos casos recomendados pelas autoridades sanitárias” (art. 14). Se levarmos em consideração à bioética, o ato de vacinar deixa de ser uma decisão pessoal e pode ser considerado um ato de responsabilidade coletiva, já que compromete todo o bem-estar de uma população.

Deixar de se imunizar por motivo de uma doença está sumida, ou não é registrada há muitos anos, é contribuir com um possível retorno dela. Os agentes infecciosos de doenças continuam circulando em diversas partes do mundo e conseguem facilmente atravessar fronteiras geográficas. Programas de vacinação bem sucedidos dependem da cooperação de todos! As vacinas não protegem somente quem as recebe, e atualmente são os únicos instrumentos capazes de controlar a disseminação e a erradicação de doenças de forma efetiva.

Fontes: Fiocruz (I) e (II), Ministério da Saúde, JAMA.

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domingo, 15 de setembro de 2019

O CRISTÃO E A POLÍTICA

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Em algum momento, de conversas casuais, observam-se pronunciamentos sobre a impossibilidade de um seguidor de Cristo ser capaz de ocupar quaisquer vagas, no cenário político brasileiro, no que diz respeito aos cargos de: vereador, prefeito, deputado estadual, deputado federal, governador, senador, Presidente da República e assim por diante. Diante disso, alega-se que política e religião não podem ocupar o mesmo ambiente, tornando-se inviável a possível interação em um mesmo nicho ecológico. Isso mostra a grande problemática a ser resolvida no âmbito educacional da democracia de um determinado país aberto as liberdades das pessoas.

Na ecologia da vida e diante de quaisquer informações que venham ao nosso conhecimento é sempre bom discernir tudo que ouvimos utilizando-se do duvidar (não aceitar de pronto as coisas), do criticar (analisar o que está sendo falado) e do determinar (recebo tudo ou não recebo nada; recebo parte ou rejeito parte).

Existe um equívoco quando se mencionam que a política é do diabo. Desta forma, fica claro que se a “política é do diabo a autoridade também é”. Entretanto, as escrituras sagradas afirmam que as autoridades são constituídas por Deus. Simplificando, a palavra política, vem do grego, significa a arte de governar para o bem-estar social!

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É importante evidenciar termos como “O Estado é laico”! Isso significa que o Governo não tem religião por apresentar-se de todos. Façamos uma pergunta: a política é laica? NÃO! Porque ela representa as convicções dos cidadãos. Pois os cidadãos têm crenças e valores. O Estado é laico, mas não laicista, ou seja, não é contra a religião. O Governo não tem religião, mas o povo tem! Portanto, a política é a manifestação das crenças e valores do povo. Fortalecendo essa afirmação, um dos maiores filósofos, do nosso tempo, bastante conceituado, Michael Sandel, da Universidade de Harvard, disse: “É muito bem-vindo ao debate político as questões religiosas, porque fazem parte das convicções do ser humano”.

Em uma sociedade livre as pessoas podem pautar as suas convicções políticas em qualquer ideologia, seja ela, religiosa ou não. A liberdade é uma das coisas mais espetaculares do Estado Democrático de Direto, por mais esdrúxulo que seja a manifestação do pensamento. Se estamos em uma sociedade livre para todos pensarem a mesma coisa que um grupo social quer, isso não é Estado Democrático de Direito. É ditadura da opinião, a famosa ditadura do falso consenso.

O artigo 5° da Constituição Federativa do Brasil diz: “todos são iguais perante a lei”. Você pode ser religioso, o outro, pode ser médico, engenheiro, ativista político. Todos tem o direito de expressar suas convicções. Ainda no artigo 5° inciso VIII diz: “ninguém será privado de direito por crença religiosa ou por convicções filosóficas ou políticas”.

Para os cristãos o cristianismo não é uma religião. É o reino de Deus para ser implantado na Terra. É um estilo de vida! Porém, para a sociedade o cristianismo é uma religião.

Há um jogo que diz: religião e política não se misturam! Há controvérsias nessa tese. Religião e política não se misturam quando alguma religião quer impor aos outros de seguir sua crença e impedir a manifestação da crença dos outros. Isso sim não pode se misturar. Pois cada um é livre para acreditar no que quiser.

