sábado, 11 de maio de 2019

VOCÊ SABE O QUE É ANEMIA?

Resultado de imagem para ANEMIA

Anemia significa que você tem pouquíssimos glóbulos vermelhos no sangue ou a proteína hemoglobina em seu sangue. Também pode significar que o nível de hematócritos está baixo no sangue do camarada ou da camarada. Lembre-se, cada glóbulo vermelho é cheio de hemoglobina e a hemoglobina é a proteína que transporta oxigênio dos pulmões para as células. Hematócrito é a porcentagem de glóbulos vermelhos em seu sangue versus os outros componentes do sangue (o plasma).

Abaixo estão os níveis normais de glóbulos vermelhos, hemoglobina e hematócrito em homens e mulheres. Mantenha em mente que estas faixas de normalidade podem variar baseado na idade, altitude, etc. Os resultados laboratoriais abaixo desses valores sugerem que a pessoa tem anemia.

Glóbulos vermelhos em homens
4,7 a 6,1 milhões de células/mcL

Glóbulos vermelhos em mulheres
4,2 a 5,4 milhões de células/mcL

Hemoglobina em homens
13,8 a 18,0 g/dL (8,6 a 11,2 mmol/L)

Hemoglobina em mulheres
12,1 a 15,1 g/dL (7,5 a 9,4 mmol/L)

Hematrócitos em homens
42 - 52%

Hematrócitos em mulheres
37 - 46%

Agora, pare um instante e pense sobre o fato de que 5 milhões de glóbulos vermelhos (média entre os gêneros) são parte de um único microlitro (mcL) (1/1000 de mililitro). É difícil imaginar tantos glóbulos vermelhos em um espaço tão pequeno. E se tivéssemos uma amostra de sangue de 2 microlitros (mcL) de volume? Quantos glóbulos vermelhos existiriam nessa amostra de sangue?

O que há no sangue?

Resultado de imagem para O que há no sangue?

Você pode pensar no glóbulo vermelho como se ele fosse uma caixa guardando moléculas de hemoglobina. Cada molécula de hemoglobina tem duas partes, chamadas "heme" e "globina". Globina é a proteína, que funciona como tijolo e argamassa para uma casa; ela fornece a estrutura. O heme é um disco dentro da proteína globina que segura um único átomo de ferro no centro. De fato, o ferro é o que faz o sangue ter a cor vermelha, quando ele está ligado ao oxigênio, exatamente como quando o ferro enferruja (também fica vermelho!) na presença de oxigênio. Cada heme pode se ligar a uma molécula de oxigênio e cada globina segura exatamente 4 hemes.

Isso significa que uma molécula de globina segura 4 oxigênios e 250 milhões de moléculas de hemoglobina podem ser encontradas dentro de cada glóbulo vermelho.

Isso é muito oxigênio!  Se você não tem glóbulos vermelhos suficientes e/ou hemoglobina, então seu corpo não será capaz de transportar oxigênio de maneira eficiente. Veja "O que é anemia?" para fazer uma rápida revisão.

Quais são os sintomas da anemia?

Resultado de imagem para Quais são os sintomas da anemia?

Anemia significa que você não tem glóbulos vermelhos e/ou hemoglobina suficiente para fazer transporte efetivo de oxigênio para o corpo, todos os sintomas estão relacionados a esse problema. O oxigênio não chega eficientemente ao cérebro, músculos e pele, levando a alguns sintomas comuns como fadiga, falta de concentração, fraqueza e pele pálida (chamada de palidez). Esses sintomas são comuns em todas as anemias.

Por outro lado, alguns sintomas são específicos das causas subjacentes de anemia:

Anemias hemolíticas é um grupo de anemias em que os glóbulos vermelhos do sangue são destruídos prematuramente. Quando a hemoglobina dentro dos glóbulos vermelhos é quebrada, o centro do anel da proteína (chamado de heme) é convertido em bilirrubina (composto cristalino de coloração alaranjada, resultante da degradação da hemoglobina). Nós geralmente nos livramos da bilirrubina através da urina, mas se há muita bilirrubina nadando por aí, então ela pode acumular no corpo e fazer com que a pele fique amarela.

