terça-feira, 19 de fevereiro de 2019

PANORAMA GERAL DO LIXO


Resultado de imagem para TIPOS DE LIXO


Para iniciar esse assunto quero que você reflita sobre a seguinte pergunta: Qual a quantidade de lixo que você produz por dia?

No geral, nós produzimos muito lixo! Afinal, nosso sistema econômico é o capitalismo, que tem como principal característica o consumismo. Veja que loucura: 

Estima-se que um brasileiro pode produzir durante toda sua vida 25 toneladas de lixo! 

É muito lixo! E para onde esse lixo vai? Você sabe?

Destino dos resíduos

76% do lixo urbano vai para os lixões aqui no Brasil!

Resultado de imagem para lixão

Lixão

Local onde o lixo urbano ou industrial é jogado a céu aberto, sem nenhum tipo de tratamento. A decomposição desse lixo produz o chorume, um líquido com alto teor de matéria orgânica que pode apresentar metais pesados. Esses metais são provenientes da decomposição de embalagens metálicas e pilhas. Por isso, é muito importante descartar pilhas e baterias em locais adequados!

Como o chorume pode se infiltrar no solo, ocorre o risco de contaminação do lençol freático. O que é muito grave! Afinal, podemos consumir água contaminada. Além disso, o lixão também favorece a proliferação de baratas, moscas, ratos, germes patológicos, dentre outros.

Imagem relacionada

Aterro sanitário

Aqui sim! O aterro sanitário possui o solo impermeabilizado, bem como, sistema de drenagem para o chorume e gases que são liberados. Os resíduos sólidos são cobertos, evitando a presença de animais.

Resultado de imagem para aterro sanitário

Aterro controlado

Os resíduos sólidos recebem uma cobertura de solo. Mas o solo não é tratado, como no aterro sanitário, o que não resolve possíveis contaminações de águas subterrâneas pelo chorume.

Observação: a diferença entre o lixão e o aterro controlado é a cobertura dos resíduos, visto que no lixão é tudo a céu aberto.

Resultado de imagem para incineração

Incineração

Faz-se a queima controlada do lixo inerte. A vantagem é que o volume de lixo é diminuído e a maioria do material orgânico e de materiais perigosos é destruída. Entretanto, são formados diversos gases poluentes e fuligem que vão para a atmosfera. Além disso, esses gases também podem ser tóxicos.

Resultado de imagem para usina de compostagem 

Usina de compostagem

A matéria orgânica é separada do lixo, através de métodos de separação adequados e depois é submetida a um tratamento especial que formará o “composto”. Esse composto pode ser usado como adubo ou ração para animais, por exemplo. Vimos então algumas maneiras de remediar o problema do lixo produzido. Mas como podemos melhorar o problema do lixo?

Resultado de imagem para 3R: Reduzir, Reutilizar e Reciclar

3R: Reduzir, Reutilizar e Reciclar

Através dos 3R podemos melhorar o problema do lixo. Veja:

Reduzir: redução do consumo e do desperdício. Queridos e queridas, quanto mais consumimos, mais lixo geramos! Essa é uma característica forte da sociedade consumista em que vivemos. Portanto, uma das atitudes que podemos tomar é reduzir esse consumismo exagerado e assim gerar menos lixo. Outras maneiras de contribuir com a redução do lixo é a utilização de embalagens retornáveis, ao invés das descartáveis, bem como, a diminuição de desperdícios em casa. Vamos fazer nossa parte?

Reutilizar: reutilização de resíduos.

Reutilizar é utilizar a mesma coisa novamente, sem necessidade de transformá-la em sua matéria prima. Nas indústrias o número de opções cresce com relação a resíduos. Por exemplo, recipientes de vidro são relativamente fáceis de serem limpos, esterilizados e reutilizados. Uma tonelada de vidro reutilizada várias vezes como frascos produz uma economia equivalente a 117 barris de petróleo. Reutilizar consome menos energia que reciclar. Seria o caso, por exemplo, de utilizar o copo do requeijão como copo comum. Temos que nenhuma energia foi gasta para transformá-lo novamente em matéria prima, ele foi apenas usado novamente para outros fins.


Reciclagem

A reciclagem consiste na separação de materiais e na transformação deles em matéria prima para novos produtos. Aqui entra a coleta seletiva.

Vantagens:

A obtenção do metal alumínio a partir do minério bauxita, por exemplo, consome grande quantidade de energia elétrica. Enquanto que, a reciclagem do alumínio consome 91% a menos de energia. Além de economizar energia, a reciclagem pode diminuir a quantidade de lixo a ser aterrado, preservar os recursos naturais e diminuir a poluição do ar e das águas. Lembrando que o Brasil é o país que mais recicla alumínio no mundo!

Agora vamos ver quatro materiais que podem ser reciclados:

- Metais: além do alumínio, outros metais são reciclados atualmente, como ferro (aço), cobre, zinco, chumbo etc.

- Papéis e papelões: O papel para jornal e para embrulho é, geralmente, proveniente da reciclagem. Olha esses dados que surpreendentes: Para cada tonelada de papel ou papelão que se recicla, 17 árvores deixam de ser cortadas.

- Vidro: Os cacos de vidro são derretidos e, a partir deles, novos objetos são fabricados.

- Plásticos: A maioria, dos plásticos, não é biodegradável, isto é, não se decompõe sob a ação de microrganismos. Portanto, é muito importante que os plásticos sejam reciclados.

Guerreiro e guerreira, no caso dos plásticos, já imaginaram as suas vidas sem eles? Vamos então falar sobre os polímeros.