É importante salientar a contribuição do cristianismo e da reforma protestante para o Mundo e, principalmente, o Ocidente:

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I. O cristianismo é a principal tradição do mundo ocidental e o mais importante fator na formação da Europa e das Américas;

II. A influência cristã permeia todos os aspectos da vida desses continentes;

III. Vem do cristianismo a proteção à vida, direitos humanos, valorização da criança, mulher, idoso, casamento e a vida em família;

IV. As maiores universidades do mundo foram criadas por cristãos: Paris, Bolonha, Oxford, Harvard, Yale, Princeton;

V. Foi a reforma protestante que marcou a passagem do Mundo Medieval para o Moderno;

VI. A escola pública veio da reforma protestante;

VII. Foi a reforma protestante que deu acesso aos homens de classes mais baixas a conquistar riquezas e posições;

VIII. Foi a reforma protestante que deixou a concepção de que a ignorância é o grande mal para a verdadeira religião;

Segunda a Bíblia, Deus não elimina a vida política das pessoas. Ele no Antigo e Novo Testamento trata o ser humano como um ser: biológico, psicológico, sociológico e espiritual. Por exemplo, o povo de Israel no deserto, Deus mandava maná e brotava água da rocha (mundo biológico). Deus mandou o povo, no deserto, fazer três festas (mundo psicológico). Deus dividiu o povo em tribos, em hierarquia, em príncipes (mundo sociológico – a política está aqui). A presença de Deus durante o dia, numa nuvem, e a noite uma coluna de fogo e a Shekinah de Deus que se manifestava no monte (mundo espiritual).

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No Novo Testamento em Mateus 6: 25-33 Jesus trata o homem como um ser biológico, psicológico, sociológico e espiritual. “Não andeis ansiosos” (ansiedade – mundo psicológico). “No que há de comer” (alimento – mundo biológico). “E quanto aos vestidos” (vestimenta – mundo sociológico). “Mas buscai primeiro o Reino de Deus e a sua justiça” (mundo espiritual).

Portanto, perante a igualdade diante da Constituição Brasileira, temos o direito de ir e vir. Sendo que as convicções não podem ser motivos de paralisação de projetos para o desenvolvimento de uma sociedade mais justa e sustentável. A maldade e a injustiça, em boa parte das comunidades, às vezes imperam por consequência da timidez de quem pode fazer o bem comum e não o faz. Parafraseando, Miguel de Cervantes de Saavedra, célebre escritor espanhol, o sonho que se sonha só é apenas um sonho, porém o sonho que se sonha em conjunto é realidade!

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quinta-feira, 12 de setembro de 2019

DORMIR MAL PODE FAVORECER O APARECIMENTO DE DOENÇAS NEURODEGENERATIVAS

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Todos sabemos da importância dos neurônios – células do sistema nervoso que são capazes de realizar sinapses – em nosso organismo. Uma sinapse corresponde à passagem de estímulos nervosos de um neurônio para o outro com grande rapidez, fundamentais para funções cognitivas do nosso cérebro, como memória, linguagem e atenção. De acordo com pesquisadores da Itália, dormir pouco pode trazer danos irreversíveis ao organismo, já que o cérebro acaba “limpando” uma grande quantidade de neurônios e de conexões entre as sinapses.

Isto foi demonstrado através de um estudo realizado em ratos submetidos a diferentes condições de sono, incluindo animais que ficaram várias noites sem dormir. O resultado preocupou os pesquisadores e trouxe um alerta ao possível aparecimento de doenças neurodegenerativas relacionadas ao hábito de dormir pouco.

Foram analisados quatro grupos de ratos no estudo: 1) ratos que descansavam bastante e dormiam de 6 a 8 horas; 2) ratos que dormiam até acordarem espontaneamente; 3) ratos que foram privados do sono, ficando acordados por mais algumas horas; 4) ratos privados do sono de forma crônica, mantidos acordados por 5 dias seguidos. Diante dessas condições, foram observadas as atividades dos neurônios, e das células da glia, responsáveis pela sustentação e nutrição das células do sistema nervoso. Na glia, destacamos 2 tipos celulares: os astrócitos, que sustentam e nutrem os neurônios, além de cicatrizar lesões; e as micróglias, responsáveis pela limpeza do tecido, já que realizam o processo de fagocitose (do grego, devorar).