Na anemia por deficiência de ferro, o corpo não é capaz de fazer hemoglobina eficazmente, uma vez que cada heme contém um pouco de ferro dentro dele. Pacientes com falta de ferro, por vezes, sentem o desejo de comer coisas como sujeira, areia, ou gelo como resultado.

Em mulheres grávidas, o sangue fica diluído quando sobe seu volume, mas o número de células vermelhas nele permanece as mesmas. Essa forma de "anemia dilucional" é comum, e o volume sanguíneo aumentado pode causar palpitações no coração.

Pacientes com anemia falciforme têm glóbulos vermelhos que são deformados e não navegam suavemente através de vasos sanguíneos. Quando estas células vermelhas do sangue entopem os vasos sanguíneos, podem levar à dor intensa nos ossos ou tórax.

O que causa a anemia?

Resultado de imagem para O que causa a anemia?

Existem muitas doenças e condições que podem levar a anemia. Essas doenças podem ser agrupadas em quatro causas amplas de ter poucas células vermelhas do sangue (hemácias) no sangue.

Diminuição da produção de células vermelhas: condições associadas à anemia aplástica, deficiência de ácido fólico, anemia por deficiência de ferro, doença renal, leucemia e síndrome mielodisplásica, talassemia, anemia perniciosa (deficiência de vitamina B12), doenças crônicas (por ex. HIV, doença de Crohn's).

Destruição aumentada das células vermelhas: condições associadas à deficiência de glicose-6-fosfato desidrogenase, anemia hemolítica, anemia falciforme, reações a transfusões.

Perda de células vermelhas (sangramentos): condições associadas a úlceras gastrointestinais, lesões graves ou cirurgias, menstruação.

Diluição de células vermelhas (sobrecarga de fluidos): gravidez.

Qual a probabilidade de você ter anemia?

Resultado de imagem para Qual a probabilidade de você ter anemia?

Anemia é a desordem sanguínea mais comum, afetando 1,6 bilhões de pessoas (1 em cada 4), tendo crianças e mulheres grávidas maior risco de desenvolver a doença. A probabilidade de desenvolver anemia depende da causa subjacente dela. Por exemplo:

A anemia por deficiência de ferro representa globalmente metade de todas as anemias, sendo mais comum em mulheres devido ao ciclo menstrual;

Anemia falciforme afeta 1 em cada 100 pessoas na África, mas 1 em 3000 nos Estados Unidos. Isso ocorre porque a anemia falciforme é uma doença genética encontrada em pessoas de herança africana.

Vegetarianos ou veganos, mulheres grávidas e alcoólicos têm um risco maior para anemias por deficiência de nutrientes:

Vegetarianos ou veganos têm um risco maior de ter anemia por deficiência de ferro e vitamina B12, uma vez que os produtos animais contêm estes nutrientes;

Mulheres grávidas têm necessidades elevadas de ferro e vitaminas para ajudar no desenvolvimento de seu feto e estão mais sujeitas a deficiências de ferro, folato e vitamina B12;

O álcool prejudica a capacidade do fígado de metabolizar o ácido fólico, levando alcoolistas à anemia por deficiência de folato.

Como você pode prevenir a anemia?

Resultado de imagem para Como você pode prevenir a anemia?

Anemias causadas por uma deficiência de ferro, ácido fólico, e vitamina B12 são de fácil prevenção com o uso de suplementos vitamínicos e uma dieta saudável. Outras anemias tais como a anemia falciforme é genética e não podem ser evitadas.

Como se trata a anemia?

Anemia é tratada resolvendo-se a causa subjacente da mesma. Pacientes com anemia por hemorragia súbita podem ser tratados com uma transfusão de sangue, e pacientes com níveis baixos de ferro ou ácido fólico recebem suplementos vitamínicos e minerais. Outras medicações podem ser prescritas para tratar a doença, como esteroides para reprimir o sistema imune na anemia hemolítica.

