O sistema de convivência entre a saúde humana e as mudanças climáticas está em crise, porque a realidade de estudos sobre os impactos ocasionados, principalmente pelas pessoas, deixam nítidos a incompatibilidade da relação e interação dos seres vivos e o meio ambiente. Diante das inúmeras problemáticas enfrentadas pelo setor da saúde, as mudanças climáticas são consideradas fatores de grandes preocupações, nessa era da tecnologia, ligadas ao acréscimo da temperatura no planeta e que influenciam diretamente na disseminação de doenças e no comprometimento da segurança alimentar no semiárido do Brasil.
Segundo Silva e Guimarães (2018) afirmam que com a posição dos seres humanos, inseridos nas sociedades, no centro das atenções globais e como provedor na alimentação, econômica e política resultam no domínio sobre a natureza, dando-lhes, certo, poder e, consequentemente, intensificação do uso insustentável dos recursos naturais. Em relação a isso é interessante mencionar como forma de adaptação para esses desafios, no semiárido brasileiro, a importância do estímulo ao diálogo para troca de conhecimentos científicos que ajudem na resolução da problemática das mudanças climáticas na Caatinga perante os cenários futuros (ANGELOTTI, 2015).
O relatório global da Lancet Countdown do ano de
2019 mostra que as mudanças climáticas intensificam as doenças disseminadas por
mosquitos, como por exemplo, a dengue, Chikungunya e Zika, comprometendo a
saúde das pessoas. Sendo assim, ainda
concernente aos desequilíbrios ambientais, não custa dizer que, o Brasil polui
bastante o ar e ocasiona certa de 24.000 mortes por ano (FLOSS, 2019). De forma geral, as possíveis consequências das
mudanças climáticas, com as presenças constantes e duradouras das estiagens no
que diz respeito aos fatores de impactos na saúde dos moradores do semiárido
brasileiro podem ser intensificados diante da convivência com a seca. Agravando
assim, ainda mais, as questões de dificuldade de obtenção de alimentos e,
consequentemente, atingindo a população socioeconomicamente.
Diante das intemperes das mudanças sofridas no
planeta um episódio que permanece em evidência é a importância do conhecimento
das influências das mudanças climáticas na saúde da população do sertão da
Caatinga. São diversos processos concernentes à abordagem de elementos
fundamentais das mudanças climáticas que atingem a saúde das pessoas tendo a
influencia do clima na relevância do aumento das doenças infecciosas diarreicas
(DUARTE, 2019). Portanto, podem-se verificar os efeitos diretos e indiretos percebidos
a curto e longo prazo no bem-estar físico, social e mental. A respeito
disso, é importante expor que as doenças mais frequentes em relação às mudanças
climáticas, segundo a revisão sistemática de Sousa (2018), são doenças
respiratórias, dengue, malária, cardiovasculares, arboviroses, sistema
digestório, bacterianas e parasitárias.
O objetivo das estratégias utilizadas para avaliar os impactos das mudanças climáticas e a descrição de medidas de adaptação frente aos cenários futuros visa alcançar exatamente a resolução da problemática da saúde pública. Isso, porque diante do aprofundamento dos conhecimentos da ciência é mais viável a tomada de decisões com a veemência da sua fidelização. Sem esquecer-se de que as grandes barreiras a serem vencidas, no que diz respeito, à comunicabilidade e competências dos profissionais de saúde e a população para resolver desafios ligados às mudanças climáticas ainda se encontram imensas lacunas (FERNANDES, 2019).
O Brasil, especialmente da região do semiárido, apresenta imensas desigualdades e vulnerabilidades nas questões sociais e ambientais. Por isso, para os governantes encararem esse desafio necessitam de conhecimentos mais amplos, sistematizado e com a acessibilidade mais simples e fácil, visando assim coerência nas políticas públicas (MADURO-ABREU, 2020). Diante de um cenário bastante complexo das mudanças climáticas e suas interferências na saúde pública, os órgãos que buscam se destacar em estudos mais aprofundados com qualidade apresentam quadros cada vez mais preocupantes se não houver uma participação ativa da comunidade em geral com o propósito de diminuir os impactos futuros.
Por isso resolver a problemática da energia proveniente das queimas do carvão, são atitudes fundamentais como a aderência à prática de geração de energia com baixo uso de carvão e manejo com taxas, levando-se em conta a obrigação da execução dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) para complementariedade do Sistema Único de Saúde (SUS) (FLOSS, 2019) perante aos assuntos inerentes aos processos de adaptação e resiliência ambiental. Para tanto, as organizações necessitam se posicionar quanto à realidade atual e futura das mudanças climáticas atreladas à saúde e suas consequências para um cenário devastador, tendo ciência de quais são as ferramentas mais úteis a serem implementadas, buscando direcionamentos diferenciados na discussão do papel fundamental a ser desempenhados pela sociedade organizada e disposta a assumirem responsabilidades à garantia de cuidados com o meio ambiente e, consequentemente, com a saúde das pessoas do futuro próximo.