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Ao analisar os resultados, os pesquisadores observaram que nos grupos privados do sono (3 e 4), os astrócitos aumentaram consideravelmente a sua atividade. Em vez de nutrir os neurônios, eles passaram a “comer” as sinapses, agindo como as células micróglias num processo chamado fagocitose astrocítica. Este poderia ser um processo comum do organismo, já que ele elimina naturalmente as células mais antigas. Mas não foi somente isso: ao analisar as células micróglias, os pesquisadores viram que o número delas também aumentou significativamente no grupo totalmente privado de sono (4), e isto os preocupou.

O aumento das células micróglias, está intimamente relacionado ao aparecimento de doenças neurológicas como o Alzheimer, doença que aumentou cerca de 50% desde 1999. Alzheimer pode ser tratado para que seu avanço seja pausado, mas é uma enfermidade incurável.

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Este estudo serve de aviso para as pessoas com ritmo de vida acelerado que não valorizam boas noites de sono: dormir bem além de favorecer a aparência e nos deixar mais dispostos auxilia na realização de atividades ao longo do dia e previne problemas de memória. Cabe destacar que ninguém precisa ser pesquisador para saber que a falta de sono não faz bem para a saúde, e com os resultados deste estudo – mesmo que desenvolvido apenas em ratos – concluímos que deixar de dormir para estudar pode prejudicar muito mais do que beneficiar nossa saúde. 

Foque nos seus objetivos, sem esquecer que mente e corpo saudáveis são fundamentais para alcançar o sucesso! 

Fonte: JNeurosci.

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quarta-feira, 11 de setembro de 2019

ENTENDA SEU HEMOGRAMA E A FUNÇÃO DAS CÉLULAS SANGUÍNEAS!

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Hi, my brothers and sisters. First of all I want to thank you! Seja como exame de rotina ou para investigar a possível causa de um sintoma, o exame de sangue – denominado hemograma – é uma importante ferramenta para quantificação das células sanguíneas e avaliação do estado de saúde de um paciente. Hemácias, leucócitos, eosinófilos, basófilos, plaquetas... Cada um destes nomes representa um tipo de célula sanguínea, quantificadas a partir da amostra de sangue coletada. As células sanguíneas derivam da proliferação e diferenciação de células-tronco da medula óssea, em um processo chamado hematopoiese.

Este processo persiste por toda a vida do indivíduo, e, a cada dia, cerca de 2.5 bilhões de novos eritrócitos são produzidos, por exemplo. A produção de eritrócitos e demais células sanguíneas podem variar, porém, de acordo com o estado de saúde em que a pessoa se encontra.

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Mas, afinal, qual a função de cada célula sanguínea? As células sanguíneas podem ser divididas em três grupos principais: os glóbulos vermelhos (hemácias ou eritrócitos), os glóbulos brancos (leucócitos) e as plaquetas.

Os glóbulos vermelhos transportam oxigênio por todo o organismo. O eritrograma analisa os valores obtidos para glóbulos vermelhos em conjunto com a quantificação de hemoglobinas (proteínas encontradas nas hemácias) e o hematócrito (percentual de sangue ocupado por hemácias). Os valores obtidos no eritrograma podem indicar anemia ou policitemia. Ao contrário da anemia, a policitemia é o excesso de glóbulos vermelhos, que resulta em um aumento na viscosidade sanguínea, podendo provocar, dentre outros sintomas, o infarto.

A segunda parte de um exame sanguíneo é o leucograma, que quantifica os glóbulos brancos encontrados na amostra. Os glóbulos brancos são um grupo diverso de células com funções diferenciadas no sistema imune. Os neutrófilos são o tipo mais comum, responsáveis pelo combate a bactérias. Um número aumentado de neutrófilos indica, portanto, uma possível infecção bacteriana no paciente.

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Os linfócitos são outro tipo de leucócitos analisados no hemograma. Estes possuem a função principal de reconhecimento de potenciais invasores, identificando partículas virais, por exemplo, e “informando” as demais células do sistema imune sobre a invasão. O vírus HIV, por exemplo, ataca especialmente este tipo celular, tornando o paciente mais suscetível a infecções. Um paciente com o vírus HIV, portanto, pode ter sua produção de linfócitos prejudicada, e isto pode ser observado na quantificação de células do exame.