Considere o seguinte:

Você deve ter notado que os homens têm mais glóbulos vermelhos e hemoglobina em um determinado volume sanguíneo do que as mulheres. Por que você acha que isso acontece? Cientistas ainda não têm certeza, mas uma hipótese é que maiores níveis de testosterona nos homens estimulam a produção de glóbulos vermelhos.

God bless you!
See you later. Take care!

terça-feira, 7 de maio de 2019

500 ANOS DA MORTE DE DA VINCI

Resultado de imagem para Leonardo di Ser Piero da Vinci

O artista, cientista, anatomista, matemático, engenheiro, entre outras coisas, foi um dos maiores expoentes do Renascimento.
Leonardo di Ser Piero da Vinci nasceu em 15 de abril de 1451 na vila de Vinci, na Itália. Faleceu no dia 2 de maio de 1519 na França. A lista das atividades que desempenhou e das áreas a que se dedicou nos seus 67 anos de vida é enorme: foi matemático, cientista, engenheiro, inventor, anatomista, pintor, escultor, arquiteto, botânico, poeta e muitas outras coisas. Além disso, foi um dos primeiros a compreender a importância de se aliar ciências humanas, exatas e biológicas para promover novas tecnologias e o avanço da sociedade.

Embora seja um dos maiores exemplos dessa versatilidade e engenhosidade, Da Vinci não esteve sozinho na inovação em todos esses campos. Ele pertenceu a um grande movimento artístico, cultural, científico e político da Europa dos séculos 14, 15 e 16 conhecido como Renascimento. E é justamente aliado aos ideais renascentistas e humanistas (corrente filosófica inspiradora do Renascimento), que Leonardo da Vinci pode aparecer na sua prova.

O Renascimento Cultural

Resultado de imagem para O Renascimento Cultural

Assim como o artista, o Renascimento foi um movimento que nasceu na Península Itálica, na transição da Idade Medieval para a Moderna. Foi um período de ascensão da burguesia, que buscava cada vez mais se aproximar do modo de vida da nobreza, que por outro lado se enfraquecia cada vez mais, em especial no campo dos valores.

A valorização da burguesia no período deve muito ao Renascimento Cultural, que surgia com um modo de ler e agir no mundo diferente do que se conhecia antes. Valores cristãos e nobres perdiam relevância, enquanto valores burgueses ganhavam. Aliás, eles passaram a investir dinheiro para que esses ideais fossem propagados por meio da arte. Foi assim que surgiram os mecenas, padrinhos que financiavam os artistas.

Mas afinal, que valores eram esses que a burguesia tanto prezava? O humanismo foi uma corrente de pensamento que nasceu dentro das universidades da época, em meio a toda efervescência da ascensão burguesa, expansão marítima e crescimento das cidades. Os pensadores universitários traduziram textos clássicos e trouxeram de volta à tona os pensamentos da Antiguidade. A vida urbana passou a ser valorizada, assim como a ode à beleza física e ao prazer. Tudo isso culminava no ideal central que guiou o humanismo: a valorização do homem, conhecido como antropocentrismo. Agora, ele era visto não mais como subordinado a um poder divino, mas agente do próprio destino. O homem era o centro do mundo.

Da Vinci, o maior renascentista

Resultado de imagem para Da Vinci, o maior renascentista

Vamos concordar que o próprio currículo de Leonardo da Vinci já diz muito sobre o homem e a sociedade renascentista: ele representa a racionalidade, a busca pela inovação, a reunião de diversas áreas do saber e a própria valorização do homem e de suas capacidades. Esse modo de pensar, é claro, transbordava para suas produções. Comumente, algumas obras de Da Vinci são cobradas no vestibular e associadas aos ideais renascentistas. Conheça alguma delas.

O Homem Vitruviano

Resultado de imagem para O Homem Vitruviano

Dificilmente alguma obra vá representar tão bem o antropocentrismo quanto Homem Vitruviano. O famoso desenho representa o corpo humano em proporções perfeitas, referenciando o ideal clássico de beleza e proporção. A valorização do humano e do material como belo é um forte indício humanista e antropocêntrico. Mas a obra não fica só no campo da arte: o Homem Vitruviano foi concebido também pelo Da Vinci anatomista, como forma de estudar o corpo humano da perspectiva biológica.