O investimento na educação é, sobre tudo, um dos
caminhos viáveis à aplicabilidade de instrumentos fundamentais nas estratégias
de adaptação perante as mudanças climáticas e conforme preparação das
comunidades para as possíveis alterações inerentes as doenças, podendo assim
diminuir a vulnerabilidade diante dos cenários futuros (SILVA, 2018). Nesse
contexto, a proposta de trabalho científico almeja abordar conceitos,
definições e ferramentas necessárias às decisões a serem tomadas diante de
cenários futuros das mudanças climáticas e o comprometimento com a humanidade,
baseando-se em princípio de adaptação que é o conjunto de iniciativas e
estratégias que permitam as interações intra e interespecíficas nos
ecossistemas, especialmente da Caatinga.
Para o desenvolvimento desse trabalho foram usadas
pesquisas bibliográficas além do estudo de caso com ênfase na saúde humana em
geral e as causas e consequências apresentadas pelas ações antrópicas nos
ecossistemas em contribuição ao aumento da temperatura global e regional bem
como a facilidade de proliferação de vetores causadores de doenças nos seres
humanos. Sendo assim, é importante mencionar que a pesquisa bibliográfica teve
como base publicações científicas da área de mudanças climáticas relacionadas à
saúde da população do semiárido brasileiro. O estudo de caso foi construído
abrangendo aspectos de saúde pública e avaliação de medidas de adaptação
viáveis aos cenários futuros.
See you later, take care!
Referências:
ANGELOTTI, F.; SIGNOR, D.; GIONGO, V. Mudanças climáticas no semiárido
brasileiro: experiências e oportunidades para o desenvolvimento. Revista
Brasileira de Geografia Física, v. 08, n. 4, p. 484–495, 2015. Disponível
em: <https://periodicos.ufpe.br/revistas/rbgfe/article/view/233622>.
DUARTE, J. L. et al. Variabilidade climática e internações por
doenças diarreicas infecciosas em um município da Amazônia Ocidental
brasileira. Ciência & Saúde Coletiva, v. 24, n. 8, p. 2959–2970,
ago. 2019. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232019000802959&tlng=pt>.
DE SOUSA, T. C. M. et al. Doenças sensíveis ao clima no Brasil
e no mundo: revisão sistemática. Revista Panamericana de Salud Pública,
v. 42, p. 1–10, 2018. Disponível em: <http://iris.paho.org/xmlui/handle/123456789/49128>.
FERNANDES, G. C. M. et al. Atenção primária à saúde em
situações de desastres: revisão sistemática. Revista Panamericana de Salud
Pública, v. 43, p. 1, 7 set. 2019. Disponível em:
<http://iris.paho.org/xmlui/handle/123456789/51518>.
FLOSS, M. et al. Lancet Countdown. Revista Brasileira de
Medicina de Família e Comunidade, v. 14, n. 41, p. 2286, 18 nov. 2019.
Disponível em: <https://rbmfc.org.br/rbmfc/article/view/2286>.
MADURO-ABREU, A. et al. Transparência da informação pública no
Brasil: uma análise da acessibilidade de Big Data para o estudo das interfaces
entre mudanças climáticas, mudanças produtivas e saúde. Revista Eletrônica
de Comunicação, Informação e Inovação em Saúde, v. 14, n. 1, 31 mar. 2020.
Disponível em:
<https://www.reciis.icict.fiocruz.br/index.php/reciis/article/view/1690>.
SILVA, C. C. M.; GUIMARÃES, M. mudanças climáticas,
saúde e educação ambiental como política pública em tempos de crise
socioambiental. Revista de Políticas Públicas, v. 22, p. 1151–1170,
2018. Disponível em:
<https://doaj.org/article/470ec546f16c45abb4e4b48356b0394c?gathStatIcon=true>.
👏👏👏
ResponderExcluirObrigado!
ExcluirInteressante 👏👏👏👏👏👏
ResponderExcluirMuito interessante, professor como sempre muito sábio. 👏👏
ResponderExcluirObrigado. Estamos sempre aprendendo nesse universo de coisas.
Excluir👏👏👏😍
ResponderExcluirObrigado!
ExcluirObrigado!
ResponderExcluirObrigado!
ResponderExcluir👏👏👏👏
ResponderExcluirObrigado!
Excluir👏🏽👏🏽👏🏽
ResponderExcluirMuito obrigado!
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