sexta-feira, 22 de fevereiro de 2019

O QUE É DEPRESSÃO?

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Todos nós já nos sentimos tristes, indefesos ou inadequados em algum momento da vida. Para a maioria de nós, esses sentimentos são respostas completamente normais aos eventos estressantes ou desagradáveis que experimentamos, como uma crise financeira ou o fim de um relacionamento amoroso. Nossos sentimentos negativos podem ser dolorosos e avassaladores, mas eles passam e tornam-se menos intensos com o decorrer do tempo.
Quando o seu humor está extremamente triste ou negativo na maioria dos dias e fica cada vez pior ou mais intenso com o passar do tempo, você pode ter um transtorno de humor. Um transtorno de humor é uma mudança ou perturbação séria no humor que faz com que uma pessoa experimente emoções extremas ou avassaladoras e afeta sua habilidade de agir normalmente. O transtorno depressivo maior, ou depressão, é um dos mais comuns transtornos de humor nos EUA, e todos os países aparentemente ricos, e causa sentimentos extremos e persistentes como tristeza e falta de esperança, que podem ter efeitos debilitantes na saúde física e mental de uma pessoa.
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Como seu cérebro funciona na maioria do tempo?
Seu cérebro está constantemente trabalhando para lhe ajudar a responder a suas experiências. Para fazer isto, ele se baseia nos mensageiros químicos chamados de neurotransmissores. Os neurotransmissores são ferramentas de comunicação poderosas que ajudam diferentes partes do seu cérebro a controlar muitas das suas funções corporais, incluindo os processos comportamentais como o sono e o apetite, e processos emocionais, como seu humor e concentração. Conforme você vive, os neurotransmissores interagem com alvos através do cérebro para lhe ajudar a responder a situações de uma maneira apropriada e saudável.
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O que pode dar errado?
Algumas vezes, os neurotransmissores param de trabalhar apropriadamente e causam problemas ao longo do sistema de comunicação cerebral. Uma situação, chamada de desequilíbrio químico, pode produzir mudanças em diferentes aspectos de sua saúde mental e física. Muitos cientistas acreditam que as mudanças severas de comportamento e emoções encontradas na depressão são causadas por desequilíbrios ou mau funcionamento dos neurotransmissores chamados monoaminas. As monoaminas são encontradas em grandes concentrações no sistema límbico de seu corpo, que controla suas emoções, sono, apetite e memória. Quando as concentrações de monoaminas estão muito baixas, os sintomas da depressão aparecem.
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Neurotransmissor e sintomas ou comportamentos:
Baixa norepinefrina: diminuição no ânimo ou na motivação; falta de atenção e de memória;
Baixa serotonina: aumento depressivo; desejo de comer e problemas para dormir;
Baixa dopamina: maior desejo e comportamento compulsivo; diminuição na satisfação. 
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Sintomas:


O transtorno depressivo maior muda como uma pessoa se sente e age durante um período chamado de episódio depressivo.
Os episódios depressivos: durante este período, a pessoa se sente extremamente triste a cada dia e a sensação pode durar por um período mínimo de duas semanas. A tristeza é subjetiva e diferente para cada pessoa, então antes de você dizer ou diagnosticar alguém que está triste com depressão, é importante pensar se seu comportamento é, ou não, notavelmente diferente de que normalmente seria numa circunstância similar. Os sintomas mais específicos devem ocorrer todos os dias por pelo menos duas semanas e podem incluir:
  • Se sentir para baixo ou triste mais frequentemente do que não se sentir assim;
  • Sentir que a vida não é mais tão legal ou agradável;
  • Perder o interesse em coisas que costumavam ser uma grande parte da sua vida;
  • Mudanças no apetite e peso, como comer significantemente mais e ganhar peso, ou não comer nada; 
  • Mudança na qualidade do sono ou na sua quantidade, como dormir menos ou mais, mas ainda se sentir cansado;
  • Mudanças no discurso, como se tornar mais calado;
  • Agitação psicomotora, como apertar a mão, andar de um lado para outro ou bater o pé;
  • Sentimentos de inutilidade ou culpa;
  •  Baixa autoestima;
  • Pensar em morte ou desejar morrer.
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Suicídio: pensamentos de suicídio são os sintomas mais sérios da depressão. Quando pessoas consistentemente experimentam sintomas extremos como os citados acima, elas podem começar a pensar que a morte é a única maneira para escapar da dor. Pelo fato de elas também não terem esperança em seu futuro e acharem que nada pode melhorar, são muito mais propensas a agir a respeito dos pensamentos que têm sobre a morte. Conforme a depressão se torna cada vez mais severa, o risco de suicídio também aumenta.
Os sinais de alerta específicos de suicídio incluem:
  •      Ideação suicida frequente, intensa ou duradoura, ou pensamentos sobre matar a si mesmo;
  •        Afirmações de que não há razões para viver;
  •         Se sentir preso ou como se fossem um fardo para outros;
  •         Aumento no uso de álcool ou drogas;
  •         Se livrar de posses ou se despedir como se fosse a última vez.