Mona Lisa

Resultado de imagem para Mona Lisa

Talvez o retrato mais famoso do mundo, Mona Lisa é também a mais reconhecida pintura de Leonardo da Vinci. Nela, o autor fez uso de algumas técnicas de pintura renascentistas que também estão ligadas a uma tentativa de representar o mais realisticamente possível o homem e o mundo. Na Mona Lisa, a técnica do sfumato, utilizada para criar diferentes gradientes de cor, é explorada principalmente nas curvas dos cabelos e roupa. A simetria também é um elemento lembrado quando se refere à pintura. A proporção áurea, tida como a constante do equilíbrio, foi usada por Da Vinci para pintar o rosto de Monalisa.

Aeroplano


No século 15 Leonardo da Vinci já pensava em colocar o homem para voar. Desenhado em 1485, o aeroplano de Da Vinci é considerado uma de suas invenções mais à frente de seu tempo. Os modelos de “máquinas voadoras” idealizados por Da Vinci partiam muito de seus estudos sobre aves e também sobre o corpo humano. Alguns desses projetos seriam inviáveis justamente por conta do peso humano e da falta de musculatura para bater as asas e colocá-los no ar. Já outros, que se assemelhavam a pipas, com um ajuste ou outro poderiam até funcionar, como mostraram testes recentes.

God bless you!
See you later. Take care!


segunda-feira, 6 de maio de 2019

CORAIS DA AMAZÔNIA: UM NOVO ECOSSISTEMA

Imagem relacionada


Uma descoberta recente feita por cientistas brasileiros mostra que ainda há muitos tesouros desconhecidos na superfície do nosso planeta. No ano passado, em um artigo publicado na revista Science Advances, pesquisadores anunciaram a descoberta de um novo ecossistema na foz do rio amazonas, um extenso recife de corais de 9500 km2 que se estende da costa do Maranhão à Guiana Francesa.

A desconfiança de que poderia haver recifes de corais no local veio da coleta de peixes típicos destes ambientes na região. Por isso, em 2018, os pesquisadores realizaram uma expedição que resultou na descoberta.

Os corais das Amazônia estão localizados onde o maior rio do mundo – rio Amazonas – deságua no oceano, o que resulta em águas turvas, com pouca luminosidade, cheias de sedimentos, matérias orgânicas e nutrientes. Isso torna a descoberta ainda mais surpreendente, pois, além do fato de uma barreira imensa ter permanecido oculta por tanto tempo, ela está presente em um local onde não se esperava encontrar recifes de corais.


Imagem relacionada

Agora, a ONG Greenpeace divulgou as primeiras imagens dos corais da Amazônia. Segundo a ONG, durante a expedição a bordo do Esperanza – maior navio do Greenpeace –, uma biodiversidade muito rica e cheia de cores pode ser avistada apesar da pouca luminosidade e condições do local. Além de corais e rodolitos (algas calcárias) foram observadas diversas formas de vida, como peixes, caranguejos e esponjas.

Ainda há muito a ser descoberto sobre os corais da Amazônia. Mas, segundo pesquisadores, devido às suas características únicas, eles possuem um elevado potencial para abrigar espécies novas. Entretanto, apesar de pouco conhecidos eles já estão ameaçados pela exploração de petróleo, já que pelo menos três empresas solicitaram licença para perfurar poços na bacia da foz do Amazonas.

Segundo pesquisadores e ativistas, um vazamento de petróleo nessa região poderia ter consequências desastrosas para este ecossistema tão único e pouco conhecido e, por isso, lançaram a campanha “Defenda os corais da Amazônia” para pressionar as empresas a cancelarem seus planos de exploração petrolífera na região.

Fontes: Science Advances e Greenpeace.

God bless you!
See you later. Take care!

sexta-feira, 3 de maio de 2019

POLUIÇÃO DO AR

Resultado de imagem para POLUIÇÃO DO AR

Vamos falar sobre o “Ar”. O Enem ama falar sobre esse assunto, principalmente devido aos problemas ambientais causados pela poluição.