Imagem relacionada

PLÁSTICOS E POLÍMEROS

Vivemos na era dos polímeros! Será que você já se deu conta disso?

Os plásticos, por exemplo, nada mais são que polímeros! E esses plásticos presentes a todo instante na nossa vida, são formados por moléculas enormes, chamadas de macromoléculas. Essas macromoléculas são formadas por várias molequinhas menores, os monômeros, que se unem formando uma molécula maior (os polímeros) através de uma reação chamada de polimerização.


CLASSIFICAÇÃO DOS POLÍMEROS

Os polímeros podem ser naturais ou sintéticos.

Os polímeros naturais sempre existiram, como a celulose, o componente mais abundante da parede celular, o amido, um carboidrato presente em grandes quantidades nos vegetais, DNA, teia de aranha dentre vários outros.

Já, o primeiro polímero puramente sintético surgiu somente em 1907. Sabe qual foi? A baquelite! Um polímero de condensação que fez muito sucesso após sua descoberta e é utilizado na produção de discos musicais, cabos de panelas, telefones, tomadas, interruptores, câmeras fotográficas, peças de automóveis, produção de algumas ferramentas, dentre outros. Contudo, temos que a utilização desses polímeros sintéticos, produz lixo! Esse é um grande problema enfrentado, pois como a grande maioria dos plásticos não são biodegradáveis. Desta forma, a poluição do meio ambiente ocorre a longo prazo, uma vez que permanecem milhões de anos sob condições adversas sem se degradar.

Mas alguns polímeros podem se tornar fluidos e moldáveis com a variação da temperatura (sofrem fusão) e por essa razão podem ser reciclados. Diminuindo assim, os efeitos desse lixo no meio ambiente. É o caso do PET, cuja reciclagem é feita através da hidrólise. Esses polímeros são classificados como termoplásticos.

Mas você já se perguntou por que alguns são maleáveis e outros são mais rígidos?

Acabamos de falar dos termoplásticos que são maleáveis, os mais rígidos são os termofixos. Esses polímeros apresentam elevada resistência química, devido as ligações covalentes que formam uma estrutura de redes, suportando muito melhor o desgaste e a ruptura. Alguns podem resistir até as altíssimas temperaturas. Acredita que são usados para produzir coletes a prova de balas? Até peças de avião! Muito bacana não é mesmo?

Continuando nosso estudo do lixo, agora vamos compreender como ocorre a oxidação e a redução em uma reação química não espontânea.

Imagem relacionada

RADIOATIVIDADE E EMISSÕES RADIOATIVAS

Can I carry on? Rsrsrs... um dos tipos de resíduos que também podem ser gerados é o lixo nuclear. O lixo nuclear é aquele descartado pelas usinas nucleares, que são aquelas que produzem energia elétrica através de fonte nuclear.

Mas antes de falarmos sobre isso vamos entender o que é a radioatividade.

A radioatividade é um fenômeno nuclear, ou seja, ocorre no núcleo do átomo (prótons e nêutrons), ocorrendo naturalmente através da liberação de energia desse núcleo. A relação entre o número de prótons e de nêutrons resulta em uma configuração instável (radioativa) que é modificada através da liberação de energia com a emissão da radiação, ocasionando futuramente configurações estáveis (não radioativas). Sendo assim, temos que o núcleo que está instável quer se estabilizar. E isso ocorre através da emissão de radiações! Demais não é mesmo?

Uma das vantagens da usina nuclear é a não utilização de combustíveis fósseis. O que evita lançamentos de gases responsáveis pelo aumento do aquecimento global e outros produtos tóxicos na atmosfera. Além disso, o urânio possui baixo custo.

Resultado de imagem para restos do combustível nuclear

Entretanto um grande problema enfrentado é o lixo nuclear! O gerenciamento do descarte de resíduos nucleares é um dos grandes problemas das usinas nucleares. Esses resíduos são os produtos da fissão do combustível do reator, que em sua maioria possuem tempos de meia-vida longos. Estudos indicam que seriam necessárias cerca de 20 meias-vidas para se atingir um nível seguro de exposição a organismos vivos. É muito tempo não é mesmo?

Além dos rejeitos radioativos provenientes das usinas nucleares, também temos os rejeitos de hospitais, centros de pesquisas, etc. Mas qual seria o lugar ideal para esses rejeitos? Os rejeitos de usinas nucleares devem ser colocados em recipientes especiais e descartados em locais com revestimento de concreto, devendo permanecer confinados até não oferecer mais riscos. No Brasil, há depósitos provisórios em centros de pesquisa nuclear no Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais – o único depósito permanente fica em Goiás. Mas esse lixo é de baixa e média radioatividade.

Os restos do combustível nuclear que move as usinas é o grande problema, visto que, é um lixo de alta radioatividade. As pastilhas gastas de urânio vão sendo empilhadas em uma piscina de resfriamento ao lado do reator onde são usadas. Tanto a piscina quanto o reator são cercados por várias barreiras de aço, chumbo e concreto. A piscina da usina de Angra II, por exemplo, tem capacidade para armazenar lixo por mais de 40 anos, o mesmo tempo de vida útil do reator.

Mas o que acontece depois? Bem, ainda não temos a resposta!

Texto extraído do Ciência em Ação e adaptado para o blog.


God bless you!
See you later. Take care!

2 comentários:

DESENVOLVIMENTO DE NOVOS PRODUTOS ALIMENTÍCIOS

  Por ocorrência do aumento da população mundial e, consequentemente, a busca pela sobrevivência e melhoria na qualidade de vida dos seres v...