Para
iniciar esse assunto quero que você reflita sobre a seguinte pergunta: Qual a
quantidade de lixo que você produz por dia?
No
geral, nós produzimos muito lixo! Afinal, nosso sistema econômico é o
capitalismo, que tem como principal característica o consumismo. Veja que
loucura:
⇒ Estima-se que um brasileiro
pode produzir durante toda sua vida 25 toneladas de lixo!
É
muito lixo! E para onde esse lixo vai? Você sabe?
Destino dos resíduos
⇒ 76% do lixo urbano vai para
os lixões aqui no Brasil!
Lixão
Local
onde o lixo urbano ou industrial é jogado a céu aberto, sem nenhum tipo de
tratamento. A decomposição desse lixo produz o chorume, um líquido com alto teor de matéria orgânica que pode
apresentar metais pesados. Esses metais são provenientes da decomposição de
embalagens metálicas e pilhas. Por isso, é muito importante descartar pilhas e
baterias em locais adequados!
Como
o chorume pode se infiltrar no solo,
ocorre o risco de contaminação do lençol freático. O que é muito grave! Afinal,
podemos consumir água contaminada. Além disso, o lixão também favorece a
proliferação de baratas, moscas, ratos, germes patológicos, dentre outros.
Aterro sanitário
Aqui
sim! O aterro sanitário possui o solo impermeabilizado, bem como, sistema de
drenagem para o chorume e gases que são liberados. Os resíduos sólidos são
cobertos, evitando a presença de animais.
Aterro controlado
Os
resíduos sólidos recebem uma cobertura de solo. Mas o solo não é tratado, como
no aterro sanitário, o que não resolve possíveis contaminações de águas
subterrâneas pelo chorume.
Observação:
a diferença entre o lixão e o aterro controlado é a cobertura dos resíduos,
visto que no lixão é tudo a céu aberto.
Incineração
Faz-se
a queima controlada do lixo inerte. A vantagem é que o volume de lixo é diminuído
e a maioria do material orgânico e de materiais perigosos é destruída.
Entretanto, são formados diversos gases poluentes e fuligem que vão para a
atmosfera. Além disso, esses gases também podem ser tóxicos.
Usina de compostagem
A
matéria orgânica é separada do lixo, através de métodos de separação adequados
e depois é submetida a um tratamento especial que formará o “composto”. Esse
composto pode ser usado como adubo ou ração para animais, por exemplo. Vimos
então algumas maneiras de remediar o problema do lixo produzido. Mas como
podemos melhorar o problema do lixo?
3R: Reduzir, Reutilizar e
Reciclar
Através
dos 3R podemos melhorar o problema do lixo. Veja:
Reduzir:
redução do consumo e do desperdício. Queridos e queridas, quanto mais
consumimos, mais lixo geramos! Essa é uma característica forte da sociedade
consumista em que vivemos. Portanto, uma das atitudes que podemos tomar é
reduzir esse consumismo exagerado e assim gerar menos lixo. Outras maneiras de
contribuir com a redução do lixo é a utilização de embalagens retornáveis, ao
invés das descartáveis, bem como, a diminuição de desperdícios em casa. Vamos
fazer nossa parte?
Reutilizar:
reutilização de resíduos.
Reutilizar
é utilizar a mesma coisa novamente, sem necessidade de transformá-la em sua
matéria prima. Nas indústrias o número de opções cresce com relação a resíduos.
Por exemplo, recipientes de vidro são relativamente fáceis de serem limpos,
esterilizados e reutilizados. Uma tonelada de vidro reutilizada várias vezes
como frascos produz uma economia equivalente a 117 barris de petróleo. Reutilizar
consome menos energia que reciclar. Seria o caso, por exemplo, de utilizar o
copo do requeijão como copo comum. Temos que nenhuma energia foi gasta para
transformá-lo novamente em matéria prima, ele foi apenas usado novamente para
outros fins.
Reciclagem
A
reciclagem consiste na separação de materiais e na transformação deles em
matéria prima para novos produtos. Aqui entra a coleta seletiva.
Vantagens:
A
obtenção do metal alumínio a partir do minério bauxita, por exemplo, consome
grande quantidade de energia elétrica. Enquanto que, a reciclagem do alumínio
consome 91% a menos de energia. Além de economizar energia, a reciclagem pode
diminuir a quantidade de lixo a ser aterrado, preservar os recursos naturais e
diminuir a poluição do ar e das águas. Lembrando que o Brasil é o país que mais
recicla alumínio no mundo!
Agora
vamos ver quatro materiais que podem ser reciclados:
-
Metais: além do alumínio, outros metais são reciclados atualmente, como ferro
(aço), cobre, zinco, chumbo etc.
-
Papéis e papelões: O papel para jornal e para embrulho é, geralmente,
proveniente da reciclagem. Olha esses dados que surpreendentes: Para cada
tonelada de papel ou papelão que se recicla, 17 árvores deixam de ser cortadas.
-
Vidro: Os cacos de vidro são derretidos e, a partir deles, novos objetos são
fabricados.
-
Plásticos: A maioria, dos plásticos, não é biodegradável, isto é, não se
decompõe sob a ação de microrganismos. Portanto, é muito importante que os
plásticos sejam reciclados.
Guerreiro
e guerreira, no caso dos plásticos, já imaginaram as suas vidas sem eles? Vamos
então falar sobre os polímeros.
PLÁSTICOS E POLÍMEROS
Vivemos
na era dos polímeros! Será que você já se deu conta disso?