Poluição do ar atmosférico

O ar atmosférico seco (isento de vapor de água) tem a seguinte composição em volume:

Nitrogênio (N2) – 78%

Oxigênio (O2) – 21%

Argônio (Ar) – 0,9%

Gás carbônico (CO2) – 0,03%

Hélio (He) – 0,0005%

Neônio (Ne) – 0,0018%

Criptônio (Kr) – 0,0001%

Xenônio (Xe) – 0,00001%

Hidrogênio (H2) – 0,00005%

Porcentagem em volume

Indica o volume que o componente ocuparia se fosse separado de 100 litros de ar e mantido na mesma pressão e temperatura da mistura inicial. Componentes-traços são materiais que ocorrem no ar em pequena quantidade.

Exemplos

Metano (CH4)

Dióxido de enxofre (SO2)

Ozônio (O3)

Óxidos de nitrogênio (NO2, N2O3)

Amônia (NH3)

Monóxido de carbono (CO)

A poluição do ar atmosférico surge de atividades antropogênicas (geradas pelo ser humano) que aumentam a quantidade dos componentes-traços.

As quantidades dos componentes-traços na atmosfera variam devido às atividades humanas. Os componentes- traços se difundem atingindo outras regiões, não se restringindo, apenas, ao local de origem. As enormes chaminés contribuem para que isso aconteça, pois lançam os poluentes em correntes altas de vento. É imprescindível o controle das emissões, fazendo-se o controle das fontes poluidoras e um monitoramento constante do ar.

Partículas sólidas em suspensão (material particulado) também podem acarretar poluição. De origem antropogênica, podemos citar: fuligem (carbono), que ocorre devido à combustão incompleta de combustíveis fósseis (carvão, petróleo); metais pesados provenientes de operações metalúrgicas e das minerações.

Erupções vulcânicas, terremotos e maremotos também são causadores do aparecimento de material particulado na atmosfera. Tem-se, portanto, uma poluição de origem não antropogênica.


Chuva ácida não poluída


Resultado de imagem para Chuva ácida não poluída


O ar atmosférico não poluído e seco é uma mistura de gases com as seguintes porcentagens em volume: nitrogênio (N2): 78%; oxigênio (O2): 21%; argônio (Ar): 0,9%; gás carbônico ou dióxido de carbono (CO2): 0,03%.

Em ambientes não poluídos, a chuva sem relâmpagos é fracamente ácida devido à presença de gás carbônico no ar. O dióxido de carbono reage com a água da chuva formando ácido carbônico (H2CO3), que se ioniza fracamente.


Chuva ácida poluída


Resultado de imagem para Chuva ácida poluída

A queima de um combustível fóssil produz, além do gás carbônico (CO2), que não é venenoso, o terrível monóxido de carbono (CO). Este toma o lugar do oxigênio na hemoglobina do sangue.

Um combustível fóssil possui enxofre como impureza. Este, quando é queimado, produz dióxido de enxofre (SO2), que é venenoso. Com o passar do tempo, o SO2 reage com mais oxigênio, formando trióxido de enxofre. Este se combina com a água da chuva, formando o ácido sulfúrico, que se ioniza bastante e torna a chuva fortemente ácida.

Devido à alta temperatura na câmara de combustão, o nitrogênio (N2) do ar se combina com oxigênio, formando os venenosos óxidos de nitrogênio. Estes reagem com a água da chuva, formando ácido nítrico (HNO3).

A chuva ácida corrói os monumentos de aço (ferro) e de mármore (CaCO3, carbonato de cálcio). As plantas não crescem. Ocorre mortandade de peixes nos rios e lagos.

Efeito Estufa


Resultado de imagem para Efeito Estufa

Estufa é uma construção destinada a proteger as plantas da ação de chuvas, ventos e baixas temperaturas. É uma estrutura fechada por painéis de vidro e dotada de sistema adequado de ventilação. A radiação solar atravessa o vidro e aquece o ambiente. O material aquecido emite radiação infravermelha (calor), que não consegue atravessar o vidro. O calor fica retido no interior da estufa.