Se você se sentir sob risco ou conhecer alguém nessa situação, entre em contato e peça ajuda no Centro de Valorização da Vida (CVV) pelo telefone 188. Nos Estados Unidos o telefone é 1-800-273-8255 .
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O que causa a depressão?
Assim como a maioria dos transtornos de humor, a depressão não tem uma causa única. Na verdade, é o resultado de múltiplos fatores que interagem para criar desequilíbrios químicos no seu cérebro.
Fatores biológicos: se um de seus parentes tem um transtorno de humor como a depressão, você está muito mais propenso a desenvolver tal doença. Outros distúrbios mentais como esquizofrenia ou alcoolismo também aumentam as chances de desenvolver depressão;
Fatores psicológicos: experiências estressantes ou negativas, como um óbito na família, divórcio ou perda de emprego, geralmente disparam a depressão. Quando você passa por um trauma ou estresse constante e crônico, está muito mais propenso a ter depressão;
Fatores comportamentais: aumento no consumo álcool ou drogas podem levar ao desenvolvimento da depressão e podem piorar vários outros sintomas;
Fatores sociais: a falta de suporte social, como boas relações com colegas ou família, também está associada com sintomas dessa doença.
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Quão comum é a depressão?
Cerca de 5% dos adultos ao redor do mundo e 6,9% dos adultos nos EUA lidam com a depressão em algum momento de suas vidas. Você está mais propenso a vivenciar a depressão se você é mulher, têm uma condição médica como câncer ou doença do coração, e vive numa área com pouco acesso a emprego e saúde. A maior prevalência da depressão tem tornado o suicídio um problema de saúde pública nos EUA, e em 2013 ela foi a 10ª causa de morte. As taxas de suicídio são especialmente altas entre populações vulneráveis como veteranos militares, indivíduos que se identificam como lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros, ou jovens questionadores entre 15 e 24 anos.
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É possível prevenir a depressão?
A maioria dos cientistas e profissionais de saúde mental dizem que não se pode prevenir a depressão e que ela pode acontecer com qualquer pessoa a qualquer momento. Em vez de prevenção, eles destacam a importância do gerenciamento dos episódios depressivos assim que começam. Algumas estratégias que podem melhorar os mecanismos de enfrentamento e diminuir a severidade ou duração dos sintomas incluem desenvolver hábitos saudáveis como ter refeições ricas em nutrientes, exercitar-se, dormir regularmente, evitar drogas e álcool e se aproximar da família e amigos.
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Como a depressão é tratada?
O tratamento para depressão é normalmente integrativo. Isto quer dizer que intervenções psiquiátricas, psicológicas e comportamentais são combinadas para cuidar das necessidades específicas e sintomas do paciente. Os tratamentos atuam conjuntamente para restaurar o humor normal e melhorar a habilidade do paciente em lidar com o mundo que o rodeia.
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Tratamentos psiquiátricos:
Medicações para o transtorno depressivo maior são chamados de antidepressivos. Os antidepressivos atuam melhorando os efeitos dos neurotransmissores no cérebro. Alguns focam em bloquear a reabsorção de neurotransmissores específicos. Estes incluem os inibidores seletivos de recaptura de serotonina (ISRS), inibidores seletivos de recaptura de norepinefrina e serotonina (ISRSN) e inibidores de recaptura de norepinefrina e dopamina (IRND). Outros antidepressivos, como os inibidores da monoamina oxidase (IMAO) focam no aumento dos níveis de neurotransmissores através da regulação da enzima (chamada de monoamina oxidase) que normalmente está envolvida na reabsorção deles no cérebro.
Um outro tratamento médico para a depressão é a terapia eletroconvulsiva, ou ECT, que envolve a colocação de eletrodos na cabeça do paciente para passar correntes elétricas através de seu cérebro. Este é frequentemente usado como uma maneira de melhorar o funcionamento dos neurotransmissores quando o paciente não está evoluindo após tomar os antidepressivos.