Os
plásticos, por exemplo, nada mais são que polímeros! E esses plásticos
presentes a todo instante na nossa vida, são formados por moléculas enormes,
chamadas de macromoléculas. Essas macromoléculas são formadas por várias
molequinhas menores, os monômeros, que se unem formando uma molécula maior (os
polímeros) através de uma reação chamada de polimerização.
CLASSIFICAÇÃO DOS POLÍMEROS
Os
polímeros podem ser naturais ou sintéticos.
Os
polímeros naturais sempre existiram, como a celulose, o componente mais
abundante da parede celular, o amido, um carboidrato presente em grandes
quantidades nos vegetais, DNA, teia de aranha dentre vários outros.
Já,
o primeiro polímero puramente sintético surgiu somente em 1907. Sabe qual foi?
A baquelite! Um polímero de condensação que fez muito sucesso após sua
descoberta e é utilizado na produção de discos musicais, cabos de panelas,
telefones, tomadas, interruptores, câmeras fotográficas, peças de automóveis,
produção de algumas ferramentas, dentre outros. Contudo, temos que a utilização
desses polímeros sintéticos, produz lixo! Esse é um grande problema enfrentado,
pois como a grande maioria dos plásticos não são biodegradáveis. Desta forma, a
poluição do meio ambiente ocorre a longo prazo, uma vez que permanecem milhões
de anos sob condições adversas sem se degradar.
Mas
alguns polímeros podem se tornar fluidos e moldáveis com a variação da
temperatura (sofrem fusão) e por essa razão podem ser reciclados. Diminuindo
assim, os efeitos desse lixo no meio ambiente. É o caso do PET, cuja reciclagem
é feita através da hidrólise. Esses polímeros são classificados como
termoplásticos.
Mas
você já se perguntou por que alguns são maleáveis e outros são mais rígidos?
Acabamos
de falar dos termoplásticos que são maleáveis, os mais rígidos são os
termofixos. Esses polímeros apresentam elevada resistência química, devido as
ligações covalentes que formam uma estrutura de redes, suportando muito melhor
o desgaste e a ruptura. Alguns podem resistir até as altíssimas temperaturas.
Acredita que são usados para produzir coletes a prova de balas? Até peças de
avião! Muito bacana não é mesmo?
Continuando
nosso estudo do lixo, agora vamos compreender como ocorre a oxidação e a
redução em uma reação química não espontânea.
RADIOATIVIDADE E EMISSÕES
RADIOATIVAS
Can
I carry on? Rsrsrs... um dos tipos de resíduos que também podem ser gerados é o
lixo nuclear. O lixo nuclear é aquele descartado pelas usinas nucleares, que
são aquelas que produzem energia elétrica através de fonte nuclear.
Mas
antes de falarmos sobre isso vamos entender o que é a radioatividade.
A
radioatividade é um fenômeno nuclear, ou seja, ocorre no núcleo do átomo
(prótons e nêutrons), ocorrendo naturalmente através da liberação de energia
desse núcleo. A relação entre o número de prótons e de nêutrons resulta em uma
configuração instável (radioativa) que é modificada através da liberação de
energia com a emissão da radiação, ocasionando futuramente configurações
estáveis (não radioativas). Sendo assim, temos que o núcleo que está instável
quer se estabilizar. E isso ocorre através da emissão de radiações! Demais não
é mesmo?
Uma
das vantagens da usina nuclear é a não utilização de combustíveis fósseis. O
que evita lançamentos de gases responsáveis pelo aumento do aquecimento global
e outros produtos tóxicos na atmosfera. Além disso, o urânio possui baixo
custo.
Entretanto
um grande problema enfrentado é o lixo nuclear! O gerenciamento do descarte de
resíduos nucleares é um dos grandes problemas das usinas nucleares. Esses
resíduos são os produtos da fissão do combustível do reator, que em sua maioria
possuem tempos de meia-vida longos. Estudos indicam que seriam necessárias
cerca de 20 meias-vidas para se atingir um nível seguro de exposição a
organismos vivos. É muito tempo não é mesmo?
Além
dos rejeitos radioativos provenientes das usinas nucleares, também temos os
rejeitos de hospitais, centros de pesquisas, etc. Mas qual seria o lugar ideal
para esses rejeitos? Os rejeitos de usinas nucleares devem ser colocados em
recipientes especiais e descartados em locais com revestimento de concreto,
devendo permanecer confinados até não oferecer mais riscos. No Brasil, há
depósitos provisórios em centros de pesquisa nuclear no Rio de Janeiro, São
Paulo e Minas Gerais – o único depósito permanente fica em Goiás. Mas esse lixo
é de baixa e média radioatividade.
Os
restos do combustível nuclear que move as usinas é o grande problema, visto
que, é um lixo de alta radioatividade. As pastilhas gastas de urânio vão sendo
empilhadas em uma piscina de resfriamento ao lado do reator onde são usadas.
Tanto a piscina quanto o reator são cercados por várias barreiras de aço,
chumbo e concreto. A piscina da usina de Angra II, por exemplo, tem capacidade
para armazenar lixo por mais de 40 anos, o mesmo tempo de vida útil do reator.
Mas
o que acontece depois? Bem, ainda não temos a resposta!
Texto extraído do Ciência em Ação e adaptado para o blog.
God bless you!
See you later. Take care!
Arrasouuuu ! 👏🏻👏🏻
ResponderExcluirObrigado!
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