A temperatura na superfície da Terra é determinada pelo balanço entre a energia absorvida do Sol e a energia emitida de volta para o espaço pela Terra, esta na forma de radiação infravermelha. Uma pequena quantidade desta radiação é absorvida por O2 e O3, mas as maiores quantidades são absorvidas por CO2, CH4 e H2O. Esses gases agem como uma enorme redoma de vidro, evitando que o calor escape. Este fenômeno é denominado “efeito estufa”. 

A concentração de CO2 na atmosfera está crescendo devido ao aumento do consumo de combustíveis fósseis e ao extensivo desmatamento pelas queimadas. A consequência dessa maior concentração de CO2 é o aumento da temperatura média global da Terra. Outro gás que contribui para o efeito estufa é o metano, que se forma na fermentação anaeróbica da celulose (vegetais submersos e digestão dos bovinos).

Estima-se que, por volta de 2030, o teor de gás carbônico na atmosfera duplique.

Como consequência, ocorreria uma elevação de 1,5 a 5,5 graus Celsius na temperatura média global. O nível dos oceanos elevar-se-ia de 20 a 165 centímetros.

O efeito estufa pode ter como consequência uma elevação do nível dos oceanos devido à fusão de camadas de gelo das regiões polares. Isso faria com que centros urbanos localizados à beira-mar fossem destruídos. Além disso, a distribuição da flora e da fauna na superfície terrestre seria modificada.

God bless you!
See you later. Take care!

quarta-feira, 1 de maio de 2019

OS VÍRUS SÃO SERES VIVOS?

Resultado de imagem para OS VÍRUS SÃO SERES VIVOS?


Afinal, os vírus são seres vivos ou não? Essa é mais uma daquelas grandes questões da biologia que permanece sendo alvo de intensos debates e aos poucos a comunidade científica vai chegando a um consenso.

De um lado alguns defendem que não e alegam que eles são seres inanimados que necessitam de uma célula hospedeira para se reproduzirem, além de não possuírem uma estrutura celular – isso é o que você provavelmente aprendeu na escola. De outro, há evidências cada vez mais fortes de que os vírus são sim seres vivos. Vamos conhecê-las?

Um estudo publicado na Nature em 2008 mostrou que os chamados mimivírus – vírus gigantes que infectam bactérias – podem ser infectados por outros vírus chamados de Sputinik. O fato de que alguns vírus podem adquirir doenças causadas por outros vírus, portanto, é umas das evidências que contraria a ideia de que eles são seres inanimados.

Ainda, ao contrário da maior parte dos outros vírus, os mimivírus são capazes de produzir proteínas complexas – mais um ponto que reforça sua classificação como um ser vivo.

Cientistas também descobriram que os mimivírus possuem um sistema de defesa muito similar ao sistema CRISPR, encontrado em bactérias e outros microrganismos – isso mesmo, o sistema que deu origem à moderna técnica de edição de genoma. Vale lembrar que os vírus também compartilham um mesmo tipo de código genético com os organismos que chamamos de seres vivos.

O compartilhamento de características com os seres, considerados, vivos leva os cientistas a crerem que os vírus fazem parte da chamada árvore da vida e dividem com os seres vivos, também, uma história evolutiva. Um estudo de 2015 publicado na Science Advances também encontrou evidências que suportam a hipótese de que eles são entidades vivas que compartilham uma história evolutiva com as células que conhecemos hoje.

Por isso, considerando a definição de seres vivos que sempre aprendemos na escola, poderíamos dizer que os vírus estão no meio do caminho entre os seres vivos e não vivos, numa espécie de zona cinzenta. Isto é, apesar deles possuírem várias características que podem caracterizá-los como seres vivos, eles não possuem todas as necessárias!

Em casos como este, cabe aos cientistas reverem estes limites – a definição do que é um ser vivo, por exemplo – afinal, a biologia não é uma ciência exata e sempre há exceções. Os vírus parecem ser uma delas. Todas estas evidências encontradas levam a crer que os vírus são sim seres vivos, porém desprovidos de células. Atualmente, grande parte da comunidade científica já reconsidera a reclassificação destes organismos e parece que estamos caminhando rumo à sua inclusão definitiva no seleto grupo dos seres vivos!