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Psicoterapia:
A psicoterapia não trata as causas subjacentes da depressão, mas pode melhorar o desempenho tanto durante quanto após os episódios depressivos. Uma das psicoterapias mais eficazes para o transtorno depressivo maior é a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC). A TCC foca na identificação de pensamentos, emoções, crenças e comportamentos negativos e os substitui com outros mais positivos. Isto ajuda aos pacientes enfrentar seus traumas antigos bem como as novas situações estressantes. Outras formas de terapia focam em melhorar as relações sociais e determinar objetivos de longo prazo. A psicoterapia é frequentemente combinada com medicação ou outros tratamentos psiquiátricos.
Tratamentos comportamentais:
Intervenções comportamentais para a depressão tipicamente envolvem o desenvolvimento de hábitos de vida saudáveis como exercitar-se, meditar, ouvir músicas, alimentar-se de modo saudável, e a adesão a um horário de sono consistente.
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Considere o seguinte:
As pessoas ao redor do mundo experimentam transtornos do humor, mas algumas culturas usam diferentes termos para descrevê-los. Por exemplo, na América Latina é usada a palavra "susto" para descrever uma doença mental com sintomas similares à depressão. O susto ocorre quando uma pessoa passa por um evento que é tão traumático que sua alma deixa seu corpo. Isto pode levar a problemas de sono e apetite, sentimentos de tristeza e baixa autoestima, diminuir o interesse em atividades e algumas vezes resultar em suicídio ou morte. Então, quando você pensar sobre depressão, lembre-se de estar ciente das diferenças culturais e contextuais - isto pode lhe ajudar a entender melhor como a doença pode progredir e ser tratada em populações específicas.
Embora a depressão seja uma doença mental tratável, muitas pessoas evitam procurar por tratamento. Por quê? Em nossa cultura, é comum acreditar erradamente que a depressão é um sinal de fraqueza ou de má atitude - muitas pessoas não acham que a depressão é um problema médico real. Como resultado, aquelas que a vivem podem se sentir como se houvesse algo errado com elas - elas se sentem culpadas, sem esperanças ou envergonhadas que elas não possam "apenas superar isto". Para ajudar a mudar as suposições negativas sobre a depressão, devemos começar a pensar e falar sobre ela da mesma maneira que falamos sobre outros problemas médicos. Se uma pessoa foi diagnosticada com câncer, não deveríamos encorajá-la a tentar quimioterapia ou radioterapia? Se uma pessoa queimou seu braço, não deveríamos dizer a ela para ir para o hospital? Quando abordamos doenças mentais pela mesma perspectiva, podemos ajudar a encorajar alguém com depressão a procurar por tratamento e se recuperar.
Diante disso, depressão tem cura e pode ser tratada como qualquer outra doença. Não vamos ridicularizar uma coisa séria. Por isso para quem necessitar procure um psiquiatra ou psicólogo sem nenhum receio de falatório. Lembre-se quem está doente precisa de um médico!
No mais é só confiar em Deus que esse momento difícil da sua vida vai passar e depois você vai poder ajudar outras pessoas a serem felizes.
Fonte: American Psychiatric Association. (2013). Diagnostic and statistical manual of mental disorders (5th ed.). Arlington, VA: American Psychiatric Publishing. CDC National Suicide Statistics at a Glance. (January 28, 2014). NIMH Any Mood Disorder Among Adults. (2015). NIMH Mental Health Medications. (2015). Https://creativecommons.org/licenses/by-NC-SA/4.0/.
God bless you!
See you later. Take care! 






7 comentários:

  1. Sempre procurando um meio de ajudar os próximos. Você é demais prof!! 👏🏻👏🏻

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  2. Assunto muito bom e discutível.
    As vezes alguém esta do nosso lado e precisa da nossa ajuda e não percebemos.

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