Monócitos, eosinófilos e basófilos são outros tipos de glóbulos brancos. Estes são encontrados em menor concentração, mas também possuem importantes funções para nosso organismo. Monócitos são ativados durante infecções virais ou bacterianas, “atacando” os organismos invasores. Eosinófilos participam do combate de parasitas e, assim como os basófilos, são ativados durante processos alérgicos.

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Por fim, os exames sanguíneos também costumam quantificar a concentração de plaquetas nas amostras. As plaquetas participam do processo de coagulação do sangue. Um paciente com baixo número de plaquetas (trombocitopenia) pode apresentar dificuldades de coagulação, havendo, portanto, maior risco de hemorragias em caso de acidentes graves ou até mesmo pequenos rompimentos de vasos.

Devemos lembrar sempre que os resultados encontrados em um hemograma são apenas indicativos do estado de saúde do indivíduo. Além disso, as quantificações de um tipo sanguíneo devem ser analisadas em conjunto com todos os demais, por isso a necessidade de se levar o resultado do exame a um médico ou profissional competente para realizar a análise do exame como um todo, comparando todos os parâmetros para um correto diagnóstico.

Fonte: National Institutes of Health.

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segunda-feira, 9 de setembro de 2019

COMBINAÇÃO DE TRATAMENTOS PODE CONTER O TIPO MAIS LETAL DE CÂNCER DE PELE

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Hello my friends! How do you doing today? I hope that you good! O verão vem chegando e com ele a vontade de ir à praia para fugir do calor e pegar aquela corzinha. É nessa época do ano que os cuidados com a pele devem ser redobrados, afinal, se expor ao sol é se expor também aos raios ultravioletas (UV). Os raios UV penetram na pele, e além de deixar o desejado bronzeado, podem provocar outras alterações, como o surgimento de pintas, sardas, manchas, rugas, ou até o aparecimento de doenças graves como o câncer de pele.

No Brasil, 30% de todos os tumores malignos registrados, são de câncer de pele, sendo que 3% deles são de melanomas, um tipo de câncer de pele que tem origem nos melanócitos – células produtoras de melanina que determinam a coloração da pele. Apesar de representar uma pequena porcentagem, ele é considerado o mais grave devido à grande probabilidade de tornar-se metástase. Para auxiliar nesse problema, um grupo de pesquisadores australianos parece ter encontrado uma forma de frear o avanço e a propagação do melanoma para outros órgãos. Melanoma, um tipo letal de câncer de pele.

Os pesquisadores realizaram estudos ao longo de 12 meses, com pacientes que já haviam retirado a fonte principal do câncer de pele e estavam lutando para que ele não fosse disseminado para outros órgãos. O primeiro experimento consistiu em uma combinação com dois tipos de medicamentos: dafrafenib e trametinib. Ambos são utilizados no tratamento de câncer, de maneira individual, e no experimento eles foram capazes de bloquear a ação do gene BRAF, responsável pela condução do melanoma. Esta técnica impediu a recaída da doença nos pacientes e aumentou a sobrevida deles.

Resultado de imagem para COMBINAÇÃO DE TRATAMENTOS PODE CONTER O TIPO MAIS LETAL DE CÂNCER DE PELE

No segundo experimento, os pesquisadores utilizaram a imunoterapia, um tipo de tratamento de câncer que promove a estimulação do sistema imunológico, por meio de substâncias que alteram a resposta biológica do organismo. Essas substâncias fizeram com que o sistema imune dos pacientes atacassem as células do melanoma, impedindo o retorno da doença em grande parte dos casos.

O que se pode concluir com isso? Os participantes do estudo tinham uma probabilidade de até 70% de chances do câncer avançar e ser letal para eles. Por conta dos tratamentos utilizados, o câncer não se propagou para outros órgãos e nem foi letal. Controlar e pausar o melanoma é um importante passo em busca da sua cura. Os resultados indicaram que é possível conter a doença, garantindo outros tantos anos de vida aos pacientes já tratados.

Fonte: New England Journal of Medicine.

God bless you!

See you later. Take care!

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