Dois vírus gigantes e complexos são descobertos no Brasil

Resultado de imagem para Tupanvirus

Descobertos no Brasil, dois vírus gigantes e complexos, com um genoma jamais visto anteriormente, podem revolucionar e fundamentar a discussão de que vírus são seres vivos, além de causar mudanças na árvore evolutiva e na classificação dos 3 domínios da vida.

Vivendo em condições primitivas, semelhantes àquelas que deram origem aos primeiros seres vivos do Planeta, dois novos vírus – gigantes e geneticamente complexos – foram descobertos no Brasil. Tão poderosos e complexos que receberam o nome do deus do trovão: Tupanvirus. Não que ele seja uma ameaça à vida na terra.

Apesar de serem complexos e gigantes, os supervírus não causam doenças e tem preferência por infectar amebas. O poder deles está muito além da capacidade infecciosa. A descoberta e o estudo desses microrganismos podem mudar a classificação dos 3 domínios da vida, proposta e aceita desde 1977, e dar um fim naquela discussão de que vírus não são seres vivos.

Os dois Tupanvirus foram encontrados em ambientes aquáticos: um deles nas lagoas salinas e alcalinas que ficam na região de Corumbá (MS), pelo pesquisador brasileiro Ivan Bergier. O outro em sedimentos marinhos coletados por um robô da Petrobrás, a aproximadamente 3 mil metros de profundidade, na Região da Bacia de Campos (RJ). Eles podem atingir o tamanho de até 2,3 micrômetros (1 micrômetro corresponde a 1 milionésimo de metro), possuem cerca de 1,5 milhões de pares de bases de DNA, e podem codificar até 1.425 tipos de proteínas. A capacidade desses vírus gigantes garantiu a eles o título de vírus com a maior capacidade de síntese de proteínas já visto, e com esse conjunto completo de genes, eles tornam-se menos dependentes do parasitismo celular!

Resultado de imagem para Tupanvirus

Além de possuírem 1/3 dos seus genes completamente novos e desconhecidos, os Tupanvirus possuem genes semelhantes aos que existem nos 3 grandes domínios da vida: Archaea (organismos procariontes e quimiotróficos), Bacteria (organismos procariontes e unicelulares) e Eukarya (organismos eucariontes). Com o genoma bastante sofisticado, eles ressuscitam uma grande discussão de 2003 em relação aos mimivírus. Na época, os mimivírus foram identificados como os vírus com o maior capsídeo já visto (o capsídeo é a camada externa e proteica que envolve o material viral), eram capazes de carregar genes que reparavam, replicavam, transcreviam e traduziam o DNA, e que poderiam ser infectados por um outro vírus. O compartilhamento de tantas características com os seres vivos, e a capacidade de adquirir doenças (assim como nós), levou os pesquisadores a considerarem o vírus como um ser vivo, tirando ele do grupo “sem reino”. Pois agora essa discussão voltou.

Isso significa que eles podem ser um elo perdido na evolução dos microrganismos e ainda fundamenta a discussão de que vírus são sim seres vivos. Os pesquisadores ainda acreditam em 3 hipóteses: a 1ª é que os vírus gigantes evoluíram de um ancestral mais simples, a partir da aquisição de genes infectados. A 2ª é a de que os ancestrais dos Tupanvirus eram ainda mais gigantes e complexos, e que ao longo do tempo perderam os genes dispensáveis. Uma 3ª hipótese acredita que os Tupanvirus podem representar a criação de um 4º domínio da vida. Três hipóteses e um fato: este é só o início de um grande debate científico e uma possível revolução na árvore evolutiva.

Fontes: Nature 2008; Science Advances 2015; Nature 2016; Embrapa, Nature Communications.

God bless you!
See you later. Take care!

DESENVOLVIMENTO DE NOVOS PRODUTOS ALIMENTÍCIOS

  Por ocorrência do aumento da população mundial e, consequentemente, a busca pela sobrevivência e melhoria na qualidade de vida dos seres v...